Supernatural 13x04 – The Big Empty


“It doesn’t matter who you are. It matters what you do”
Como vocês bem sabem, eu estou gostando muito dessa temporada de “Supernatural” – no entanto, eu detesto o Dean, sua atitude babaca e, como eu sempre digo, sua hipocrisia. Em contrapartida (embora eu tenha gostado dele desde o primeiro episódio), eu gosto CADA VEZ MAIS de Jack! Seu personagem é muito bem construído, sua relação com Sam é das mais belas que eu me lembro na série, e aquela cena de Jack com “Kelly” foi realmente muito EMOCIONANTE. O episódio começa com um assassinato que remonta, de certa maneira, aos mistérios que gostávamos de acompanhar nas primeiras temporadas de “Supernatural” (todos abandonados com o passar dos anos e o engrandecimento da trama, não necessariamente bom), e com o Sam pedindo a Dean que ele dê uma chance a Jack… assim, Jack vai “ajudar” nessa última caçada.
As cenas são boas, e eu gosto de como eles estão aproveitando esse lado emotivo de “Supernatural” sem necessariamente ser dramático do jeito que eu não gosto e reclamei em episódios passados – a inserção de Jack na trama mexe com tudo, torna o “drama” real, e isso é bom. Entendo as suas dúvidas em relação a se unir a uma caçada, afinal de contas ele acha que o Sam só quer usá-lo por causa de seu poder, e o Dean não consegue nem olhar na cara dele, e quer matá-lo. Sam é o agente que consegue que ele aceite sair… afinal de contas, ele confessa a parte de querer abrir um portal para esse outro mundo, para salvar a mãe, mas ele também se importa com Jack, e aquilo foi sincero. Então Jack se une a eles, e o Dean age como? COMO UM PERFEITO BABACA. Mas, hey, é o que ele sabe fazer melhor, não é?! Só me lembro dessa faceta do Dean.
Dean é intolerante, talvez essa seja a palavra. E isso é uma expressão de ignorância que me faz ter rombos de ódio pelo personagem. Com Jack, ele é frio, distante, cheio de ordens, e um tremendo babaca. E como já disse em outras postagens, de certa maneira eu até entendo os seus receios, mas ele não deu nem uma chance a Jack. E o Jack não lhes deu motivos para pensar que se voltaria contra eles nem nada – e eu gosto do quanto Jack é sensível, à sua maneira. Ele tem todo um poder dentro dele que não entende, um medo de machucar as pessoas, especialmente porque pessoas como Dean o acusam disso, mas tudo o que ele quer é ser bom. Quando ele pergunta a Sam “My mother… could she be a ghost?”, eu quase morri de dó. A esperança que ele tinha de voltar a ver a mãe, de falar com ela… foi de partir o coração.
No mistério do episódio, temos uma criatura que toma a forma de pessoas mortas para matar os seus entes queridos – eu gosto do tom de mistério, de não sabermos de que criatura se trata e tudo o mais, porque isso me faz pensar no começo da série, e de quando éramos surpreendidos com novas informações… e essas mortes podem ter relação com uma terapeuta, Mia Vallens, que ambas as vítimas tinham em comum. Para investigar, Sam, Dean e Jack chegam ao seu consultório para falar com ela, e novamente Dean demonstra o quanto pode ser… bleh. Porque ELE FAZ TUDO ERRADO. Sempre. Ele é grosso, mal-educado, preconceituoso, e aquele “I know that mom is dead. And I know that she’s not coming back” foi revoltante, bem como a maneira como disse a Sam que ele não podia admitir que Mary morreu porque então teria que lidar com isso, e ele não consegue.
E aquele sorrisinho idiota no rosto foi o pior de tudo.
Senti nojo de Dean.
Pelo menos Mia disse uma verdade forte: “You just upset your brother so much he had to leave the room. And Jack: look at him. He’s terrified of you”. Porque ali as cenas ficaram sérias, Sam precisou sair da sala depois de uma briga com o irmão, gritos e um desabafo verdadeiro. No fim, Mia era mesmo um metamorfo, tomando a forma de pessoas que partiram para que seus pacientes pudessem vê-los uma última vez e se despedir, conseguir um encerramento. Mas ela só quer ajudar as pessoas, e nunca matou ninguém. E eu imediatamente acreditei nela! O vilão era seu antigo namorado, também metamorfo, Buddy, atacando seus pacientes, e então eles precisaram ir atrás dele e matá-lo… mas Mia ficaria bem, e eu realmente espero que ela seja uma daquelas personagens que vai poder retornar mais tarde.
Enquanto isso tudo acontecia, também vemos CASTIEL, naquele misterioso lugar onde acordou depois de Jack chamar seu nome. Tudo ainda é muito envolto em mistério, afinal ele está em um lugar vazio, e ele tem outro Castiel para enfrentá-lo, um monstro forte e intenso, que não queria ser acordado. Afinal de contas, eles estão no lugar para onde todo anjo e demônio morto vai, para um sono eterno… onde ninguém nunca acordou. A atuação de Misha Collins é perfeita e me arrepia. ELE MERECE UM PRÊMIO! Porque ele interpreta esses dois personagens, com o mesmo rosto e as mesmas roupas, e eles são perfeitamente distintos. O Castiel que conhecemos, de um lado, e aquela versão psicótica e perigosa do outro lado, quase em surto, e Misha Collins atua brilhantemente representando essa faceta… mas tudo bem, eu sou fã dele mesmo.
Agora, ele está de volta à Terra.
Mas eu tenho uma cena FAVORITA nesse episódio, e naturalmente é do Jack. Ele pede, discretamente, para conversar com Mia, E QUE CENA FORTE. Ele mostra a ela o vídeo de Kelly, diz que nunca conheceu a mãe, e que aquilo é tudo o que tem dela, e que queria poder vê-la, pelo menos uma vez. Assim, Mia retorna como Kelly, e a sequência toda me comoveu. Também brilhantemente atuada, ambos choraram, se abraçaram, e a emoção tomou conta da série – Jack se abriu, falou de todo o coração sobre como Sam concorda com “ela”, sobre como eles dois querem que ele seja bom, mas ele já machucou pessoas, e ele tem medo disso. E quando ele diz “Mostly, I don’t feel anything. That’s why I think maybe… maybe I’m a monster”, eu queria abraçá-lo, cuidar dele, e dizer que ele não era. Mia, como Kelly, fez isso, e disse: “Jack, it doesn’t matter who you are. It matters what you do”. PERFEITO. E ela sabia o que estava dizendo.
Aquele é o Jack, ESSE é o Jack. Quando ele abraça a “mãe” novamente, chorando, que abraço bonito – ele é uma criança que quer a mãe por perto, para cuidar dele, e Sam é quem está fazendo o mais próximo disso, o que pode. Não Dean. Nunca Dean. Tanto que quando Buddy invade o consultório e os ataca a todos, Jack não tem forças para se soltar ou enfrentá-lo, mesmo que Dean peça ajuda, mas quando o Sam chega, pelo Sam Jack consegue. Mesmo fraco, mesmo que isso o esgote, ele tem força para desviar a bala de Buddy e salvar a vida de Sam, e aquilo foi MARCANTE. Isso é AMOR, é a única coisa que penso. Olha o que Sam construiu com ele, e o que Jack pode fazer por eles agora! Dean COMEÇA a mudar agora. lentamente. Ele diz um “You did good today” a Jack (o sorriso dele é TUDO! Um sorriso inocente, feliz, orgulhoso de si mesmo… e puro – ELE É UM FOFO, COMO NÃO AMÁ-LO?), e um “You may be right about the kid” a Sam.
Espero que isso continue.
Parece que vou seguir defendendo o Jack.

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