Lost 6x10 – The Package

Jin e Sun!

Eu já disse mil vezes, e sempre direi: EU AMO O JIN E A SUN! Grandes personagens, eles são dois dos meus personagens favoritos de “Lost”, e é doloroso pensar que eles estão separados há tanto tempo… “The Package” era, talvez, a oportunidade perfeita de um reencontro para os dois, mas nenhum dos dois confia em John Locke, e com razão, então eles continuam separados e buscando um ao outro – mas, se serve de alento, podemos vê-los juntos nos flash sideways, dessa vez, enquanto descobrimos como está a vida do Sr. Kwon e da Srta. Paik: e aí já está uma grande diferença dessa linha temporal alternativa, porque, aqui, Jin e Sun nunca se casaram… isso foi “sugerido” no início da temporada, quando Sun foi chamada de “Paik”, mas quase passou despercebido.

Adoro os flash sideways da última temporada de “Lost” – e ainda mais quando são de personagens de quem eu gosto tanto como Jin e Sun! Vê-los vivendo “um romance escondido” é muito gostoso, porque podemos encontrá-los ainda apaixonados, e não com aquela relação quebrada que eles tinham na linha do tempo original quando entraram no Oceanic 815 (embora ter visto o amadurecimento de Jin e ver o casal redescobrindo o amor na ilha foi lindíssimo, um dos motivos que me fazem amá-los tanto: o desenvolvimento de personagem deles é excelente!). Assim, eles ficam em quartos separados em um hotel, mas não quer dizer que Jin não aparece durante a noite no quarto de Sun, e eles protagonizam uma cena que me faz sorrir muito.

Toda cena de Jin e Sun felizes me faz feliz.

Nessa linha do tempo, o romance é mantido escondido porque não parece ter alguma chance de o pai de Sun aceitá-lo, e Sun tem um plano, que compartilha com Jin enquanto eles ainda estão deitados juntos: eles poderiam fugir. Gosto da manipulação do roteiro ao reescrever a história do casal por causa das mudanças na linha temporal (que começaram em 1977), mas ainda brincando constantemente com elementos conhecidos… se na primeira linha do tempo Sun estava fugindo de Jin, nessa ela quer fugir com Jin, o que é incrível! Ela tem algum dinheiro guardado (ou acredita que tem), e pode usá-lo para recomeçar a vida com Jin em algum lugar. Acredito que Sun não sabe bem o tipo de pai bandido que teria, e ele certamente viria atrás deles.

Afinal de contas, as peças se completam com o pouco que víramos anteriormente no flash sideway de Sayid. Jin tinha que entregar um relógio e 25 mil dólares para Keamy, mas o dinheiro fica preso na alfândega, como não foi declarado, e Sun se voluntaria para usar seu próprio dinheiro para pagar essa “dívida”, mas descobre, eventualmente, que a sua conta foi fechada e o dinheiro transferido para uma conta do seu pai: aparentemente, ele sabia, sim, sobre o “caso” de Sun e Jin, e não está nada feliz com isso… os 25 mil dólares, portanto, eram o pagamento para Keamy matar Jin, e felizmente ele não tem a chance de fazer isso, porque acaba tendo aquele “acerto de contas” com Sayid, que pode até não soltar o Jin, no fim das contas, mas lhe dá uma ajuda útil.

Por fim, então, Jin precisa proteger Sun quando ela chega no restaurante com o tradutor que a acompanhou até o banco – e podemos ver um pouco daquele Jin bom de luta que, eu não vou negar, me faz perder o fôlego. Sabemos, no fundo, que Jin “dá conta”, mas ainda assim é angustiante acompanhar toda a sequência enquanto nos perguntamos o que vai acontecer, e vemos tiros sendo disparados na direção de Sun antes que Jin consiga apagar o cara que os está ameaçando. Agora, Jin precisa levar Sun para um hospital o mais rápido possível e salvar a sua vida… mas, talvez, não a do bebê que ela acaba de contar que está carregando. É uma pena que, mesmo nessa outra realidade, Jin e Sun precisem sofrer dessa maneira… EU SÓ QUERO QUE ELES SEJAM FELIZES.

Na ilha, Jin aproveita a primeira oportunidade que tem, quando “John Locke” se afasta, para escapar: ele não confia naquela cópia do Locke, e tudo o que ele quer é encontrar a Sun, nada mais lhe importa… mas, antes de poder ir para qualquer lugar, o acampamento é atacado por Zoe e os enviados de Charles Widmore, que estão justamente em busca de Jin – e Jin acaba sendo preso na Sala 23, a mesma em que Karl esteve em algum momento, aonde a Iniciativa Dharma fazia uma espécie de lavagem cerebral nas pessoas. E, naquele lugar, o grupo quer arrancar respostas de Jin, e ele revida convocando uma reunião com Widmore, que acaba sendo uma cena extremamente importante e que nos ajuda a entender um pouco mais do que está por acontecer…

Isso porque, como já desconfiávamos, A GUERRA ESTÁ POR COMEÇAR. “Locke” faz uma visita à Ilha da Hidra ele mesmo, mas não consegue passar pelo campo que foi levantado contra o Monstro de Fumaça, então ele diz a Charles Widmore que a guerra finalmente chegou à ilha – e, então, nos perguntamos: será que vamos mesmo ficar ao lado de Widmore, depois de tudo? Talvez seja mais fácil não estar no lado de ninguém, como o Sawyer escolheu. De todo modo, Widmore é convincente ao conversar com Jin e ao dizer que precisa impedir “Locke” de sair daquela ilha, ou então todo o mundo pagará por isso: e, convenhamos, essa parece uma missão muito parecida com a de Jacob, não? Mais importante que tudo: amei a cena do Jin vendo as fotos da Sun com a filha deles.

Esses dois merecem muito um reencontro.

Sun, por sua vez, é igualmente abordada por “John Locke” quando retorna para a sua horta, abandonada há anos, mas não importa o que ele lhe diga sobre como pode reuni-la com Jin: ela não confia nele. Gosto MUITO disso tanto em Jin quanto em Sun, porque eles querem, mais que tudo, encontrar um ao outro, esse é o único objetivo de vida deles no momento, mas isso não quer dizer que eles vão fazer “qualquer coisa” por esse reencontro, como confiar em “Locke”. Eles são mesmo incríveis. Enquanto corre de “Locke”, Sun acaba batendo a cabeça em uma árvore, desmaiando e, quando acorda, ela simplesmente não consegue mais falar inglês… ela até consegue entender o que todos estão dizendo, mas falar mesmo, ela só consegue falar coreano.

O que, é claro, parece um problema. A comunicação fica toda bagunçada. Ainda assim, Sun parece clara o suficiente: ela não quer ir para onde quer que Ilana ou Richard queiram ir agora. Como ela diz, embora ninguém entenda, ela está ali com uma única missão: reencontrar o marido e o levar para casa, nada além disso… nada de “salvar o mundo”. Jin e Sun são uma visão pé-no-chão perfeita, que nos lembra como, muito mais do que sobre a guerra e essa briga imensa de bem e mal, “Lost” é sobre essas pessoas. Jack, surpreendentemente, tem uma cena final bem legal com Sun, a ajudando a se comunicar através da escrita, e agora nos perguntamos o que acontecerá depois, como essa guerra se desenrolará, qual será o papel de cada personagem nela.

Mas tudo o que queremos é o reencontro de Sun e Jin.

Eles merecem. E nós também!

 

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