Supergirl 3x04 – The Faithful


“When you look in the eyes of god, you do not forget”
Que episódio diferente, e GENIAL. Um dos meus episódios favoritos de “Supergirl”. Gostei muito do tema e de como ele foi explorado: estamos falando de FÉ. Para isso, retornamos dois anos no tempo, para o Piloto da série, onde Kara Danvers salva um avião (porque Alex está lá dentro), e se torna, oficialmente, Supergirl. Lá dentro, Thomas Coville olha pela janela e vê a misteriosa figura que está sob a asa do avião pousado na água, e ele acredita na Supergirl antes mesmo de ela levantar voo e ir embora… dessa introdução brilhante, e importante, partimos para um jogo de Ruby que Sam está assistindo enquanto, no telefone, precisa resolver um monte de problemas, e uma mulher as aborda, falando sobre como elas duas são “especiais”, com um panfleto misterioso com um símbolo kryptoniano… no mínimo intrigante.
Eventualmente, Kara vê esse panfleto e, intrigada, vai conferir, ao lado de Winn e James. Não vi necessidade alguma em James ir junto, mas por mim nem na série ele estava mais. E a surpresa de Kara é imensa: ela encontra um grupo, quase uma seita, que adora Supergirl. São crentes em Supergirl, todos eles salvos por ela algum dia, liderados por Thomas Coville, fundador dessa espécie de “religião”, que ama Supergirl desde que ela salvou o seu avião, dois anos antes. “Supergirl, our savior”. Eles REZAM para Supergirl, e tudo é bastante esquisito, quase bizarro, e tem um tom de ameaça velado. Porque embora eles não pareçam maus, o fanatismo nunca é saudável… a prova está quando um cara coloca sua vida em risco colocando fogo em um prédio só para “testar a sua fé”, em um “experimento religioso” para que possa se juntar aos believers.
“He set the fire to join a cult that worships me”
Mas o diálogo mais impactante talvez seja:

“Supergirl saved me”
“Do you remember saving her?”
“I remember all of them”

Kara não gosta da ideia, Kara não quer ninguém adorando-a (“When you look in the eyes of god, you do not forget”), e ela ainda se incomoda com o fato de estarem deturpando as palavras de um deus real em Krypton, para quem ELA rezava, e do que sente falta… por isso ela vai falar com Thomas, vai tentar acabar com isso tudo, e ele SABE que ela é a Supergirl, mas escuta tudo como quer escutar. Acredita que Kara seja Supergirl “testando a sua fé”. O fanatismo religioso de Thomas o leva a extremos como planejar explodir todo um estádio com uma bomba, só para que Supergirl possa salvar todo mundo, e convertê-los todos em seguidores de sua religião bagunçada. Ela consegue provar a ele que “não é nenhuma deusa” sangrando, enfraquecida pela kryptonita, mas então já é tarde demais, e a bomba está prestes a explodir.
A sequência é bem forte, e o tema era sério – o roteiro fez um bom trabalho, no entanto. Gostei da visita de Kara a Thomas na prisão, gostei de como ele acredita, como ele reza, agora a ela e por ela, para que ela se encontre novamente. Talvez ela o entenda mais que ninguém. O episódio ainda traz a história de Maggie e Alex prestes a ruir, através do plot das “tias de Ruby”, quando Lena, Kara e Alex vão com Lena à escola, ver Ruby cantar, e Alex sai chorando, porque tudo o que ela quer é ter filhos, e Maggie não quer isso – “I wanna be a mom. What am I gonna do?” Nós sabemos para onde isso está caminhando, mas nem por isso é menos doloroso. O episódio termina com diferentes pessoas orando, ao som de “Hallelujah”, e um encontro macabro a Sam que me fez pensar, um pouco, no Silêncio de “Doctor Who”. Mas certamente não será tão bom quanto.
O Silêncio ainda é meu vilão favorito em “Doctor Who”!
Seguido dos Weeping Angels.

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