Lost in Space 1x04 – The Robinsons Were Here
“That’s
nice. You’re protective of him too”
Eu sinto que
grande parte do episódio foi brilhantemente resumido em um diálogo de Will e
John lá no início do episódio, enquanto o pai armava uma cerca que os
protegeria de perigos externos: “We’re
already safe. We got him” “We don’t know what it is yet” “You
don’t know anything about Dr. Smith and you’re not worried about her”. Basicamente, é isso, Will disse
tudo o que tinha a ser dito sobre o tema: John Robinson está julgando o robô,
que até agora só os protegeu e salvou as suas vidas inúmeras vezes, e está
confiando plenamente em uma mulher que é visivelmente perturbada e
descontrolada. O episódio é calmo, cheio de exploração, enquanto começa a
expandir o universo de “Lost in Space”,
mas ele também é tristíssimo, porque Will precisa se afastar de seu amigo, e
quanto mais tempo passamos com o robô, menos queremos nos afastar dele!
Ele é quase como uma criança fofa.
Aprendendo.
Como parece
que eles passarão lá algum tempo nesse planeta desconhecido, Penny e Will ficam
responsáveis por começar a expansão da Júpiter 2 e transformá-la em uma casa
(destaque para a cena de Will “empurrando” a pedra e celebrando depois, com os
bracinhos pra cima), enquanto John, Maureen e Judy vão ao encontro dos
sobreviventes com quem conseguiram fazer contato no fim do episódio passado,
dentre eles Hiroki, um exobiólogo a quem John ainda não quer contar sobre o
robô, e a grande e grata surpresa: Don West e a galinha Debbie ESTÃO VIVOS!
Ufa. Temos um total de 63 sobreviventes contra 27 mortos, mas noa há maneira de
contatar a Resolute. Por isso, John, Maureen e Don West (!) saem em uma missão
até destroços de parte da Resolute que também caíram nesse misterioso planeta
junto com as Júpiteres.
Will e o Robô
têm algumas das cenas MAIS FOFAS do episódio, como quando eles estão desenhando
no chão e Will fica todo empolgado (e um pouquinho irônico) gravando e
narrando, dizendo que é a primeira obra de arte de uma inteligência artificial
alienígena, feita usando solo de um planeta desconhecido… no meio da
brincadeira, no entanto, Judy retorna e precisa conversar com Will: ao tratar
de uma paciente, Angela, na Júpiter 11, ela descobriu sobre o ataque à Resolute
encabeçado por robôs como o novo melhor amigo de Will, e a verdade é que é
natural que ela fique amedrontada, mas ao mesmo tempo o robô só deu motivos para que eles confiassem nele até agora!
Assim, Will decide levá-lo embora e escondê-lo em uma caverna, em uma missão da
qual suas irmãs, Penny e Judy, também acabam participando e, infelizmente, June
Harris, a “Dra. Smith”, os segue.
A jornada dos
irmãos é bastante bonita e repleta de momentos significativos. Em um deles,
descobrimos flores que se abrem com palmas, e é absolutamente lindo, e logo em
seguida o Robô mostra novamente sua grande utilidade em protegê-los quando
assusta e afasta um animal… destaque para como o Robô “comemora” depois dessa vitória, igualzinho o Will empurrando
aquela pedra: com os braços para cima.
São momentos como esse e momentos como o Robô andando e batendo palma, com o
Will ensinando que “não é assim que funciona” que fazem com que tudo valha a
pena, que nos mostram que o Robô é uma criança grande, aprendendo, sentindo e
desejando ser parte de alguma coisa… nesse caso, ser parte dos Robinsons, como
mais tarde a cena das pinturas e assinaturas na parede da caverna mostrará a
Judy também.
Uma das
coisas mais interessantes do episódio é a ideia de que TUDO É MUITO MAIOR DO
QUE IMAGINÁVAMOS. Os Robinsons são os protagonistas, bem como essa relação de
Will Robinson e o Robô, mas há muitas mais tramas que fundamentam essa
história, dentre elas desse representante babaca da colônia uma vez que tenham
chegada em Alpha Centauri, e que agora se sente “o grande responsável por tudo”. Conhecemos, também, Vijay, seu
filho, e Penny ficou com um envelope que parecia bastante importante para ele,
como uma forma de garantir que ele não contará a ninguém sobre o “pequeno
segredo” deles, o Robô, a ninguém. E eu adoro como ela é inteligente usando
isso ao seu favor, e como eles acabam
com ele dizendo que o pai dele é o representante em Alpha Centauri, e quando chegarem lá ele pode contar e ele o que
quiser.
Mas agora não estão lá.
A cena da
caverna tem um dos momentos mais lindos da série até aqui. Quando a mãe liga
para avisar que não voltarão aquela noite, porque a Chariot 11 está sem
bateria, as crianças resolvem passar a noite na caverna com o Robô, e Penny
escreve na parede, com ocre vermelho: “THE ROBINSONS WERE HERE”, o que nos leva
a uma série de questionamentos a respeito da vida e de nosso passado… então ela
“assina” colocando a mão cheia de “tinta” na parede. Em seguida o Will. Por
fim, então, Judy. Eu já tinha achado a cena adorável, mas foi ainda mais linda quando, durante a
noite, com todo mundo “dormindo”, o robô se levantou, molhou a mão e também “assinou” a parede… tudo o que ele quer é fazer parte dessa família. Não aguentei de
tanta FOFURA. Por isso, foi ainda mais difícil deixá-lo para trás na manhã
seguinte, mesmo com o Will explicando que ele corria perigo e precisava ficar
ali…
Ele ficou TRISTE em ficar para trás.
O episódio
também nos priva de esperanças reais
de chegarmos a Alpha Centauri. Quando Don West acompanha John e Maureen para os
destroços de parte da Resolute, e eles se perguntam “o que teria sido capaz de
causar um estranho dessa magnitude”, descobrimos algo: uísque que Don West contrabandeava
para a colônia e, pior, no lugar onde os sintetizadores deveriam estar.
Portanto, não há o que ser feito: a Resolute não ouve suas transmissões, e
jamais ouvirão! As cenas também trazem momentos belíssimos como a vida tomando
conta do céu noturno desse planeta misterioso, de forma lindíssima, e Don West
dizendo que “Alpha Centauri não é nenhum paraíso”, porque o problema das
colônias são as pessoas, então é
sempre a mesma coisa: elas acham que estão fugindo da Terra, mas só a estão levando consigo.
Forte.
Quando os
pais retornam para a Júpiter 2 no dia seguinte, encontram o lugar vazio
enquanto chamam pelas crianças, e esse é um dos meus momentos favoritos, com
eles totalmente fingidos. Will chega, senta à mesa com fones de ouvido e finge
que não os ouviu entrar. Penny vem como se estivesse saindo agora do banho, e
Judy como se estivesse fazendo exercício… e
tudo parece bem convincente. Judy não conta a verdade sobre o Robô, ainda (“You said ‘he’”), e as irmãs garantem a
Will que ele não tem porque ficar preocupado, o robô ficará bem: só eles sabem de seu paradeiro. Mas não
é verdade, porque a “Dra. Smith” está lá pronta para atacar agora que o robô
está sozinho e elas se foram: pronta para manipular o robô e usar esse desejo
que ele evidentemente tem de “fazer parte de alguma coisa” para se aproximar
dele.
Chega a me dar calafrios de raiva pensar na
“Dra. Smith” com o nosso Robô!








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