XO, Kitty (Com Carinho, Kitty) 1x02 – WTF

De fachada.

QUE EPISÓDIO GOSTOSINHO DE SE ASSISTIR! Comentei isso bastante durante meu texto sobre a estreia de “XO, Kitty”, mas a série tem mesmo uma vibe deliciosa. Trazendo elementos dos doramas às tradicionais comédias românticas, a série protagonizada por Kitty Song Covey é colorida, romântica e visualmente chamativa – além de ter uma pitada deliciosa de comédia, porque eu dei gostosas gargalhadas durante algumas cenas de “WTF”, e terminei o episódio me sentindo verdadeiramente bem. É muito bom assistir a uma série despretensiosa, mas carismática, cujo único objetivo parece fazer com que nos sintamos bem, e eu mal posso esperar para experimentar essa sensação mais oito vezes durante essa primeira temporada dos altos e baixos da vida amorosa de Kitty em Seoul.

Kitty conseguiu uma bolsa de estudos no Korean Independent School of Seoul, K.I.S.S., a escola onde a mãe fez o Ensino Médio, e ir para lá é a oportunidade de, quem sabe, se sentir mais próxima a ela e conhecer pessoas que podem ter histórias sobre sua mãe para contar… e, além disso, Kitty também está empolgada para reencontrar Dae, o seu namorado que conhecera na última viagem à Coreia do Sul, e em quem não deu nem um beijo ainda. Mas as coisas saem terrivelmente errado durante a festa de boas-vindas onde ela pretende fazer uma surpresa para Dae, quando ela é quem acaba surpreendida porque Dae parece ter uma namorada: Yuri, a filha da diretora da escola e a garota que lhe deu uma carona para a escola no seu primeiro dia no país…

O primeiro impulso de Kitty é ligar para a companhia aérea, reservar uma passagem e voltar imediatamente para casa… mas é o certo a se fazer se ela realmente não foi para o outro lado do mundo apenas por causa de um garoto? Ainda que ela não saiba de toda a história (até porque ela não quer deixar o Dae falar, por mais que ele diga que “pode explicar”, e eu a entendo), eu fiquei um pouco triste vendo a Kitty sofrer… até porque já fomos adolescentes e nós sabemos como o mundo parece estar desmoronando nesses momentos. E, no caso de Kitty, a situação é agravada pelo fato de ela estar muito longe de casa, sozinha, e ter passado um pouco de vergonha durante a festa de boas-vindas quando tropeçou em uma torre cheia de cupcakes…

Mas o Dae realmente não é uma má pessoa, nem esse mentiroso traíra que ela acredita agora que ele é… ela só vai precisar entender isso eventualmente. Na verdade, Dae aceitou a proposta de um acordo com Yuri: ela pagou a mensalidade da escola para ele fingir que era namorado dela por aquela noite, para tirar a mãe do seu pé por causa de toda a história com Juliana, que a mãe parece não aceitar de jeito nenhum; além disso, como Dae é filho do motorista da família, Yuri tem certeza que a mãe vai acreditar que ela está fazendo isso apenas para provocá-la e vai mandar que eles terminem, e então tudo estará resolvido… Yuri até diz que Dae poderá explicar tudo para Kitty no dia seguinte e fazer as pazes com ela, mas, durante aquela noite, ele precisa manter o teatro.

Confesso que eu fiquei sim com pena do Dae.

Até porque ele é absolutamente fofo e eu já estou me apaixonando por ele. Dá para ver como ele gosta da Kitty e como não queria magoá-la quando conversa com os amigos no dormitório depois da festa – uma conversa que Kitty ouve parcialmente porque uma confusão inusitada a colocou no dormitório masculino, mas não o suficiente para ela entender que o namoro de Dae com Yuri não é verdade. Eventualmente, Kitty acaba sendo descoberta no dormitório, e aqui eu gostaria de destacar a destreza com que o humor de “XO, Kitty” é feito, porque não há nada de extraordinário na Kitty e nos três meninos gritando, os quatro igualmente surpresos, mas isso rende um momento tão engraçado que me arrancou risadas sinceras, e é ISSO o que eu quero ver na série.

Dae tenta conversar com Kitty, tenta mandar uma mensagem dizendo que nunca tirou o colar que Kitty lhe deu e dorme na porta do seu quarto para conseguir falar com ela na manhã seguinte, mas Kitty passa por cima de um Dae adormecido, com a mala, pronta para ir embora, de volta para os Estados Unidos… e, então, o destino parece lembrá-la de que Dae não é o único motivo pelo qual ela está ali – e ela precisa decidir ficar, com ou sem o Dae. Quando ela está indo embora, ela vê uma árvore florida no campus da K.I.S.S. que ela reconhece como a mesma árvore na frente da qual a mãe tem uma foto no álbum que ela levou consigo, e isso é suficientemente tocante para que ela comece a se dar conta de que não pode desperdiçar essa oportunidade…

Para ajudar, ainda tem o Dae, que corre atrás de Kitty assim que percebe que ela “desapareceu” do dormitório, e os dois compartilham um momento romântico bonito e quase com direito a um beijo, mas é claro que as coisas não vão se resolver tão facilmente assim… o momento é interrompido pela aparição de Yuri e da família, porque, aparentemente, o romance de fachada não vai ficar apenas na noite anterior, para o desespero de ambos, na verdade. Um vídeo do pai de Yuri maltratando um funcionário acabou de ser divulgado e já é notícia no mundo todo, com direito a matéria em inglês na BBC e tudo (!), atrapalhando os negócios da família, e o que melhor do que ele aceitando o namoro da filha com o filho do motorista para limpar a sua imagem?

E Dae nem tem muito como escapar… o emprego do seu pai claramente também está em jogo! Então, sem entender direito o que está acontecendo, ele acaba entrando naquela confusão de se passar por namorado de Yuri na frente de todo mundo, mas eu gosto do fato de que esse não vai ser um mal-entendido que vai manter Dae e Kitty afastados para sempre, porque Kitty não é qualquer protagonista burrinha… ela já percebeu que Jina conheceu a sua mãe na época da escola, mas fingiu não conhecer, por exemplo, e agora consegue perceber facilmente que Dae está fingindo o namoro com Yuri. Realmente não sei o que ela vai fazer com essa informação, mas eu fiquei muito contente de ver a Kitty perceber sozinha que o namoro de Dae com Yuri é só de fachada.

Curioso!

 

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