Scorpion 2x06 – Tech, Drugs, and Rock’n’Roll


“Failure is part of the process. You don’t know where you’re vulnerable until you fail”
Com um pouquinho de choque eu comecei a assistir a esse episódio de Scorpion, por causa do tempo total de episódio, que chegava a 63 minutos. Foi uma experiência diferente, inusitada, de ficar acompanhando Scorpion por tanto tempo, mas talvez o tamanho do episódio tenha me deixado com algumas expectativas que não chegaram realmente a ser alcançadas. Embora tenhamos tido um caso semana que era bem interessante – e foi muito bem desenvolvido pelo roteiro cheio de tempo –, e isso de certa maneira se concretizar em um crescimento importante para alguns personagens, eu não vi muita inovação, como não vemos vendo desde o início da segunda temporada. Não é uma temporada ruim, mas é uma temporada próxima demais da primeira para realmente fazer alguma diferença. Os 63 minutos de episódio desenvolveram um caso semanal MUITO BOM e muito envolvente, mas não fez nada além disso: desenvolver um caso semanal muito bom e muito envolvente.
Acho que uma das grandes transformações é essa que viemos acompanhando no personagem de Walter – ele fica com essa coisa toda “reservada” de não querer sair com a Paige e tudo o mais, mas acabou indo até o bar para ver se “conhecia alguém”. Claro que uma mulher não ia, simplesmente e de uma hora para a outra, dar toda aquela bola para o Walter, ainda mais com aquelas cantadinhas bem desinformadas dele, que não ia chegar a lugar nenhum na vida real. Tudo parte de um plano para sabotar o trabalho de Walter e implantar um vírus no código que ele escreveu, danificando todo um projeto bem grande… mas sobre ele com a mulher do bar: O QUE FOI A PAIGE COM CIÚMES? “Walter se divertindo, saindo com uma garota qualquer do bar, existe um mundo em que isso acontece de verdade?” e, o que deve ter sido a melhor fala de Paige no episódio inteiro: “Tá sentindo? É o mesmo perfume barato do quarto do Walter. Talvez devêssemos levar isso pra um cão farejador especializado em localizar piranhas”.
Oh, Paige!
Tech, Drugs, and Rock’n’roll colocou os personagens em situações extremas, enquanto um prédio inteligente se fechava e mantinha as pessoas presas ali dentro para uma morte certa – eu pensei um pouco nos atentados contra o avanço da tecnologia, numa tentativa de protesto mesmo. Mas foi angustiante. Enquanto Paige e Cabe estavam do lado de fora, loucamente tentando conseguir informações que pudessem ajudá-los a chegar em alguma pessoa importante ou ainda alguma coisa que pudesse ajudá-los a escapar, outros estavam tentando salvar as pessoas presas dentro do prédio, como Sylvester que estava lá em cima com várias crianças, tendo que ser o adulto razoável naquela situação toda, e Walter, graças ao erro que tinha cometido inicialmente, estava loucamente cometendo mais e mais erros em busca de corrigir o inicial, e estava com suas reais intenções colocadas em dúvidas pelos responsáveis de todo o projeto, que acreditavam que podiam estar sendo sabotados.
O resultado foi um episódio realmente muito bom e cheio de tensão – um suspense muito bem criado, daqueles que Scorpion sabe fazer e que nos deixa roendo as unhas porque não queremos que nada de ruim aconteça. Ver Toby quase morrendo, por exemplo, foi uma angústia grande e desnecessária demais, porque o Walter foi um verdadeiro babaca. E mesmo à beira da morte, o Toby é aquela fofura de sempre: “You have a lot of balls killing me, O’Brien. I will rise again”. Adorei o desespero da Happy though, e a tentativa de auto-suficiência do Toby, dizendo que não precisa dela. Cenas de crescimento dos personagens mostram o Sylvester em seu melhor em cenas angustiantes que me deixaram desesperado, isso que eu estava seguramente sentado em minha cadeira, apenas assistindo! E por mais que o Walter possa ter errado em relação a muita coisa, ele está mudando, e ele está tentando crescer, fazer as coisas de uma maneira melhor, e se relacionar com as pessoas. Paige está orgulhosa, e Paige está esperando o momento ideal. “You can’t unring a bell”.

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