Sítio do Picapau Amarelo (2002) – Os XII Trabalhos de Hércules, Parte I



Começam os Trabalhos…
E chegamos a “Os XII Trabalhos de Hércules”, a maior de todas as histórias na primeira temporada do “Sítio do Picapau Amarelo”, que foi ao ar entre os dias 25 de Março e 19 de Abril de 2002, em um total de 20 capítulos – como, no entanto, a maior parte das histórias nessa temporada tinham apenas 5 episódios e fechavam a cada semana, “Os XII Trabalhos de Hércules” está dividido em partes, de alguma maneira, e termina as sextas-feiras bem fechadas, antes de recomeçar a aventura na próxima segunda. Assim, a Parte I da aventura conta com Pedrinho, Emília e Visconde na Grécia Mitológica para auxiliar Hércules nos seus quatro primeiros trabalhos: o Leão da Nemeia, a Hidra de Lerna, a Corça dos Pés de Bronze e o Javali de Erimanto… e o grande herói grego não teria conseguido passar as provações de Hera sem a ajuda do pessoal do Sítio!
A história começa ainda no Sítio do Picapau Amarelo, com as crianças brincando de heróis gregos e, como elas mesmas dizem, “com fome de aventura”. Quando Visconde tenta esclarecer que se Emília e Narizinho são Hera e Atena, respectivamente, Pedrinho devia se chamar “Héracles”, porque só foi nomeado “Hércules” na Mitologia Romana, mas Emília o interrompe e o expulsa da brincadeira porque, segundo ela, “ele só sabe saber e não sabe brincar”. Depois dessa brincadeira gostosa, eles pedem que Dona Benta conte a HISTÓRIA DE HÉRCULES, e ela começa, explicando o porquê de Hera odiá-lo tanto e como tentou matá-lo quando ele ainda era criança, com duas serpentes venenosas que ele vence, mesmo que ainda seja um bebê! A história é trágica, com Hércules ficando louco e matando toda a sua família, depois se enchendo de culpa e tristeza pelo que fez.
Então vem a penitência: OS DOZE TRABALHOS DE HÉRCULES. São, supostamente, “tarefas impossíveis de serem realizadas”, e Dona Benta para de contar pelo primeiro dia por aí, mas sabe bem o que está para acontecer: “Se é que eu conheço o Pedrinho, assim que ele acordar vai querer fazer uma viagem à Grécia Mitológica”. Também Visconde de Sabugosa conhece bem o garoto, e já produz pó de pirlimpimpim o suficiente para a viagem… e não dá outra: Pedrinho acorda com essa ideia! Narizinho, por sua vez, se recusa a ir, para ficar cuidando da avó depois de vê-la passar mal durante a noite, mas ela diz para as crianças que é por outro motivo, para não preocupá-los nem estragar sua viagem. Emília fica inconformada: “O quê? Você vai deixar de ir à Grécia Mitológica por causa do seu travesseiro e do Rabicó? Na próxima encarnação, eu vou ser boneca do Pedrinho!”
<3
Quando as crianças chegam à Grécia, e reencontram Heleno (sério, a cronologia está errada, porque Heleno ainda não devia conhecê-los, se eles voltaram para antes do início dos trabalhos, tempo anterior a quando estiveram lá para salvar a Tia Nastácia do Minotauro, mas tudo bem!), Hércules está no Oráculo de Delfos conversando com Pítia, que o manda ao Palácio para falar com o Rei Euristeu e conhecer a sua penitência por ter enlouquecido e matado toda a sua família: assim, ele é incumbido de seu primeiro trabalho: O LEÃO DA NEMEIA. Ele precisa matá-lo e levar ao rei a pele como prova, enquanto Hera, brilhantemente interpretada por Lília Cabral, se ri de sua vingança maligna, achando que Hércules não pode sobreviver a isso… mas a verdade é que ele pede a proteção dos deuses e segue em frente, com toda a coragem que lhe é possível.
O ataque do Leão da Nemeia é assistido por Pedrinho, Visconde e Emília de cima de uma árvore, enquanto Hércules, interpretado por Rodrigo Faro (que estava lindinho demais, diga-se de passagem!), luta contra ele sem sucesso, até que as crianças gritem uma série de conselhos (“Uma voz! Só pode ser a deusa Palas Atena me ajudando!”), e Emília é quem tem a ideia de sufocar o Leão, uma vez que as flechas e a clava são inúteis. Assim, Hércules estrangula e sufoca o Leão da Nemeia, e O PRIMEIRO TRABALHO É CUMPRIDO, para o desespero de Hera: “Raios! Trovões! Hércules foi ajudado por um menino?! Por uma boneca?! E por um… o que era aquilo?! Uma coisa de cartola!” Mas Hera não vai deixar Hércules em paz, mesmo com Atena tentando lhe convencê-la disso, e já planeja o próximo trabalho, e incumbe o Rei Euristeu de passar uma tarefa muito mais difícil dessa vez.
As crianças se apresentam a Hércules, e cada um ganha uma função no grupo: Visconde de Sabugosa é o “fiel escudeiro científico”; Emília é a “dadeira de ideias”; e Pedrinho é o “oficial de gabinete”. O Hércules? O “muque da turma”. Com Hércules aceitando sua ajuda e companhia, eles partem para a casa de Heleno onde planejam secar a pele do Leão da Nemeia antes de levá-la até o Rei Euristeu, e pedem comida e pouso… Hércules, por sua vez, come três carneiros, para o desespero de Heleno, que teme o que os seus patrões dirão disso… ao menos o Pedrinho “paga” pelo jantar do herói com um canivete. Quando Hércules e os demais vão até o Palácio de Euristeu, ele exige a pele do Leão, o que deixa a Emília um pouco furiosa e, claro, topetuda: “Agora não dá, o senhor é surdo? A pela está curtindo na Nemeia! Não dá pra entender isso, não?”
A pele só é trazida mais tarde, pelo Visconde, com ajuda do Faz-de-Conta e do pirlimpimpim!
Enquanto isso, no Sítio, Narizinho sai para passear e acaba encontrando uma índia chamada Maíra, em uma mistura de “Tainá” com “A Menina da Selva”, da temporada de 2004. A menina está fugindo de sua aldeia, e Narizinho a convida para ir com ela ao Sítio, e elas ganham uma carona no rodamoinho do Saci para chegar lá! Enquanto Maíra não come nada do que Tia Nastácia e Dona Benta oferecem, e Rabicó apresenta ciúmes de Narizinho brincando sem parar com Maíra, o pai da garota se preocupa com a sua ausência e começa a buscá-la… para ele, a “Família do Picapau” pegou Maíra, portanto eles decidem que só podem fazer uma coisa: INVADIR O SÍTIO DO PICAPAU AMARELO! Quando eles “invadem”, mas Dona Benta controla tudo com sua “diplomacia” (como diz o Visconde), eles descobrem o motivo de Maíra ter escapado: ela não quer ir pra escola de criança branca como o pai quer!
Os seus motivos são muito claros: ela teme que vá ter que deixar a aldeia se for para a escola na cidade, por isso Narizinho retorna ao Sítio com um recado para o pai de Maíra, dizendo que ela retornará para a aldeia apenas sob a condição de não ser obrigada a ir para a escola. Ele se recusa a aceitar a condição, porque acha que é importante para toda a aldeia que ela vá, e é Dona Benta quem, em toda a sua sabedoria, consegue resolver esse impasse todo: ela vai conversar com Maíra sobre a escola, e quando a menina continua irredutível, ela sugere algo muito bacana: que ela não precise sair da aldeia para ir para a escola, e que a “escola” vá até eles lá mesmo! Então, enfim, a ideia lhe parece muito boa, e a Dona Benta até consegue uma professora que pode ir até a aldeia ser a professora não apenas de Maíra, mas de todas as crianças!
De volta à Grécia Mitológica…
Cumprido o primeiro trabalho, o Rei Euristeu passa o segundo a Hércules: A HIDRA DE LERNA. É perverso, porque trata-se de um bicho de 9 cabeças, e uma delas é imortal. Enquanto Hércules se preocupa, pois não tem um plano definido para lutar contra a Hidra, Atena se pergunta como pode ajudá-lo… uma vez em Lerna, Pedrinho e Emília se escondem atrás de uma pedra enquanto o Hércules luta e eles assistem… toda vez que Hércules corta uma cabeça, no entanto, duas nascem no lugar, e então eles sugerem que ele queime as cabeças! “Isso aí, Hércules! Vamos fazer churrasquinho de Hidra e levar pro Rei Euristeu!”, Emília exclama, e o plano até que é muito bom para oito das nove cabeças, mas não para a cabeça imortal, que não queima. Assistindo a isso, Hera ri vitoriosa, mas Hércules tem um plano: enterrar a cabeça imortal e cobrir o buraco com uma pedra.
Assim, a Hidra de Lerna foi derrotada.
Essa tarefa, no entanto, tem um truque a mais: embora Hércules tenha sido bem-sucedido em matar a Hidra de Lerna, ele acabou sendo picado e envenenado, e cai, desacordado e fraco. Teria morrido, se não fosse por Pedrinho lembrar-se de quando estiveram no Olimpo para salvar a Tia Nastácia do Minotauro (!) e escutaram Zeus mandar Hermes avisar a Pítia qual era a planta que servia de antídoto para o veneno da Hidra. Assim, eles só precisam ir ao Oráculo de Delfos com o pó de pirlimpimpim e Hércules está a salvo e pronto para a terceira tarefa: capturar A CORÇA DOS PÉS DE BRONZE. A grande sacada dessa prova é que 1) a Corça é protegida da deusa Ártemis; e 2) a Corça é muito rápida e nunca se cansa, então a força bruta de Hércules não vai ser útil, ele precisa ser ágil e inteligente, coisa que ele não é muito, como as crianças já notaram.
Mas é por isso que as crianças estão ali!
Essa prova passa depressa, e Pedrinho pensa em fazer uma rede para capturá-la em sua “toca”, ou seja, no Templo de Ártemis, no Monte Cirineu. Emília fica encantada com a sua beleza e diz que os seus “sapatinhos” são mais bonitos que os da Cinderela, que ela descreve para o Hércules como “a deusa dos sapatinhos de cristal”. Mais um trabalho vencido, Hera furiosa com “a feiticeirinha de pano” e os “mortais do futuro”, eles constroem, com o Faz-de-Conta, um templo, um SUPER TEMPLO, e como todo templo na Grécia precisa ser dedicado a alguém, e os deuses já têm muitos templos, eles o dedicam a Dona Benta, o que eu achei uma coisa bastante fofa… também foi fofa a maneira como Hércules olhou para eles sendo crianças, e disse que “o Faz-de-Conta é a melhor coisa do mundo”, porque é verdade, não é? Não apenas no “Sítio do Picapau Amarelo”.
O quarto trabalho de Hércules é O JAVALI DE ERIMANTO, também uma prova razoavelmente simples que acaba depressa. Felizmente, Emília é astuta e percebe que Hércules não poderá provar que se trata, de fato, do Javali de Erimanto se o matar e só levar a pele ao Rei Euristeu ou algo assim, por isso Pedrinho tem a ideia de uma armadilha que vai capturar o animal para que possam levá-lo vivo até o Rei e, assim, mais uma tarefa é cumprida! Por fim, então, vemos Narizinho e Dona Benta falar da falta que sentem dos outros, e Pedrinho e os demais falando de como sente falta de tudo, mas especialmente de Narizinho… foi FOFO, bem como foi fofo ele deixar uma cartinha à prima e um punhado de pó de pirlimpimpim, “para o caso de ela querer se juntar a eles”. Assim, ao fim da Parte I, Narizinho chega à Grécia Mitológica para se juntar à aventura…
E COM BOLINHOS DA TIA NASTÁCIA! <3

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