The Good Place 3x08 – The Worst Possible Use of Free Will

“You made choices I never saw coming. I call that free will”

QUE EPISODIOZÃO MARAVILHOSO! Muita gente não é a favor do “relacionamento” entre Eleanor e Chidi, e eu tampouco acho que é a coisa que flui com mais naturalidade na série, mas acredito que “The Worst Possible Use of Free Will” foi centrado em muito mais do que a Eleanor querendo saber mais sobre o reboot em que disse “Eu te amo” para o Chidi, como o Michael acabou contanto no fim do episódio passado – não, esse foi um episódio importante que traz mais um pouco de filosofia, e que leva a Eleanor a questionar não apenas ela e a sua capacidade de “amar”, que ela julgava não ter, como também a própria ideia de LIVRE ARBÍTRIO. Aparentemente, Eleanor e os demais são a prova de que o livre arbítrio existe. Além disso, nós tivemos a chance de revisitar o Good Place (bateu uma saudade, não vou negar!), e conhecer a Tahania.

A Tahani centauro.

No “presente” da turma, apenas Eleanor e Michael apareceram porque, depois de saírem da nova casa de Donna Shellstrop no episódio passado, Eleanor quer mais informações sobre o reboot em que ela e Chidi se apaixonaram, e como ela não consegue acreditar que seja capaz de amar (ela acha que a mãe “a estragou para sempre” em relação a isso), ela quer ver com seus próprios olhos – afortunadamente, Janet tinha uma espécie de backup com as memórias a que Eleanor quer ter acesso agora. Para começar, Michael mostra uma breve memória de apenas TRÊS SEGUNDOS, para que o seu cérebro “se acostume”. É um momento breve na vizinhança, e os efeitos colaterais desses 3 segundos são apavorantes, com a Eleanor envelhecida, careca e com os dentes caindo… ainda tem uma fumacinha saindo da sua cabeça e tudo!

Estamos de volta ao Reboot 119, e Michael vai mostrar os “melhores momentos” disso. Meu coração DISPAROU por estar de volta no Good Place – ME BATEU UMA SAUDADE TÃO GRANDE! Vontade de estarmos de volta naquele lugar, acho que eu já cansei da Terra. Ali, na primeira “memória”, Eleanor e Chidi estão no fim de uma aula de literatura, e Eleanor está arrasando como aluna… e não só. Quando Chidi está para espirrar, ela pega um lenço e lhe entrega, e é um movimento tão natural, quase automático. O sorriso deles depois disso! Na segunda memória, as coisas ficam MAIS INTENSAS, e acompanhamos o “PICK A PET DAY”, um dia no “Good Place” em que os moradores escolheriam um bichinho de estimação que se conectaria com a sua alma “para sempre”… só não são dimons porque eles não nasceram com eles.

E dimons não são bichinhos de estimação.

Mas enfim.

Esse é um dos poucos momentos em que vemos outros personagens no episódio, como Jason, que está animado com a ideia de “animais mitológicos”, determinado a escolher um pinguim, porque aparentemente ele não acha que pinguins sejam reais. Mas quem se supera é a Tahani, que escolhe um CENTAURO ESPELHO. Basicamente, é uma versão sua em centauro, a Tahania. Linda e maravilhosa, naturalmente, ela também é maldosa e divertida, e seria mesmo a forma perfeita de torturar a Tahani. Minhas cenas favoritas da Tahania são quando ela comenta a roupa de Tahani, com a Tahani reclamando que ela é muito “julgadora” – impressionante como as duas são parecidas, não? –, e a Eleanor perguntando se “pode montar nela”. MUITO BOM! Eleanor, por sua vez, escolhe um LAGARTO, e Chidi tem dificuldade para escolher entre dois filhotes de cachorro, e acaba perdendo os dois, ficando entre uma cobra, uma coruja e uma “lula-tarântula”.

Eleanor estava louca para que ele escolhesse a “lula-tarântula”.

Chidi SOFREU com aquela “coruja de estimação” e as bicadas que o machucaram, e a Eleanor É UMA FOFA com ele, não apenas cuidando de seus machucados, mas também se voluntariando para conversar com o Michael e conseguir que ele troque a coruja malvada por um cachorrinho fofo – ela diz que é o mínimo que ela pode fazer por ele depois de tudo o que ele fez por ela. E O CLIMA ROLA! Depois disso, o Michael cancela as memórias, diz que “já dá para entender, que ambos fizeram coisas legais um pelo outro e “blá blá blá”, mas Eleanor não desiste. ELA QUER ASSISTIR. Naquela noite, durante uma festa em que Michael e Janet fariam as pessoas trocarem de lugar com seus bichos de estimação, Eleanor perdeu o seu lagarto – mas, naturalmente, ninguém podia saber disso, porque era pra ele ter “se conectado com a sua alma”, e se soubessem que ele fugira, saberiam que ela não era a Verdadeira Eleanor.

TÃO DE VOLTA À PRIMEIRA TEMPORADA! <3

Se Eleanor fora fofa com ele antes, Chidi é fofo ao deixar a festa e a oportunidade de voar como uma coruja para trás, tudo para que possa ajudar Eleanor e estar ao seu lado. E quando Eleanor diz que ele é “maravilhoso”, ela o beija, e então o relacionamento deles começa… estudando filosofia juntos, comendo pipoca, fugindo para o Medium Place quando começam a desconfiar de Michael – e foi ali, na casa da Mindy, que eles disseram “Eu te amo” um para o outro. “That’s the story. You’re capable of human love. Congrats. Can we go now?” No entanto, Eleanor ainda não está satisfeita. Ela quer saber como essa história TERMINOU, e então vemos uma cena de Chidi e Eleanor na sala de Michael, fofos dizendo que “o amor é mais forte que tudo” e que, independente do que aconteça, “eles vão se encontrar e se ajudar, porque são almas gêmeas”, enquanto o Michael maldoso da época ri deles.

Era isso que Michael não queria que Eleanor visse… porque ele mudou.

Eleanor, no entanto, diz que não está brava com ele, mas está visivelmente triste – na sua cabeça, de acordo com o que Michael disse naquela época, do Reboot 119, ela não tinha controle sobre nada do que estava acontecendo. Ela não tinha realmente se apaixonado por Chidi, tudo isso foi apenas montado para que ela acreditasse e agisse dessa maneira. Mas o fato de Eleanor e Chidi se apaixonarem NUNCA FOI PLANEJADO POR MICHAEL – EM NENHUMA VERSÃO. Michael tenta explicar isso a ela, mas Eleanor está decidida a não acreditar mais na existência do livre arbítrio. Eleanor está agindo como uma criança birrenta e teimosa, incapaz de escutar o Michael por mais que ele fale… então, como falar não adianta, Michael resolve continuar lhe mostrando memórias… coisas que lhe provem que O LIVRE ARBÍTRIO EXISTE SIM! E adoro a sua escolhe de por onde começar…

Michael lhe mostra uma ocasião em que ela agiu completamente fora do que ele esperava, que foi lá no Reboot 1, quando ela assumiu que “o problema na vizinhança era ela”, na primeira temporada. Essa foi uma atitude que ela tomou sozinha: livre arbítrio. Mesmo assim, ela continua em negação. Assim, Michael a leva até o Reboot 444, por engano, uma em que o Chidi supostamente estava preso em uma bolha roxa espacial (?), e depois ao Reboot 445, em que, frustrado, Michael fala com Eleanor e reclama que devia saber de tudo a seu respeito, mas está deixando passar algo. Então, ele explica: “I tried to script your whole afterlife. And I devised a 15 million-point plan to torture you. You made choices I never saw coming. I call that free will”. Ainda em negação, Eleanor coloca na mesa UMA DAS MAIORES TEORIAS DA SEGUNDA TEMPORADA: e se isso tudo for o inferno pessoal do Michael.

ADORO COMO A SÉRIE BRINCA COM NOSSAS TEORIAS!

Na segunda temporada, parecia bem possível que esse fosse o caso… atualmente, não mais. Por isso, enquanto Eleanor fala sem parar, Michael pega o chá gelado que pediu e JOGA NA CABEÇA DELA! E que cena! Amo como ele diz que “ela está sendo irritante”, e como isso é apenas um mecanismo de defesa – ela está assustada por ter se sentido tão vulnerável no Reboot 119, e agora está usando a filosofia como uma maneira de evitar pensar sobre o assunto, mas a verdade é que ela estava errada: ELA É CAPAZ DE AMAR, SIM! Então, eventualmente, ela acaba aceitando isso, e é muito fofo. “I’m sorry. You were right”, ela diz ao Michael. Enquanto isso, VICKY É TRAZIDA DE VOLTA POR SHAWN! Os demônios conseguiram abrir uma “porta ilegal para a Terra”, e eu realmente não sei que confusões eles planejam arrumar na vida desses personagens.

Mas estou curioso.

E ainda confiante.

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