Smash 1x05 – Let’s Be Bad

“When I’m bad I’m even better!”

Intenso, apaixonante e entregando um dos melhores números musicais da temporada, “Let’s Be Bad” é um episódio de que gosto bastante, e é muito bom como a série apresenta um roteiro bem conduzido, que intercala temas do processo criativo e técnicos da montagem de um musical com dramas pessoais que sempre rendem boas histórias! Se no episódio anterior Eileen teve destaque em busca do dinheiro para montar o workshop de “Marilyn, the Musical”, nesse episódio o grande “empecilho” para o workshop é criativo: faltam apenas 13 dias para a primeira apresentação do musical, e o roteiro ainda não está completo… na verdade, não está nem perto de estar completo, e Julia está lidando com outras coisas que parecem distraí-la do seu processo de escrita. Nos ensaios, a tensão entre Ivy e Derek e a insegurança de Ivy se mostram ainda mais expressas.

As coisas entre Michael e Julia estão prestes a explodir – e nem é porque Ellis descobrira o segredo no episódio anterior… está cada vez mais evidente para todos a tensão que existe entre eles, e, em algum momento, eles não poderão mais conter isso. Enquanto isso, Tom insiste em mais um encontro com John Goodwin, o advogado que a mãe (!) arrumara para ele, mesmo que os dois acabem não tendo muita coisa em comum e não se divirtam o suficiente quando estão juntos… ainda assim, o Tom é um homem muito forte, no fim das contas, porque o John é lindo demais (!), e eu acharia muito difícil resistir a ele perguntando se “eles vão transar um dia ou se são apenas amigos”, por exemplo, ou vê-lo todo poderoso na delegacia, falando tão bem e livrando a cabeça de Leo quando ele é detido por fumar maconha no Central Park… embora aqui o Tom fique, sim, mexido.

Frank está ausente – há algum tempo, por sinal. E como Julia não atende às ligações de Leo porque “está em uma reunião de negócios com Michael” (na verdade, eles estão jantando juntos e discutindo algumas questões que Michael tem sobre como Julia escreveu DiMaggio), Tom e John é que lidam com o Leo na delegacia e o levam de volta para casa… o que não quer dizer que Julia não tenha uma bronca preparada e não deixe o filho de castigo, inclusive citando como uma prisão vai para o seu registro e isso vai atrapalhar todo o processo de adoção. Na verdade, no entanto, esse é o menor dos problemas com que Julia precisa se preocupar se ela não consegue se afastar de Michael… Tom tenta alertá-la constantemente de que “isso vai dar errado”, mas quando Michael aparece na casa dela, fica para jantar, diz que quer estar com ela e canta “A Song for You” para ela, eles acabam se beijando…

Estupidamente, no entanto, eles fazem isso na frente de casa. E é claro que Leo os vê!

Nos ensaios de “Marilyn, the Musical”, as coisas ficam complicadas… todos parecem tensos com o prazo curto e a falta de material, e Derek está mais amargo do que nunca – o que Ivy não deixa de notar e sentir. Ela acha que ele a trata mal, isso quando não a está ignorando, e de fato as coisas ficam bastante complicadas quando Derek interrompe um primeiro ensaio de “Let’s Be Bad” porque “está faltando o vibrato de Marilyn”, e pede que Karen (!) ensine a Ivy como se faz… eu tenho tantas opiniões controversas a respeito disso, que até temo comentar, mas o farei. Eu acho que o Derek age como um babaca e é desnecessariamente grosseiro, sim, mas também acho que ele é uma representação muito fiel de alguns diretores; além disso, se Ivy não estava fazendo da forma correta e Karen sabe como fazer, ele só estava cumprindo o seu papel de diretor… não é porque eles têm um “relacionamento” que ele vai deixar de dirigir o seu trabalho.

Ele poderia ter sido mais gentil, é claro… mas então não seria o Derek.

Karen tenta fazer sua parte, tenta apenas cumprir as ordens de Derek, e eu acho realmente que ela tenta ser legal com a Ivy, para que ao menos elas tenham uma relação de respeito – existe uma rivalidade entre as duas? Nesse momento, acredito que mais incentivada pela insegurança de Ivy do que qualquer coisa, porque Karen é nova no mundo do teatro e, embora talentosa, ela sabe que perdeu o papel de Marilyn Monroe e pronto… está agradecida de estar no coro e ter a sua primeira chance na Broadway, talvez. Mas Ivy sempre tem alguns comentários bastante cruéis para fazer, e é bastante angustiante, para mim, vê-la ser grosseira com Karen e, logo em seguida, abrir um sorrisão e mudar completamente a voz para receber o pianista, como se fosse a pessoa mais legal do mundo… na verdade, mais do que grosseria, o que me incomoda é dissimulação.

Mas, de todo modo, já disse outras vezes: Ivy de fato mereceu o papel.

Tanto é que, nesse episódio, temos o número musical mais impactante do musical até o momento, e é interessante como novamente a música funciona como um paralelo para as emoções dos personagens e o que eles estão vivendo… Ivy demora um pouco para começar a música, mas, depois de chorar brevemente, ela consegue, E ELA ARRASA. “Let’s Be Bad” é a primeira vez que vemos, em “Smash”, um número musical completo da maneira como ele foi idealizado para o teatro, e não alternando com a sua versão do workshop, e é um máximo! É um momento delicado da Marilyn Monroe, e a cena fica incrível: texto, atuação, a letra da música, a coreografia… tudo é impecável! E quando Ivy aparece bêbada na casa de Derek, mais tarde, vemos “resquícios” da Marilyn que ela estava justamente interpretando durante o número de “Let’s Be Bad”.

Karen, por sua vez, fica com algumas coisas na cabeça… Ivy lhe falou muito sobre “saber o que tem a oferecer”, enquanto Derek falou sobre ela estar dura para dançar e “ter medo de tudo do pescoço para baixo”, e ela resolve provar para si mesma que eles estão errados – e é assim que ela canta “It’s a Man’s Man’s Man’s World”, e ela esbanja sensualidade, que a personagem foi acusada de “não ter” até então… tanto é que Karen consegue até usar essa sua “nova habilidade descoberta” em um jantar ao qual comparece com Dev, para descobrir informações importantes para ele… em relação ao seu namoro com Dev, esse é o primeiro episódio em que conhecemos um Dev menos parceiro do que ele vinha sendo, de maneira encantadora, até então, e ficamos preocupados com o que pode estar por vir no futuro deles… até por causa daquela tal repórter nova…

Mas vamos ver no que isso vai dar!

 

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