Le Chalet 1x02



“Se continuar se comportando como animais, eu os tratarei como tal!”
O suspense AUMENTA e as primeiras coisas terríveis começam a acontecer em “Le Chalet”, agora que aquelas 13 pessoas foram isoladas no “pacífico” vilarejo. No fim do episódio anterior, logo que atravessaram a ponte, uma imensa pedra caiu sobre ela, quebrando a única conexão que eles tinham com o resto do mundo. Segundo Sébastien, eles são “os donos do mundo”, por terem milagrosamente sobrevivido a isso, e até tira selfie com a ponte destruída, mas a situação cada vez parece mais com sabotagem do que com desastre natural. Afinal de contas, além de estarem isolados do restante do mundo, todos os celulares estão sem sinal, os telefones fixos não funcionam e, aparentemente, nem mesmo a internet! E além de todo esse mistério, eles precisam lidar com o fato de estarem todos reunidos ali, compartilhando mais do que imaginam.
E essa é a melhor parte de “Le Chalet”.
Porque os personagens SÃO MUITO BEM DESENVOLVIDOS. Ainda não sabemos muita coisa sobre cada um deles, e sinto que Adèle esconde algum tipo de segredo macabro, uma vez que parece tão incomodada com a presença de Alice, parece detestar o chalé, vê sangue onde não tem, e misteriosamente se esconde assustada naquela cena do meio do episódio. Mesmo assim, a trama está evoluindo, e é muito bacana ver a narrativa dos 20 anos no passado se desenvolvendo em paralelo, revelando coisas que nos fazem conhecer melhor as pessoas do presente, como o (cada vez mais) desprezível Sébastien – e eu ainda estou muito incomodado com essa ausência de Julien no presente! Será que aconteceu alguma coisa com ele? Tudo se enche de tensão naquela noite, sem vestido de casamento, sem ponte, sem tratamento caso algum deles fique doente…
E um casal está com problemas.
Adèle não está muito contente com a relação de seu noivo, Manu, com Alice, isso parece evidente. Além do mais, o Sébastien parece totalmente nojento, criança e adulto. No presente, ele fala mal de Fabio, o atual namorado de Alice, e continua acreditando, na mente doentia dele, que existiu algo entre ele e Alice. No seu depoimento, um pouquinho mais no futuro, a mulher lhe pergunta sobre “o que aconteceu em 2007”, citando o nome de Sandrine Lefur, uma mulher que o acusou de assédio sexual (história que ele desmente, claro), e que depois desapareceu. No entanto, embora eu ODEIA o Sébastien e cada uma de suas atitudes, eu ainda não acho que ele vá ser culpado de nada do que está acontecendo no presente, depois da queda da ponte… seria óbvio demais. Ele é um babaca abusivo, mas ele não é quem está mexendo os pauzinhos por trás disso tudo.
Uma cena que chama a atenção é a dos casais transando na manhã seguinte. Aqui, Alice e Fabio compartilham uma cena que é absolutamente sexy, mas ao mesmo tempo romântica. Ela o provoca, mas os sorrisos dele e o amor tão puro que ele parece sentir por ela fazem com que tudo fique fofo. Em paralelo, acompanhamos a cena de Sébastien com sua namorada, e bem… não há amor ou romance nenhum. Apenas sexo selvagem, quase violento, mas, mais do que isso… frio. Quer dizer, às vezes estamos in para um sexo mais “selvagem”, mas no caso deles só foi apático mesmo. Embora a mulher pareça ter gostado, pelo seu comentário na cozinha depois, sobre como “ela nunca o sentiu tão grande” ou qualquer coisa assim. Mas sei lá, me parece uma representação perfeita de como Sébastien não mudou, independente do que ele queira dizer a Alice.
“Le Chalet” traz um dos momentos mais enigmáticos, com uma trilha sonora curiosa e um suspense angustiante, tudo através de uma mensagem de celular. Supostamente, não tem rede de internet no vilarejo, mas alguém usa o celular de Adèle, liga o wi-fi e manda uma mensagem à mãe dizendo que “o casamento foi adiado por 10 dias”. Depois, essa pessoa apaga a mensagem, para não deixar rastros de que ela um dia existiu, e desliga novamente o wi-fi que, até onde sabíamos, não era para estar funcionando. Não vemos quem era a pessoa por trás das misteriosas mãos, tampouco podemos entender o porquê de essa pessoa ter gravado isso tudo, mas é assim que começa para valer o MISTÉRIO, e eu cheguei a “Le Chalet”, em primeiro lugar, por causa de todo esse mistério… a série está caminhando muito bem em toda sua construção meticulosa.
Na narrativa dos 20 anos no passado, temos a cena MAIS REVOLTANTE até aqui. Alice e Julien saem juntos para um piquenique, e ele lhe dá de presente um apito que ele mesmo fez, e eu fiquei com pena de como ele disse que “queria ficar ali para sempre”, mas seu pai é imprevisível, e eles se mudaram três vezes em dois anos… então, Sébastien vêm atormentar ao vê-los juntos e felizes, e eles passam de todo limite. Na próxima vez que os vemos, Alice está se soltando de uma árvore à qual foi amarrada e, ao procurar Julien, o encontra amarrado (mãos e pés) e totalmente nu, com as roupas rasgadas… é uma humilhação sem tamanho. Sofri demais ao vê-lo chorar enquanto pedia para Alice não olhar para ele, e pedia para ela ir embora. Sério, aqueles DESGRAÇADOS! Se isso tudo, no presente, for o Julien se vingando desses babacas, só tenho uma coisa a dizer:
ESTOU DO LADO DELE!
E devo dizer que eu ODEIO, também, o Jean-Louis, mas tenho que dar um pequeno pontinho para ele por ter ido até a mãe de Sébastien falar sobre o que aconteceu, embora isso não dê em nada – com um pai babaca como o pai dele, não é possível! Ele diz que “brigas entre meninos é normal”, e que ali “eles não mimam os filhos, eles aprendem a se virar”. Jean-Louis pergunta se é isso o que ensinam para seus filhos, violência e covardia, e termina com o poderoso “Eu os avisei. Se continuar se comportando como animais, eu os tratarei como tal!”, e naquele momento eu realmente fiquei com uma raiva tremenda pela maneira desprezível como ele trata a esposa, porque ele quase podia ser uma boa pessoa. Mas, como que para nos lembrarmos que não, ele chega em casa tarde, trata a esposa mal, e depois segue a traindo com Muriel.
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Por fim, CONHECEMOS MANU! Quer dizer, conhecemos o (gato) Manu no presente, mas ainda não o tínhamos visto no passado, embora fosse um grande amigo de Alice. Agora, quando Julien está preparando uma armadilha (!) para pegar os garotos se vierem atormentá-lo de novo, Alice chega acompanhada de Manu, e felizmente parece que eles se deram muito bem. Ele chegou a dizer que gostou do Manu, mas não teve tempo de pensar muito nisso ao ver o pai com Muriel, e eu só imagino o quão doloroso deve ter sido para ele ver o pai traindo a mãe assim tão descaradamente. Quanto ele sofre tendo isso em mente e guardando para si mesmo? O problema é que, com um pai como ele tem, Julien não tem nem muitas chances de contar para alguém, porque isso só significaria ainda mais problema para ele, e ele já tem o suficiente com os garotos idiotas.
Devo ressaltar a força da ARMADILHA nesse episódio. Temos Julien armando algo contra os garotos, temos também o Julien vendo o coelho morto por uma no passado. No presente, um grupo de aventureiros está saindo para tentar reestabelecer a comunicação, e Laurent acaba pego em uma armadilha de urso! A cena é de pura agonia, que nervoso ver aquele pé sangrando, ver o homem desmaiando, os gritos dele e dos demais… e agora, escrevendo essas palavras, eu começo a pensar em uma variedade de possibilidades para “Le Chalet”, e tudo está ficando muito mais interessante. de todo modo, Manu e Alice seguem sozinhos enquanto os outros cuidam de Laurent, e descobrem que o sistema de comunicação foi deliberadamente danificado por alguém que não quer que eles tenham contato com o mundo de fora… bem, é como dizem: O JOGO COMEÇOU.
“Estou com medo, Manu!”

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