Doctor Who, 2019 New Year’s Special – Resolution



“A long time ago, on the battlefields of Britain, an army of enemies came together to face an impossible opponent beyond their wildest nightmares. This unlikely army fought and won the bloodiest of battles. But only just. Their opponent had been so remorseless, the fear it placed in them was absolute. So they made a pact. They split their opponent's vanquished body into three pieces... to be buried at opposite ends of the world, and vowed that the burial sites would be forever guarded as a precaution. The three swore an oath of secrecy. The terrifying opponent was to be erased from history. The three Custodians undertook their long journeys across land and sea, locating isolated sites and carrying out their task with monastic dedication. […] All except one, whose journey was never made, felled at the first by an unwitting assailant who would never know the full impact of his arrow. And time moved on... obscuring the lost Custodian's body, leaving the other two Custodians and their descendants unaware of their comrade's fate for eternity. Almost”

OS DALEKS ESTÃO DE VOLTA! Percebemos, na primeira temporada de Chris Chibnall no comando de “Doctor Who”, que ele tentou quase se desvincular do que vinha de antes, com uma nova Doctor, novos companions, nova TARDIS e vilões completamente novos – mas também é preciso entender que não se pode ignorar uma série que tem 55 anos de história. Apesar de ele querer dar uma carinha de “série nova”, essa é a 37ª temporada com a personagem, e isso tem que ser levado em conta! Talvez por isso, o episódio especial de Ano Novo vem introduzindo os DALEKS mais uma vez, os inimigos mais antigos do Doctor, que fizeram o seu debut na primeira temporada da série, ainda em 1963. Agora, estamos com uma história “próxima à origem” de um Dalek, e vê-lo fora da sua carcaça costumeira o deixa mais macabro.
E, aparentemente, mais perigoso.
A trama é boa, a introdução é ÉPICA, com a narração de como um “inimigo impossível” foi vencido há muito tempo, barely, e então cortado em três partes, enterrado em diferentes pontos do planeta, guardados por gerações e gerações de protetores, para que ele não retornasse à vida. No entanto, um dos responsáveis não conseguiu cumprir sua missão, morrendo no meio do caminho e, portanto, foi a parte do inimigo que ficou mais vulnerável. Paleontólogos, agora, escavam e descobrem a primeira parte do inimigo sem saber que se trata de algo tão perigoso, e então as demais partes, protegidas na Rússia e em uma ilha, acabam despertando e vindo se juntar a ele, o que se torna uma mistura nojenta de povo, cobra ou o que quer que seja… assim, a Doctor e seus companions precisam interromper seus planos de Ano Novo e verificar.
Tudo acontece muito depressa na introdução do episódio, da chegada da Doctor a Lin e Mitch e a sua determinação de que “estão lidando contra algo perigoso”, mesmo antes de fazer os testes que mostram contra quem estão lutando. A Doctor coloca o sítio sob quarentena e manda Lin e Mitch embora, enquanto ela mesma pensa no que fazer. Nesse meio tempo, a campainha toca na casa de Ryan (“Is that your intruder alert or mine?”), revelando de volta o pai ausente de Ryan, que não esteve com ele nos momentos em que ele mais precisou, não apenas na morte da avó, recente, mas em toda sua vida, pela qual ele esteve abandonado… eu ADOREI como Graham explicou a Aaron que “uma família não são apenas o sangue e o nome, mas o que você faz pelas pessoas”… e Aaron não fez o suficiente. MELHOR PARTE é quando Ryan chama Graham de “avô”, para surpresa de Aaron.
PORQUE GRAHAM É SUA FAMÍLIA.
Ele e toda a “Team TARDIS”.
E enquanto isso tudo se desenvolve na casa, descobrimos que Lin levou o monstro com ela no corpo, e é verdadeiramente assustador: “I am your pilot now. Do not fight me. I have control of your body. All brain and motor functions are under my power. […] See how I control you. Turn! Look! You are my prisoner now. You are my… puppet”. E a voz e o modo de falar, embora ainda mais macabro que o convencional, nos dá uma ideia clara de com quem estamos lidando, até que a Doctor faça seus próprios testes e chegue à conclusão: “This is the DNA of the most dangerous creature in the universe”. ELES ESTÃO LIDANDO COM UM DALEK! E estamos habituados com os Daleks em suas “carcaças metálicas”, mas não é a primeira vez que vemos o que tem lá dentro – e, agora, ele parece altamente SOMBRIO usando o corpo humano e falando através dele.
Dá uns calafrios!
“I always think I’m rido f them. Never am”
Então, a Doctor acaba envolvendo todo mundo com a missão – adorei quando eles rastreiam a ligação de Mitch e vão buscá-lo com a TARDIS (“Deep breath, Mitch!”), e o Mitch é bastante útil falando sobre a “Order of the Custodians”, contando a história da batalha – então, existe um Dalek enterrado na Terra desde o Século IX, esperando para renascer. Isso é apavorante… até porque, como o Graham brilhantemente o descreve, o Dalek é “um psicopata alienígena”. Com a ajuda de Mitch, a Doctor também consegue descobrir que o Dalek está usando Lin para se locomover pelo planeta, e o embate começa a ficar sério quando o Dalek explode os sistemas da TARDIS, para impedir que a Doctor venha atrás dela – não que ela não reinicie a TARDIS, naturalmente, enquanto distrai o Dalek, conversando com ele através do rádio e de uma projeção.
Extra: COMO ASSIM NÃO TEM MAIS UNIT?!
ADORO como o Dalek se transforma na versão que conhecemos deles – além de um eletrizante “You will be exterminated”, ainda através de Lin, mas com voz de Dalek, temos a arma que é a arma dos Daleks mesmo… e como Lin está enfraquecendo, o Dalek constrói a sua própria carcaça, um pouco improvisada e rústica, mas imponente de todo modo… adorei toda a sequência de quando a Doctor e os demais recuperam Lin, e quando o Dalek entra explodindo tudo (típico deles), com uma trilha sonora f*da, gritando “Exterminate!” ISSO É TÃO CLÁSSICO, ISSO É TÃO NOSTÁLGICO, ISSO É TÃO “DOCTOR WHO”. Chris Chibnall, você pode inovar a série, mas não esqueça de sua história: nós queremos ver esse tipo de coisa, sim! Então, a Doctor o confronta (“Oh, mate. I’m the Doctor. Ring any bells?”), mas o Dalek consegue escapar, planejando convocar toda sua frota.
Naturalmente, a Doctor não vai permitir que eles destruam ou se apossem do Planeta Terra – assim, Graham e Aaron se juntam à TARDIS no último ato do episódio, enquanto o Dalek começa a atacar humanos, com um poder de destruição notável. Toda a sequência é ÉPICA, com direito ao Dalek chegando voando, com direito à Doctor saindo da TARDIS para enfrentar o Dalek, numa vibe bem Matt Smith, e então ela anuncia: “Here's a new year message for you to send. Earth is protected by me and my mates this year and every other. Here we go!” O plano é interessante, eles explodem a carcaça do Dalek… mas Daleks sobrevivem. E, sobrevivendo, em sua forma de “polvo”, ele se conecta a Aaron dessa vez, ameaçando matá-lo se a Doctor não fizer o que ele manda… a Doctor finge obedecer, mas tem seu próprio plano (um pouco duvidoso, no entanto), e tudo só termina quando Ryan consegue perdoar o pai e dizer que o ama, segurando-o enquanto o Dalek voa em direção a uma supernova…

“On the first day of the year 2019, across the land and sky of Britain, an army of unlikely friends came together to face an impossible opponent and prevailed”

Agora, esperamos a 12ª temporada.
Mas só em 2020.

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