American Horror Story: NYC 11x05 – Bad Fortune

Judgment. The Devil. Death.

Metade da temporada – e um episódio que dividiu opiniões. Como já comentei em minhas outras reviews, eu estou gostando bastante de “American Horror Story: NYC”, e acho o plot promissor, bem como os personagens interessantes… “Bad Fortune”, no entanto, pode ter dado uma direção diferente para a temporada, e ainda é incerto se isso vai ser bom ou ruim. Eu gosto da ideia de “American Horror Story” sem o sobrenatural (“Cult” o fez e foi uma das melhores temporadas da franquia!), mas “NYC” já estava sugerindo a possibilidade do Big Daddy ser um fantasma há algum tempo, além de ter toques modestos de sobrenatural nos presságios de “Something’s coming”, que presenciamos mais de uma vez. “Bad Fortune” oficializa a temática sobrenatural em “NYC”, trazendo uma trama envolvendo cartas de tarô e a presença do anjo da morte.

Pode ser um grande acerto, que traz temáticas interessantes – ou pode ser um tiro no pé que descarta a possibilidade de algo mais “pé no chão”, que também é algo que me empolga… “American Horror Story: NYC” já estava com uma promessa bem rica que trazia tanto o mistério do vírus quanto os assassinatos de homens gays em Nova York… a atmosfera de terror e apreensão tem tudo a ver com a proposta da série. Com a introdução oficial do sobrenatural tomando uma boa parte do episódio, toda a busca pelo assassino, que vinha tomando bastante tempo de tela, acaba ficando em segundo plano, e é retomada apenas na reta final do episódio, quando o roteiro se lembra que dois homens tinham sido presos no elevador com o assassino em série da cidade – e, agora, descobrimos que ele tem um quê de Dr. Frankenstein, de maneira bem distorcida.

A maior parte do episódio, no entanto, fica para a novidade das cartas de tarô… Kathy está buscando alguém que possa substituí-la cantando na sauna porque ela “abriu um novo negócio”, no qual oferece leituras duvidosas da sorte das pessoas… e Fran aceita um emprego porque precisa de dinheiro. São três sequências de leitura das cartas – e eu não sei se faz sentido, eu não sei se tem muito a ver com a temática e o estilo da temporada, eu não sei se isso tem futuro… mas, durante aqueles 40 minutos, eu estava me divertindo com as sequências, então, por ora, eu vou dizer que gostei. Achei interessante o fato de Kathy encarar tudo como um grande “espetáculo”, uma encenação para que as pessoas “saiam melhores do que entraram”, e como Fran parece querer levar a leitura mais a sério, mas como as próprias cartas de tarô parecem ter vontade.

Psíquica ou não a pessoa por trás das cartas, as cartas estão tentando dizer algo… a primeira leitura é para Adam e Hannah, e embora Fran ainda não saiba muito bem o que está fazendo e precise ler instruções de um livrinho, as cartas são muito claras quando anunciam: “Morte”. Até porque as três cartas viradas são a carta da Morte, sendo que deveria haver apenas uma dessas cartas no baralho… Hannah fica mexida, Adam fica incomodado, mas Theo fica fascinado com a história e resolve provar a leitura ele mesmo no dia seguinte, e então Fran tem a chance de fazer uma nova leitura – depois de ter passado a noite toda atendendo uma série de clientes e, portanto, estar mais versada no significado das cartas do que antes. Dessa vez, três cartas aparecem: Julgamento; o Diabo; Morte. E algo sobrenatural diz a Adam que quem vai morrer é ele.

A última leitura do episódio vem com Gino – e é provavelmente a sequência mais intensa de leitura das cartas de tarô. Dessa vez, a própria Kathy resolve atender Gino, e não Fran, e Gino recebe exatamente as mesmas três cartas que Adam recebera mais cedo. Kathy pede desculpas, recolhe as cartas, junta o baralho e pede que Gino embaralhe, corte e ele mesmo tire as três cartas, e novamente as três cartas aparecem: Julgamento; o Diabo; Morte. Parece que a mensagem é bem clara, e que Gino também está na fila para a Morte… assim como Adam, assim como Patrick. A sequência com Gino tem, ainda, a visita do Anjo da Morte, que parece estar à espreita, e tudo aquilo é grandioso e assustador demais… Gino pode até ir embora querendo acreditar que tudo não passa de uma encenação e de efeitos, mas a verdade é que, no fundo, ele sabe.

E ele percebe que a Morte está vindo.

Falando em morte, o episódio traz um assassinato pelo Big Daddy – e parece mais claro do que nunca que ele é uma entidade sobrenatural (um fantasma ou algo assim). Patrick o encontra na casa de Barbara, sua ex-mulher, quando ela vai parar no hospital e ele vai até lá para cuidar do cachorro que ela pegou recentemente. Então, Patrick é atacado. Mesmo contra as indicações de Patrick, Barbara resolve ficar em casa quando recebe alta, porque o prédio já foi todo vistoriado e tem um carro da polícia parado lá embaixo, mas esse é um erro que lhe custa a vida (mas não acho que ela estaria segura em qualquer outro lugar, ao que tudo indica), porque o Big Daddy aparece e a mata. Toda uma sequência interessante com a morte de Barbara, o Gino percebendo as feridas pelo corpo dele e lembrando da leitura, e depois acolhendo um Patrick desolado.

Vamos ver que rumos “American Horror Story: NYC” segue agora.

 

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