American Horror Story: NYC 11x08 – Fire Island

Ameaça em Fire Island.

Gosto de “American Horror Story: NYC”? Sim. Achei esse episódio decepcionante? Também. “Fire Island” não é um episódio essencialmente ruim nessa 11ª temporada, mas parece um episódio que de maneira alguma devia estar tão perto do Season Finale – tenho a sensação de que o episódio poderia ter sido usado mais cedo na temporada como uma maneira de explorar esses personagens e as relações entre eles, mas, nesse ponto da série, tudo o que eu conseguia pensar era que o episódio não parecia estar levando a lugar nenhum… para se justificar nesse ponto, precisaríamos ter pelo menos uma dessas duas coisas: 1) mais esclarecimentos sobre o vírus que está infectando as pessoas; ou 2) mais suspense e um sentimento de urgência e angústia.

“Fire Island”, no entanto, vem com uma proposta mais introspectiva… agora que o Assassino do Mai Tai foi derrotado, algumas pessoas estão agindo como se tudo tivesse chegado ao fim – mesmo que os gays de Nova York ainda estejam enfrentando outros perigos, como o Big Daddy ou a já mencionada “doença misteriosa”. A ideia de fazer um episódio mais introspectivo ambientado em Fire Island é, no entanto, curiosa – e acaba sendo uma quebra de expectativa. Reconhecemos cenários como o da balsa, do porto, o ambiente de festas badaladas, nudez, bebida, droga, sexo… mas é como se nenhum personagem estivesse de fato no clima para a curtição pela qual Fire Island é famosa, e então terminamos com um episódio muito mais triste e melancólico.

Gino e Patrick estão em uma crise séria… o romance entre eles esfriou, a capacidade de conversar também, e os dois passam a maior parte do episódio separados, enquanto Gino recebe uma espécie de “declaração” problemática de Henry, e Patrick tem mais um encontro com o “Big Daddy” – ainda não tenho certeza de que podemos confiar no Patrick, mas ele agiu rápido o suficiente quando parecia que o Big Daddy estava pronto para matar, e deu um tiro em sua nuca… um tiro que, por sinal, prova que Big Daddy não é um humano qualquer e, provavelmente, é uma entidade vindo buscar de acordo com algum padrão relacionado com a doença; afinal de contas, o suposto corpo do homem com máscara de couro desaparece assim que é deixado sozinho.

E ele volta a aparecer em outro lugar, vivo.

Toda a questão da doença vem ao centro da narrativa graças ao Theo, que é quem parece mais ter sucumbido a ela – em um estágio avançado do que quer que esteja acontecendo com vários personagens, Theo não consegue curtir o que deveria ser uma lua-de-mel com Adam, e ele ainda precisa enfrentar o perigo de Sam o rondando de maneira possessiva, dizendo que “ele sempre será seu”. Theo termina amarrado em uma árvore, seminu, em mais uma ação doentia dentre tantas que Sam apresentou desde o início de “American Horror Story: NYC”, e quando achamos que ele será a próxima vítima do Big Daddy, ele acaba quase “ignorado” por ele, e então é visitado e levado pelos espíritos dos que já morreram, que aparecem também seminus e com chifres brilhosos de veado na cabeça.

Brega? Sim. Hot? Também. Gostei? Com certeza.

 

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