Turma da Mônica Jovem (3ª Série, Edição Nº 6) – Battle Royale

Conclusão de “Lendas do Recomeço”.

Chegamos ao fim do primeiro arco na nova proposta da “Turma da Mônica Jovem”, e a minha opinião não mudou muito enquanto lia “Lendas do Recomeço”: achei a ideia da história bacana, era uma premissa promissora, mas que não rende a história que se esperava, porque gostaríamos de ter visto um pouco mais de desenvolvimento e a maior parte das edições ficou parecendo “introduções” a uma história de fato. Sobre a proposta de três histórias por revista, também já dei meu veredito há muito tempo: é uma ideia legal para poder “continuar com as sagas” e dar protagonismo a personagens secundários em “histórias independentes”, tentando atender a dois pedidos distintos dos fãs da publicação, mas ainda é algo cujo ritmo precisa ser encontrado, e acho que a revista chegará lá, eventualmente. Termino curioso pelo que o segundo arco nos apresentará.

“Lendas do Recomeço: Parte 6” é a conclusão da história com o grande duelo final de todos que estavam jogando o jogo de realidade ampliada – e confesso que tive algumas surpresas enquanto lia essas páginas, porque a “Turma da Mônica Jovem” sempre foi muito óbvia ao dar as vitórias de tramas como essa à Mônica e ao Cebola… e não é o caso aqui. O primeiro duelo é entre o Cascão e a Mônica e, por mais apelona que a personagem seja, ela acaba perdendo para o Cascão. O segundo duelo é entre o Cebola e o Do Contra, e quem ganha é o DC, com todas as suas imprevisibilidades, como usar o ataque final no início do duelo, e uma estratégia para deixar o Cebola nervoso… ou não, na verdade. Talvez ele só estivesse curioso realmente para saber o que era a aposta de Cebola e Mônica. Como, no fim, nenhum dos dois perde ou vence, ambos pagam a aposta.

Que parecia dizer “Eu te amo” primeiro ou algo assim.

Então, caminhamos para o duelo final de Do Contra e Cascão – e só eu sei o quanto eu torci pelo Do Contra! DC é um dos meus personagens favoritos na “Turma da Mônica Jovem”, e sempre foi, na verdade, desde a Primeira Série da revista. Por isso, é muito bom vê-lo ganhar o destaque que ele eventualmente ganhou em “Lendas do Recomeço”, inclusive sendo o personagem que vence a competição e que protagoniza a maior parte da última edição do arco… o duelo contra o Cascão também é bem interessante, como tinha que ser, porque é justamente o fato de o Do Contra fazer as coisas que ninguém espera que o torna tão interessante: e é isso o que lhe garante a vitória! Ele e Cascão têm uma luta acirrada, ambos usam o ataque final ao mesmo tempo e acabam fracos, mas ainda na partida, e Do Contra joga um artefato poderoso contra o Cascão no fim…

Algo que ninguém jamais faria.

Acho, como um todo, que “Lendas do Recomeço”, no entanto, foi uma história bem fraca – talvez até contida, receosa, e a revista vai ter que se aventurar e se arriscar mais daqui para a frente. Tivemos várias promessas, várias tramas se anunciando, mas uma conclusão eventualmente morna, da qual eu só gostei mesmo por ter dado muito destaque ao Do Contra e um pouquinho ao Franja, que é outro personagem que eu adoro! Com a sua vitória, DC pode “ter o seu maior desejo realizado”, mas isso se refere apenas a coisas dentro do jogo, e ele, graças ao Franja, faz um verdadeiro exposed do dono da empresa que faz os seus funcionários trabalharem por horas exaustivas e desumanas, pedindo melhores condições para eles e tudo o mais… por isso o Do Contra tinha que ser o grande vencedor: não sei se o Cebola, por exemplo, seria altruísta o suficiente.

Espero ver mais do Do Contra e do Franja nas próximas histórias também!

As outras duas histórias da revista são histórias curtas, de 30 páginas cada uma e, como sempre, são histórias mais simples ou mais didáticas. “Quim Sushiman” é aquela típica história da “Turma da Mônica Jovem” que fala de uma outra cultura, mas não é chata como aquelas edições sobre intercâmbio na Segunda Série da revista, porque foi uma trama bem colocada dentro do universo e do que conhecemos desses personagens: Quim adora cozinhar, e é namorado de Magali, que adora comer… acho que faz sentido que ele tenha decidido “aprender coisas novas” e se aventurado em um curso de culinária japonesa. Me pergunto, agora, se esse protagonismo oferecido ao Quim nessa história e essa trama com a sua colega de curso é algo que vai ser levado adiante: afinal de contas, grande parte de “Lendas do Recomeço” também foi sobre o namoro de Quim e Magali em crise

Será que há planos de aprofundá-los como casal?

Por fim, temos a fofíssima “Quem é a Macê?”, que é uma das histórias curtas dessa Terceira Série da “Turma da Mônica Jovem” de que mais gostei, talvez porque eu tenha acompanhado tanto a Rayssa Lela nas Olímpiadas do ano passado e me emocionado, então eu achei a história emocionante e a homenagem digna! Vemos Maria Cebola se arriscando em cima de um skate e conseguindo fazer várias manobras interessantes – agora, ela precisa conquistar o apoio dos pais para que ela possa continuar treinando, se arriscando e tendo a oportunidade de se levantar caso ela caia… quando o pai a deixa insegura antes de uma manobra que ele julga perigosa e Macê quase desiste de tudo, ela tem um sonho com uma “fada do skate”, uma “fadinha” (!) que aparece para incentivá-la a confiar em si mesma e continuar tentando. Achei muito fofa a “participação” e muito bacana e importante a mensagem da história!

Agora, vamos ao segundo arco dessa “nova” Turma da Mônica Jovem.

 

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