A Usurpadora – O julgamento de Paulina Martínez


“Aquí me tienes ya dispuesta a hundir a la cárcer a tu adorada usurpadora”
Depois de um tempo de prisão, vários jogos e decisões a serem tomadas, é o momento do JULGAMENTO de Paulina Martínez. Acusada de usurpação e sequestro, Paulina tem um caso a ser defendido, com a ajuda de alguns depoimentos belíssimos, e outros depoimentos totalmente ultrajantes e mentirosos, como o de Paola Bracho. Tudo o que Paola deseja é acabar com a irmã, e ela deixa claro ao encontrar Carlos Daniel antes de entrar para o tribunal: “Hola, queridito. Aquí me tienes ya dispuesta a hundir a la cárcer a tu adorada usurpadora”. Ao entrar, totalmente dissimulada, Paola Bracho jura “dizer a verdade”, e faz toda uma encenação, um drama exagerado, e conta a sua versão da história. Basicamente o que aconteceu, mas com os papéis trocados, e um pouquinho mais de imaginação para que Paulina pareça ainda mais culpada.
Mas na verdade, é tanta dissimulação que eu ADORO ME DIVERTIR. Ela diz que o tempo todo Paulina estava “sombria, parca e hermética”, enquanto ela a recebia com alegria. Paola diz que Paulina sugeriu a usurpação e lhe tomou as roupas à força, propondo que a substituiria por um ano e, se ela se a denunciasse, ela a substituiria por toda a vida. Depois de acusar a irmã, é momento de Edmundo Serrano, em defesa de Paulina, fazer-lhe algumas perguntas, e totalmente fingida, ela não responde quando ele lhe pergunta “com quem ela estava no dia do acidente”, e finge que passa mal… que conveniente. Paola acaba saindo sem responder, todos acreditam em sua encenação, mas Edmundo Serrano não a deixa partir sem um comentário de que “ela não era obrigada a vir, e se está se sentindo bem para acusar, também tem que responder a algumas perguntas da defesa”.
Que orgulho dele.
Ainda que ele diga que trata-se de um ardil para esquivar-se de respondê-lo, o depoimento de Paola chegou ao fim, e é o momento de Paulina. E ela quase estraga tudo ao assumir a culpa, e ainda diz que “usurpou o lugar da irmã por inveja”. Ela ainda diz que a Paola é boa! Então temos uma série de depoimentos, à favor e contra, e o caso vai se tornando mais complexo a cada minuto. Luciano Alcántara aparece, arrependido de tudo, e conta em detalhes toda a VERDADE, desde a proposta de Paola que Paulina recusou, até a artimanha da pulseira usada para persuadir Paulina a aceitar passar-se por ela. Também fala dos seis dias de treinamento, e de como Paola viajou com o seu amante logo em seguida… é um depoimento poderoso contra ela, e Paola sabe que isso é um grande problema. Por isso, tenta convencê-lo a mudar o depoimento.
Mas ele não o fará.
O julgamento é suspenso por algum tempo, tempo no qual Paola tenta coagir Luciano Alcántara a mudar sua declaração, e Edmundo Serrano vai atrás de mais testemunhas a favor de Paulina. Enquanto isso, um multirão se organiza na casa em busca do diário de Paola. O último jogo de Paola é ligar para Paulina se fazendo de boazinha, chorando, dizendo que “ela não pode se sacrificar por ela”, e dizendo que dará o divórcio a Carlos Daniel para que ele se case com Paulina, e eu não acredito que Paulina caiu. Afinal de contas, depois daquele depoimento todo falso, como ela ainda pode acreditar nela? De todo modo, Paola diz que ela “é má e que não merece a Paulina”, o que é o jogo perfeito. Paulina promete que nunca vai se casar com Carlos Daniel, e ainda a perdoa de todos os seus erros, mesmo que ela definitivamente não merecesse isso.
Achei que seria bem problemático o depoimento do motorista e do Donato, mas este último fala escandalosamente sobre Paola, e o depoimento do Carlos Daniel é LINDO. Me emociona profundamente. Ele diz que Paulina salvou a sua casa e salvou a fábrica, bem como sua família. Diz que ela chegou temerosa, como um animalzinho assustado, e nunca fez mal a eles, nem tentou roubá-los. Chegou como uma mulher boa, para salvar seu filho e a Vovó Piedad. Ali ele se detém, e Piedad se levanta para continuar o que ele não quer dizer: diz que ele não precisa se envergonhar por ela, conta que Paola lhe dava licor enquanto tentava dominar sua casa, e diz que Paulina a salvou… há muito sentimento e emoção envolvidos. É LINDO, e ela ainda depõe contra Paola e suas maldades. Nesse momento, como não podia ser diferente, a Paulina se emociona.
<3
Para mim, esses dois DEPOIMENTOS já deviam ser o suficiente. Foram muito bonitos e sinceros, talvez a cena mais bonita de toda “A Usurpadora”. Mas além disso, Lalita também encontra (finalmente!) o diário que Paulina escondera na Casa dos Bracho, e aquilo é uma arma poderosa contra Paola! Assim, com o diário em sua defesa, além de vários depoimentos a seu favor, o juiz declara que não há provas o suficiente contra Paulina Martínez, portanto ela é considerada INOCENTE. Isso é absolutamente bonito e justo, e agora Paulina está livre para voltar a viver a sua vida, embora ela planeje se dedicar a “cuidar da irmã”, que não merece. As vidas das duas ainda sofrem algumas mudanças, e Paola se infiltra novamente na Casa dos Bracho, enquanto Paulina fica de fora da família que agora já considera sua, o que lhe causa muito sofrimento…


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Comentários

  1. Essa é, sem dúvidas, uma dos momentos mais emocionantes de A Usurpadora. A forma como Carlos Daniel e Vovó Piedad querem, a qualquer custo, salvar Paulina é lindo e sincero! E depois de ler este texto eu cheguei a uma conclusão: Vovó Piedad é minha personagem favorita! Eu adoro essa velhinha maravilhosa (S2).

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