Turma da Mônica Jovem (3ª Série, Edição Nº 1) – Lendas do Recomeço

Nova proposta editorial…

UMA NOVA FASE PARA A TURMA. Depois de várias reclamações durante a 2ª Série da revista, a “Turma da Mônica Jovem” inicia uma nova fase, reformulada, tentando atender a alguns pedidos feitos durante anos por fãs – e eu ainda vou precisar ler mais edições para formular bem uma opinião a respeito do novo formato, que dividiu opiniões. Sobre a revista em si, ela está visualmente incrível: os novos traços são muito bonitos, o novo material do miolo também me agrada muito, mas também preciso dizer que o valor da revista deu um salto gigantesco e, descaradamente, a Panini já realizou um novo aumento quando terminou a primeira história dessa nova fase e, pela primeira vez em muitos anos, eu cogito deixar de comprar a revista… o que seria uma pena, porque eu compro a “Turma da Mônica Jovem” mensalmente desde 2008, quando ela foi lançada.

A nova proposta da revista traz o mesmo número de páginas ao qual estávamos habituados, mas, dessa vez, dividido em três histórias – consigo entender a ideia por trás dessa escolha, já que, para a editora, compensava lançar histórias independentes a cada edição, mas os fãs estavam pedindo o retorno das sagas, que contavam histórias muito mais elaboradas e envolventes (eu mesmo era alguém que não via a hora do retorno das sagas). Minha primeira impressão ao ler essa edição da 3ª Série é de que eu preferia que fosse uma história só… que a história principal se concentrasse em três edições seriadas e as outras edições contassem histórias independentes. Mal tivemos tempo de iniciar de verdade a nova saga e tivemos duas histórias curtas que não me prenderam o suficiente… uma delas até sim, agora a outra, minha nossa…

Uma dessas histórias foi MUITO RUIM, preciso dizer.

A saga principal começa com “Lendas do Recomeço”, e apresenta alguns elementos, como um jogo de realidade ampliada com o qual o pessoal do Bairro do Limoeiro está envolvido – acompanhamos uma história breve em que vemos o Cebola fugindo de um vilão gigantesco e procurando alguma coisa para derrotá-lo, enquanto a Mônica tenta capturar uma criatura mágica, os dois competindo entre si: Cebola chega ao Nível 8 e Mônica ao Nível 10. Espero que toda a trama do jogo se torne interessante, mas ainda não dá para saber bem nessa primeira edição, porque a primeira parte de “Lendas do Recomeço” tem bem um tom introdutório, para apresentar o “novo” Bairro do Limoeiro: com o relançamento da revista, muita coisa está diferente, não apenas nos traços dos personagens, mas em algumas características deles e em suas relações…

Assim, a edição apenas pincela temas que devemos ver ser explorados mais a fundo nas próximas edições. Vemos a Magá aparentemente em crise com o Quim, por exemplo, e a Maria Cascuda pedindo que o Cascão “a esqueça e siga com a sua vida”, porque ela está morando fora e não quer ficar prendendo ele… sobre o Cascão, também vemos que ele está machucado e andando de muletas, mas não entendemos o que o deixou assim. Outros personagens fazem pequenas participações, como a Milena e a Marina, essa segunda também em crise em seu namoro, aparentemente, porque o Franja está fora “salvando o mundo” e ela não tem notícias dele há algum tempo. Estou bem curioso para ver como será a participação do Do Contra nessa nova fase, porque ele sempre foi um dos meus personagens favoritos, ele está um gato nessa nova proposta, e está prestes a entrar no jogo também…

Mas isso fica para a próxima edição.

A segunda história da edição, e primeira curta da nova proposta, é “Bolos e Calacas”, uma história que leva a Magali e o Dudu para o México durante a celebração do Día de los Muertos porque a Tia Nena parece ter herdado um restaurante de uma amiga dela que faleceu recentemente… com pitadas de “Viva: A Vida é Uma Festa” e “A Origem”, a história é interessante, mas é impossível não parecer corrida em apenas 30 páginas. Mesmo assim, o Dudu é um bom personagem e a Magá arrasa protagonizando uma aventura com um toque de sobrenatural que a leva, inclusive, para o Mundo dos Mortos para que ela possa trazer uma mensagem de volta ao mundo dos vivos – infelizmente, a conclusão da história deixa alguns furos (do tipo: Manuel preparou o próprio bolo que o matou e não sabia que era alérgico a amendoim?), mas o saldo geral é positivo…

O que eu já não posso dizer de “Férias, Confusão e Gritaria”. A história protagonizada por Denise, Maria Cascuda e Marina tem tudo o que eu detesto nas piores edições da 2ª Série da “Turma da Mônica Jovem”. É uma história superficial, com tentativas falhas de passar mensagens (a crítica ao assédio, por exemplo, é importantíssima, o “Não é não!” é uma mensagem muito válida, mas se “Tina: Respeito” conseguiu tratar o tema muito bem, essa história só joga as coisas aleatoriamente sem preparação ou desenvolvimento, e acaba beirando a vergonha) e roteiro preguiçoso. Embora com traços bonitos, os diálogos são ruins, as situações são ruins e pouco entendo do que a história queria, no fim das contas… e é uma pena que essa tenha sido escolhida para ser o encerramento da revista, porque eu terminei de ler com essa má impressão.

Mas “Bolos e Calacas” é legal e “Lendas do Recomeço” tem potencial, mas não posso julgar ainda.

 

Para mais postagens da Turma da Mônica Jovem, clique aqui.

Ou visite nossa página: Cantinho de Luz

 

Comentários