[Season Finale] Young Sheldon 6x22 – A Tornado, a 10-Hour Flight and a Darn Fine Ring

Tornado.

UM EPISÓDIO EXCELENTE! “A Tornado, a 10-Hour Flight and a Darn Fine Ring” é um daqueles grandes episódios de “Young Sheldon” que nos prova que a série deixou de ser “apenas uma série de comédia” há muito tempo. Como eu já comentei inúmeras vezes, mais do que uma sitcom, “Young Sheldon” é o retrato da Família Cooper e seus arredores, flertando com toques de drama ocasionalmente (a finalização desse episódio me fez chorar), e funciona porque realmente gostamos desses personagens e nos importamos com eles. Particularmente, eu gosto muito de como, além de inventar situações absurdas e encher o texto de piadas que nem sempre funcionam, “Young Sheldon” se tornou uma série emotiva e cheia de coração, tornando-a marcante e significativa.

Finalmente chegou a hora de Sheldon fazer a sua viagem à Alemanha, e Mary vai acompanhá-lo. Antes de partir, no entanto, Sheldon faz de tudo para falar com a irmã, e essas são cenas surpreendentemente tocantes, como foi a cena do episódio anterior, em que Sheldon disse com sinceridade a Missy que apenas a dedurou para os pais porque nunca ia se perdoar se alguma coisa acontecesse com ela… agora, Sheldon usa o walkie-talkie para dizer a Missy que não gostaria que eles se separassem bravos um com o outro, porque eles nunca passaram tanto tempo separados e ele vai sentir sua falta, o que é uma demonstração de afeto belíssima, especialmente para o Sheldon. Mas Missy se mantém firmemente brava com ele até a sua despedida.

E depois dela.

Toda a história de Sheldon e Mary no avião é a parte que consegue escapar da tragédia que atravessará a cidade em breve e, portanto, o principal lugar onde está concentrado o “humor” do episódio – embora o Sheldon falando empolgadamente com um cientista famoso não seja a coisa mais engraçada do mundo… mas abri um sorriso com a maneira como ele correu quando o aviso luminoso do cinto de segurança foi desligado, ou com a comissária de bordo trazendo uma bebida para Sheldon depois de conhecer o Sheldon. As demais histórias, até chegar ao tornado, também trazem alguns momentos mais leves e divertidos, como o Dale não sabendo como se comportar com o Pastor Jeff na lavanderia (!), com medo que ele descubra o cassino ilegal.

Mas o episódio dá uma virada inesperada quando uma chuva muito forte começa a cair na cidade e o rádio do carro anuncia a aproximação de um tornado… o que me deixa contente em “Young Sheldon” é a maneira como a série não nega a sua identidade de sitcom no seu formato, mas como ela se dedica ao drama, quando necessário, sem se distrair com piadinhas que seriam descabidas naqueles momentos – quando o desespero do tornado aparece, todo o humor se vai e ganhamos sequências emocionantes, com o Georgie e a Mandy escondidos no banheiro da casa dos pais de Mandy, para ficarem protegidos, e Dale e Connie precisando levar todos os clientes da lavanderia, inclusive o Pastor Jeff, para o cassino ilegal nos fundos, onde é mais seguro.

A cena mais linda de todas fica, sem surpresa nenhuma, para George e Missy – que sempre tiveram cenas brilhantes juntos. Eu gosto da profundidade do roteiro que replica a complicada relação de pai e filha: ela pode estar furiosa com o pai por causa das broncas e dos castigos, e ele pode estar bravo com ela por causa da sua atitude rebelde recentemente, mas naquele momento de perigo tudo desaparece… Missy volta a ser uma garotinha apavorada, e George está ali para protegê-la quando ela vê o tornado se aproximando e George diz que eles estarão mais seguros no chão, do lado de fora do carro. O medo estampado de Missy, a maneira como George a protege, e a maneira como toda a experiência faz com que Missy chore, depois, assustada, culpada, arrependida…

Tudo é tão intenso!

Confesso que eu não esperava por esse final para a sexta temporada de “Young Sheldon”, mas a capacidade crescente da série de apresentar bons momentos dramáticos me faz pensar que eles estão se preparando para o fatídico momento da morte de George – que certamente será bastante triste de se assistir. Além da cena triste e bonita de George e Missy, ainda temos a cena de Dale levando Connie para casa e ela descobrindo que a sua casa foi destruída pelo tornado… a expressão de Connie ao ver a destruição é de partir o coração, e sinto que ela não merecia passar por aquilo, mas há um quê de beleza inusitada na maneira como todas as pessoas que se importam com ela, inclusive o próprio Pastor Jeff, estão reunidos no final para ajudá-la a salvar o que restou dos destroços.

Ótimo episódio!

Curioso pela sétima temporada.

 

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