Pornographer: Spring Life

Reencontro.

Lançado em 2021, “Spring Life” é um especial curto da série “Pornographer” (aproximadamente 12 minutos), que começa a nos preparar para o filme que seria lançado poucas semanas depois, e eu preciso dizer: COMO EU ESTAVA COM SAUDADE DESSES PERSONAGENS. A série contou com duas temporadas: a primeira delas, “The Novelist”, foi lançada em 2018 e conta a história de Kijima e Kuzumi, e como eles se aproximaram depois de um acidente de bicicleta, uma mentira sobre prazos para um livro ser escrito e muita intensidade e desejo; a segunda, “Mood Indigo”, foi lançada em 2019 e serve como uma prequel da temporada anterior, porque conta a história de Kijima anos antes de ele conhecer Kuzumi, e entendemos como ele se tornou a pessoa que conhecemos.

Gosto MUITO das duas temporadas de “Pornographer”, como já comentei várias vezes aqui no blog. Sempre ousada e excitante, a série também entrega bastante emoção e um drama denso e surpreendentemente repleto de camadas – e, agora, estamos preparados para reencontrar Kuzumi e Kijima algum tempo depois do fim de “The Novelist”. Se, ao fim de “The Novelist”, Kijijma ainda não estava preparado para assumir um relacionamento de verdade (e “Mood Indigo” nos ajuda a entender as cicatrizes que resultaram nisso), talvez esse seja o momento de Kijima e Kuzumi se acertarem, porque o fim de “The Novelist”, mais melancólico do que algumas pessoas esperavam, me parece, na verdade, repleto de esperança, porque dá a entender que, mais cedo ou mais tarde, eles estariam prontos para ficar juntos.

E é exatamente esse o contexto de “Spring Life”, a introdução para “Playback”. Reencontramos Kuzumi em um trem, a caminho de reencontrar Kijima depois de anos desde os acontecimentos de “The Novelist”, mas sabemos que eles se mantiveram em contato através de cartas – e através das obras de Kijima, que Kuzumi lia regularmente, pensando no escritor… o reencontro dos dois é emocionante como esperávamos que fosse, e podemos sentir todo o nervosismo que ambos compartilham e expressam de maneiras diferentes. Kuzumi está com um sorrisão tão grande estampado no rosto que eu não me lembro se já o tínhamos visto tão feliz antes, e eu achei lindo de ver essa reação; Kijima, por sua vez, parece tão ressabiado, tímido, mas, ao mesmo tempo, também tão feliz.

Seu sorriso é mais contido e reservado, mas está ali.

Ele está plenamente feliz em rever Kuzumi.

Toda a interação dos dois funciona muito bem, e eu assisti ao especial com um sorriso no rosto, me lembrando perfeitamente do porquê de amá-los tanto. Quando a irmã de Kijima liga para ele para pedir que ele passe no mercado e leve algumas coisas, Kuzumi se assusta com o fato de que agora Kijima tem um smartphone, e meio que o cobra por não ter contado isso, já que a comunicação entre eles teria sido muito mais fácil por telefone: para combinar de o Kijima buscá-lo na estação, por exemplo. Mas Kijima fala sobre como gostava de ler as cartas de Kuzumi, porque ele escreve muito bem e ele podia ficar relendo as cartas o tempo todo (FOFO!), e Kuzumi entende, mas também diz que ama a voz de Kijima e, por telefone, ele poderia tê-la escutado.

Gosto de como essa conversa aparentemente tão simples acaba sendo tão romântica e, eventualmente, tão quente. Gosto de como “Pornographer” sempre se jogou sem medo nas cenas hot, e como representa tão bem a realidade do desejo. Depois de anos sem se ver e sabendo o que um sente pelo outro, é natural que eles estivessem ávidos por aquele beijo – e QUE BEIJO que eles trocam no carro… e, com o clima esquentando com um beijo cheio de línguas (!), Kuzumi não aguenta esperar que ele e Kijima estejam em outro lugar, e continua o beijando e descendo e, bem… é uma cena excitante. E curiosa, porque é a primeira vez que “vemos” Kuzumi fazer sexo oral em Kijima – nas outras vezes, imaginação ou realidade, sempre foi o inverso.

O especial termina com Kijima e Kuzumi na casa da irmã mais nova de Kijima, dando pequenas dicas do que devemos encontrar em “Playback”, o filme. Teremos a oportunidade de explorar mais da relação de Kijima com a família, mais do romance que está nascendo (ou melhor, se concretizando) entre Kijima e Kuzumi, e talvez exista ainda um pouco do fantasma de Kido na vida deles (porque Kijima se lembra de uma cena de “Mood Indigo” quando Kuzumi cita Kido como “um amigo seu”), além de que Kijima talvez pareça estar guardando um segredo… ou é apenas insegurança e medo de assumir algo sério e ser feliz? De todo modo, “Playback” deve trazer drama para o casal (não esperaria algo diferente), mas, assim espero, também um final feliz e bonito para eles.

Eles merecem.

 

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