A Favorita – O sequestro de Lara: Parte 2

“Nós estamos aqui juntas, e uma vai ajudar a outra”

O plano de Flora ao sequestrar a Lara é claríssimo, e Lara é inocente (não foi o primeiro adjetivo que veio à cabeça, mas eu quis pegar leve dessa vez) o suficiente para cair… um pouco rápido demais, se você me perguntar. Flora só precisa comover a Lara e se mostrar forte, “capaz de tudo para defender a filha que tanto ama”, e Lara não tem inteligência e concentração o suficiente para ver além da manipulação… quando os “sequestradores” tiram Flora do cativeiro, Flora faz toda uma cena, começa a derrubar coisas e a gritar e a rasgar a roupa, como se estivesse apanhando, e grita “Minha filha não! Minha filha não!”, enquanto Lara escuta tudo e acredita em tudo… devo dizer, no entanto, que Flora é astuta e destemida e, é claro, uma vilã icônica, porque ela me arrancou algumas risadas verdadeiras (e nervosas) enquanto fazia toda aquela sua cena.

Lara bate na porta, grita, chama por Flora, enquanto Flora se diverte do lado de fora… e a verdade é que, de uma maneira bem sádica, Flora está mesmo se divertindo com isso tudo. Então, ela pede que o Silveirinha lhe dê um soco antes de entrar de volta, para “dar mais realismo à cena”, e quando ela é jogada de novo no quartinho com Lara, um grande passo já foi dado – Lara já está tocada porque Flora supostamente “apanhou por sua causa”. Então, o jogo de Flora agora é apelas mais ainda para a emoção, oferecendo o colo para que Lara durma e, quando a acorda, ela fala de como é bom assisti-la dormir, e que “a última vez que fez isso ela ainda era um bebê, antes de a arrancarem dela” ou qualquer coisa assim… Flora ainda diz que se sente culpada, mas que “não vai deixar que ninguém faça nada com ela”, obrigando Lara a responder:

“Você não tem culpa de nada. Nós estamos aqui juntas, e uma vai ajudar a outra”

Lara está morrendo de medo, e isso é algo que anuvia os pensamentos – por isso, eu tento não sentir raiva dela por estar acreditando nisso tudo e se tornando “a filha mais amorosa” com a Flora, mas ainda assim é um pouco (muito) desconfortável… Flora diz que ama a Lara e que sempre a amou, a chama de filha, chora, e Lara, mexida com toda a situação e acreditando em cada palavra, fica com os olhos cheios de lágrimas, abraça Flora e, durante o abraço, diz que não quer perdê-la e a chama de “mãe”. Quando Flora é tirada novamente do cativeiro, para uma “folguinha”, ela se diverte ouvindo a Lara gritando “mãe” desesperadamente lá dentro, e a cena é bem doentia, mas divertida: “Vocês tão ouvindo? Ela tá me chamando de mãe. De mãe! Eu consegui! Eu nem acredito que eu consegui! Essa menina me ama”. E enquanto Lara grita, ela se senta, assiste TV, bebe champanhe, come queijo…

Tem como não rir?

Quando Donatela descobre a respeito do sequestro, ela tem certeza que é tudo uma armação de Flora, para poder bancar a heroína salvando a Lara, e acompanhamos um pouco do desespero de Donatela… afinal de contas, ela ama Lara mais que tudo nesse mundo. Então, Donatela e Pepe vão atrás de Pedro, e ela diz que tem uma ideia, que basicamente é fazer o Pedro colocar na cabeça de Gonzalo e Irene que quem está por trás do sequestro é o Dodi – assim, quem sabe eles possam descobrir alguma coisa e salvar a Lara o mais rápido possível. O mais divertido (e o Murilo Benício tem um timing perfeito para a comédia!) é que Dodi já pensou nessa possibilidade e construiu um álibi para ele mesmo, causando confusão no trânsito, brigando com um policial e acabando na prisão… eu ri MUITO das cenas do Dodi na prisão, e de vê-lo todo dissimulado com o Gonzalo…

“Meu Deus, a Lara e a Flora sequestradas? Como? Quando?”

Mas ri mais ainda nas cenas da cela, do baralho… incrível como Murilo Benício é jogado no meio de um grupo imenso de figurantes sem fala e sustenta a cena brilhantemente, arrancando risadas.

Donatela acaba se envolvendo demais no sequestro, no desespero de salvar a vida de Lara, e isso quase acaba lhe custando o disfarce perfeito – ela não terá mais paz se descobrirem que ela está viva! Donatela e Pepe fazem de tudo para seguir Silveirinha e descobrir o cativeiro onde Lara está sendo mantida, mas Silveirinha acaba percebendo, coloca uma navalha no pescoço de Pepe, e por muito pouco não descobre a Donatela escondida em um carro por perto… foi por um triz, e nós acompanhamos tudo com tensão. Ainda assim, Silveirinha consegue ser descuidado o suficiente, depois do seu encontro com Pepe, para ir até o cativeiro e ser seguido pelos dois… agora que Donatela sabe onde é o cativeiro de Lara, ela só precisa fazer uma coisa: pedir ajuda. Então, ela faz dois telefonemas: um para o Seu Pedro, para que avise a polícia, e outro para Zé Bob.

 

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