O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu 1x06 – Flor da Idade

“A primeira dama, o primeiro drama, o primeiro amor”

Que relações problemáticas nesse teatro, huh? O sexto episódio de “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu” veio para escancarar algo que já estava presente desde a estreia: as relações abusivas e/ou interesseiras, e o assédio. Talvez a relação mais bonita e fácil de torcer, pelo menos por enquanto, seja a de Jorge e Sandra – o que não quer dizer que eles não tenham suas próprias complicações, tendo em vista que, por uma ironia do destino ou sinal divino, como a mãe dele acredita, o ex-namorado abusivo de Sandra que armou para que ela fosse presa é Emídio, um amigo de infância de Jorge que ele acabou de reencontrar… e que planeja fazer algo contra ele. Confesso que fiquei até aliviado quando vi que os dois se encontraram e se enfrentaram na rua, porque se tudo o que o Emídio for fazer for deixar o Jorge com olho roxo, até que é menos pior do que eu imaginei.

Gostei, também, de Jorge não esconder de Sandra que conhece Emídio!

No mais, no entanto, só temos relações extremamente problemáticas… Maurício, por exemplo, já conseguiu seduzir Artur e sabe-se lá o que eles estão fazendo quando Artur passa buscá-lo no trabalho (mentira, eu sei o que eles estão fazendo!), mas o problema é que Maurício só está fazendo isso por interesse, e Arthur sabe e permite – sem contar que isso claramente atrapalha seu julgamento, porque a interpretação de Maurício para o Romeu foi péssima, já que ele estava dizendo o texto para o Artur e não para a sua “Julieta”. Não sei que caminho a série pretende seguir, mas é possível que Fernando também tenha um envolvimento fora do casamento, com Sissy? De uma maneira ou de outra, é certo já que o relacionamento de Artur e Fernando não vai conseguir sobreviver, e uma grande briga está prestes a acontecer… vem bastante drama pela frente.

Em paralelo, Nora está fazendo a mesma coisa que Maurício, mas com Renato – e, assim como Artur, Renato está permitindo que isso continue… é toda uma relação que envolve traição e interesse, e Nora está confiante de que a sua vaga na companhia está garantida, assim como o Maurício. Nora ainda tem o agravante de ser extremamente dissimulada e bancar a amiguinha de Marita, prometendo para ela, por exemplo, que vai ficar de olho em Antônia e vai contar para ela tudo o que souber… logo depois de bancar a santinha que está disposta a ajudar, Nora aproveita para encurralar Renato e chamá-lo para sua casa naquela noite… e, bem, ele vai. Então, as pessoas estão garantindo vagas através de interesses pessoais, enquanto pessoas como a Ivone estão sendo cortadas – não que o corte não seja necessário, mas é triste como acontece.

Reginaldo, por sua vez, está se envolvendo com a coreógrafa, e embora eu até concorde um pouco com o que Sissy dissera a Marion, sobre como é importante que ela deixe o filho voar, eu não gosto da maneira como a coreógrafa fala com Reginaldo, como ela se acredita e se porta como superior e o coloca em uma posição de submissão. Por fim, temos Leandro e Alícia, que poderia até ser um romance fofo, mesmo que tenha andado um pouco depressa, mas Leandro é realmente muito afobado, e o retorno de Freddie, um ex-namorado de Alícia que acabou de chegar de Buenos Aires, deve complicar as coisas para eles… toda a cena em que Leandro leva Alícia para conhecer o pai (e ela, desavisada e com boa intenção, leva um vinho de presente) é desesperadora, mas eu preciso dizer que o erro foi de Leandro… era cedo demais para levá-la para lá.

A trilha sonora do episódio, dessa vez, é toda de Chico Buarque. O episódio começa com “História de Uma Gata”, e embora eu adore a música (esse é um clássico!), acho que a cena ficou extremamente forçada e parece solta no episódio… “Tango do Covil”, por exemplo, teve um aproveitamento muitíssimo melhor, durante um ensaio protagonizado pelos garotos. “Pedaço de Mim”, por sua vez, teve uma força impressionante – uma interpretação repleta de sentimento e de emoção em três vozes: Graciely Junqueira, Karin Hills e Lilian Valeska. Por fim, como é tradição de “O Coro: Sucesso, Aqui Vou Eu”, o episódio é concluído com uma apresentação que explora muito bem a ideia de “coro”, que dá título à série, e “Flor da Idade” ficou LINDÍSSIMA. Os figurinos, as cores, o movimento, a sonoridade das vozes em uníssono… tudo ficou encantador!

 

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