American Horror Stories 2x03 – Drive

Serial killer.

A temporada começou muito bem… e não sabíamos quanto tempo isso duraria. “Drive” é o episódio mais fraco da temporada até o momento, nos remetendo, inclusive, à primeira temporada de “American Horror Stories” – mas esse ainda não é motivo o suficiente para pensar que o restante dos episódios será ruim, porque essa é uma característica de séries antológicas: sempre haverá uma diferença de qualidade entre as histórias contadas… sempre haverá altos e baixos. Não é um episódio inteiramente ruim, e eu gosto da tentativa de “Drive” de “inverter as expectativas”, nos fazendo acreditar em uma coisa durante metade do episódio para termos uma reviravolta na reta final, mas foi a condução do episódio como um todo que nos deixou com a sensação de que ele foi excessivamente simplista – mas entregou o “horror” de que algumas pessoas estavam sentindo falta.

A história começa nos apresentando Marci: uma mulher em um casamento aberto que costuma sair para boates à noite em busca de sexo. Marci parece impulsiva e imprudente, pouco se importando com as notícias de pessoas desaparecidas em boates, possivelmente atacadas por um serial killer, por exemplo – até que ela se envolva em uma história sinistra. Quando está voltando para casa para o seu casamento em ruínas depois de uma noite na balada, Marci é perseguida por um carro misterioso que fica lhe dando sinal de luz e chega a bater no seu carro, mas ela eventualmente consegue despistá-lo… e embora isso não pareça ser o suficiente para deixá-la com medo, o evento faz com que ela fique obcecada para descobrir quem era a pessoa que a estava perseguindo… e, então, ela reconhece o carro em outra noite na qual ela sai para uma boate.

E é aí que a história começa a virar… era uma perspectiva interessante a de vermos Marci se tornando a perseguidora – até porque não sabíamos ao certo se era mesmo aquele cara que a perseguira no início do episódio, e portanto o jogo poderia estar virando. Marci decora a placa do carro, stalkeia Paul na internet, descobre onde ele trabalha, o segue até em casa… e, então, descobrimos que Paul, que parecia mesmo tão suspeito (no melhor estilo Joe, de “You”) até o momento, de fato a perseguiu naquela noite, mas apenas porque queria avisá-la de que vira alguém escondido no banco de trás do seu carro. Temos poucos minutos para nos perguntar se Paul estava mesmo dizendo a verdade ou se estava tentando enganar Marci até que Marci se aproxime dele, injete algo no seu pescoço para colocá-lo para dormir e o escolha como sua próxima vítima.

Marci era a serial killer o tempo todo… particularmente, eu gosto dessa reviravolta, porque quebra as expectativas estabelecidas lá no início do episódio, quando ela foi perseguida e parecia uma vítima em potencial, mas alguma coisa fica faltando no desenvolvimento do episódio, e o final de “Drive” parecia meio caricaturado… o roteiro teve boas ideias, na concepção e na construção do suspense, mas não soube finalizar de maneira satisfatória. De todo modo, temos um monólogo interessante de Marci, explicando os seus “motivos” para agir como age, enquanto tortura Paul antes de matá-lo, e então ela e o marido, Chaz, se unem para ser uma dupla feliz de serial killers que matam juntos por diversão. Bastante inferior a “Dollhouse” e “Aura”, esperamos que “Drive” tenha sido um pequeno deslize dessa segunda temporada.

Vamos ver que histórias “American Horror Stories” ainda tem!

 

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