Alice in Borderland 2x02

“Dificuldade: Rei de Paus. Jogo: Osmose”

Que episódio TENSO e MARAVILHOSO! Esse segundo episódio entrega “Alice in Borderland” em sua essência mais pura: um jogo de vida ou morte, regras bem definidas, necessidade de estabelecer estratégias e um desespero angustiante. No episódio anterior, Arisu e os colegas estavam tentando escapar do perigoso Rei de Espadas, que transformara a cidade toda em sua “arena” e estava matando jogadores brutalmente, e isso os levou até o mais longe que puderam pensar em ir, para se inscrever voluntariamente em um jogo e torcer para que um “monarca” não interfira no jogo do outro… assim, Arisu, Usagi, Tatta e Kuina se veem obrigados a se unir a Niragi para completar a sua equipe ao entrar em um jogo contra a equipe liderada pelo Rei de Paus.

“Alice in Borderland” é sobre estratégia, filosofia e sobrevivência – mas é também sobre jogo, regras e rotas/planos inteligentes. Enquanto o Rei de Paus explica o confronto à frente, percebemos que as coisas se complicaram desde os primeiros jogos… afinal de contas, nos prometeram que estaríamos em uma “Nova Fase”. O jogo chamado “Osmose” é marcado por uma série de regras inicialmente difíceis de gravar, mas que são todas bem claras conforme acompanhamos o desenrolar da partida, e é justamente o que foi comentado no episódio anterior: por mais absurdo que os jogos sejam, sempre há regras muito bem definidas. Diferente da matança generalizada, caótica e aparentemente sem regras do Rei de Espadas, que marcou a reestreia.

No primeiro jogo oficial da temporada, a equipe de Arisu e a equipe do Rei de Paus se enfrentam durante 2 horas, cada equipe começando com 10.000 pontos divididos como eles quiserem entre os integrantes da equipe, e existem três maneiras de conseguir mais pontos: através dos confrontos, dos botões espalhados pela arena e da base. Particularmente, eu adoro ver o cérebro de Arisu funcionando em busca de estratégias, e é ele quem lidera a equipe em um início que parece fazer bastante sentido, em uma divisão não igual dos pontos, que parece favorecê-los em um primeiro momento… conforme eles vão “ganhando”, no entanto, percebemos que nunca que as coisas seriam tão fáceis quanto elas estão aparecendo, e só esperamos a reviravolta.

Depois de poucos minutos de considerável “tranquilidade”, a equipe do Rei de Paus faz uma virada arriscada ao sacrificar um dos seus participantes, e então as coisas parecem quase impossíveis para a equipe de Arisu: não só eles estão subitamente perdendo, como todo confronto de agora em diante será perdido por eles, já que eles têm menos ponto, e algumas rachaduras na equipe também prometem dificultar o trabalho, já que eles deveriam estar trabalhando juntos. Parte de mim não acredita na possibilidade da morte do Arisu e da Usagi, não tão cedo na temporada, pelo menos, mas se tem uma coisa que o terceiro episódio na primeira temporada de “Alice in Borderland” me ensinou é que eu não devo presumir que algum personagem não vai morrer.

Ainda assim, toda a equipe morre caso eles percam – por isso, eu sei que, de um jeito ou de outro, eles precisam ganhar… e gostei muito de como o episódio criou toda a tensão enquanto nos perguntamos como eles podem fazer isso: o desespero e o medo os deixou mais acuados e é impossível vencer, a não ser que eles façam alguma coisa muito diferente. E talvez a ideia de atacar a base inimiga seja a melhor opção, mesmo que seja muito parecida com o que a equipe do Rei de Paus fizera quando Tatta não teve escolha a não ser “escolher quem da equipe adversária matar”, enquanto os demais ganhavam seus 30.000 pontos, segundo a dinâmica do jogo… a principal diferença agora, no entanto, é que a equipe do Rei de Paus está em peso em volta da base.

Como vencê-los?

O episódio nos conduz com maestria pela sensação de “corrida contra o tempo” e de “tudo ou nada”, com direito a uma perseguição eletrizante protagonizada por Usagi (que orgulho dela, minha nossa!), e um momento breve que nos permite um fiozinho de esperança, quando Arisu usa as regras do jogo da melhor maneira a seu favor, conseguindo aproximar o placar das duas equipes… mas Arisu e os demais continuam atrás, mesmo que, agora, com uma diferença menos considerável. Seria uma vitória gloriosa, mas “Alice in Borderland” não gosta que nada pareça “fácil”, por isso o que parecia ser a última e melhor estratégia possível não é o suficiente para garantir a vitória, e com apenas poucos minutos até que o prazo se encerre, eles precisam escolher entre desistir e tentar algo.

E eles tentam algo

Usagi consegue encontrar o último botão com pontos extras, diminuindo a diferença para apenas 500 pontos, e Arisu corre até a base do Rei de Paus com algum plano que ainda não conhecemos. Esse segundo episódio é GENIAL ao garantir que queiramos retornar – precisamos saber como esse jogo termina! Diferente da dinâmica da primeira temporada de “Alice in Borderland”, em que cada jogo parecia mais centrado em seu próprio episódio, esse episódio traz um cliffhanger de tirar o fôlego no qual não conseguimos, exatamente, antecipar o plano de Arisu… mas eu escolho confiar nele: ele pensou em alguma coisa, seja lá o que for. De um jeito ou de outro, esse jogo precisa ser vencido. E esse é apenas o primeiro jogo contra as cartas de figura.

O que mais vem pela frente?

 

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