American Horror Story: NYC 11x02 – Thank You for Your Service

“Something’s coming”

Gostei bastante de “Thank You for Your Service”, e continuo achando que “NYC” pode ser uma temporada bastante interessante de “American Horror Story” (a premissa é muito boa, o mistério é instigante, gosto do clima de suspense que vai crescendo mesclado a uma sensualidade inegável), mas sinto que talvez o episódio não tenha ido muito além daquilo que já tinha sido apresentado e estabelecido na estreia da temporada – o que não é necessariamente ruim, porque é uma temporada completa com tempo para desenvolver seus personagens e suas tramas, e toda a construção da ambientação está bastante convincente… já me envolvi no mistério, já passei a me importar com vários personagens, e já estou curioso para descobrir como as tramas vão se conectar, nos seus dois núcleos razoavelmente independentes até o momento.

No fim do episódio passado, depois de fazer perguntas demais, Gino foi drogado e preso – mas ele parece ser um personagem importante demais para morrer tão cedo. Apesar de ele ser ameaçado e torturado, ele acaba sendo solto de volta no meio da rua por causa de uma tatuagem que ele tem no peito, o que vai aumentando o tom de mistério em torno da trama de “NYC”. Sem saber por que foi solto, Gino está agora mais decidido do que nunca a falar sobre o serial killer que está caçando gays na cidade de Nova York: uma série de crimes para os quais a polícia não quer olhar… e o pior de tudo é que tudo indica que quem quer que esteja por trás dessas mortes sabe que a polícia não se importa. Por isso mesmo, em algum momento do episódio eu cheguei a me perguntar se Patrick não pode estar enganando o espectador também…

Mas veremos.

Gino consegue um aliado interessante: Adam… afinal de contas, os dois são personagens com alvos nas costas. Adam se envolveu com a série de assassinatos desde o desaparecimento de Sully (que, como Gino diz, não vai voltar, porque provavelmente já está morto), e, assim como Gino, quer que alguma coisa seja feita a respeito disso. Adam é um personagem carismático e nos entrega boas cenas, como a cena mais bizarra que “American Horror Story: NYC” entregou até o momento, que é quando Adam é pego pela polícia para uma espécie de “interrogatório” e um cara usando apenas uma jockstrap entra para dar um tapa na sua cara e vai embora… não apenas a polícia não quer fazer nada sobre os assassinatos, parece que ela também não quer ser acusada de não se importar – até agora, no entanto, não tem como dizer que eles se importem.

Em paralelo, continuamos um pouco a trama da Dra. Hannah Wells, agora além do seu trabalho como cientista e sua pesquisa a respeito dos veados que estão contaminados em Fire Island e que precisaram ser abatidos, mas também no seu trabalho como médica, porque existem pacientes chegando com marcas pelo corpo, e a causa delas ainda é desconhecida… talvez o tal vírus sobre o qual se falou no episódio passado já tenha “pulado” para os humanos, como ela temia que acontecesse. De todo modo, agora a Dra. Hannah Wells está oficialmente em Nova York, e ela é convidada para uma “reunião” no Central Park, com um telefonema misterioso que lhe promete respostas… e a informação que ganhamos é que um grupo vulnerável, dos gays, está sendo morta pelo governo dos Estados Unidos – será que ganhamos um plot de teoria da conspiração?

Theo, o fotógrafo que teve grande importância no primeiro episódio, fica bem apagado durante esse segundo episódio, mas aparece brevemente em uma conversa com Adam quando eles se encontram em um bar, e continua achando a dinâmica deles bem bacana – pode ser uma dupla muito interessante de se acompanhar durante “American Horror Story: NYC”. Sam, o namorado de Theo interpretado por Zachary Quinto, por sua vez, está em busca de vítimas, e ainda estamos tentando entender qual é a do personagem: ele pode ser o assassino por trás da caçada, ou ele é apenas alguém com gostos peculiares e talvez doentios e um relacionamento abusivo com os caras com quem se relaciona? De todo modo, o vemos “atrair” um homem do lado de fora de um clube, o Stewart, e depois o prender em uma espécie de jaula (!) no porão de sua casa…

O que me passou uma vibe meio Bloody Face, sabe?

Não sei quem está por trás de tudo, não sei se existe um assassino ou muitos assassinos, se o governo dos Estados Unidos está mesmo por trás disso, se o cara fantasiado com couro, o tal “Big Daddy”, é um ser humano mesmo, um fantasma ou qualquer outra entidade sobrenatural (embora eu goste da ideia de uma temporada que trabalhe o suspense e o terror sem o sobrenatural)… não sei, mas gosto de não saber, porque a temporada continua sendo uma caixinha de surpresas e de possibilidades, e eu espero que tudo isso seja bem explorado. E vamos ver que rumos o roteiro começa a tomar agora que a polícia não vai poder continuar negando que existe um serial killer caçando gays, porque mais um homem é assassinado em um bar, e Patrick é chamado no dia seguinte para ver algo assustador: as mãos das várias vítimas penduradas e expostas.

O assassino quer chamar atenção – quem quer que ele seja.

 

Para mais postagens de American Horror Story, clique aqui.

 

Comentários