Star Trek: Discovery 2x07 – Light and Shadows



“Personal log, Commander Michael Burnham. My mother taught me the greatest mysteries come in threes. Birth, life, death. The past, the present and future. That's where the Red Angel is from. We now have confirmation, thanks to Mr. Saru. The angel is humanoid and wearing an exosuit made of future technology we've never seen. But whose future? And why? The only person who may be able to answer these questions is the one person nobody can find”

TALVEZ NÃO CONHECÍAMOS DE FATO A NATUREZA DO ANJO VERMELHO. A trama da segunda temporada de “Star Trek: Discovery” está crescendo de forma satisfatória e, agora, recebemos mais um visitante do futuro, com intenções muito menos “bondosas” do que aquelas que o Anjo Vermelho supostamente demonstrou até o momento… o episódio, interessantíssimo, enfim nos apresenta o Spock jovem interpretado por Ethan Peck, em uma trama que nos leva por uma série de caminhos distintos – que em algum momento devem culminar em uma única história. Uma sonda retornada de aproximadamente 500 anos no futuro, agora com modificações e intenções duvidosas, enquanto a USS Discovery se aproxima de uma fenda temporal (!), e Michael Burnham conseguindo autorização para descer a Vulcano, em busca de seu irmão, Spock.
Logo que Michael deixa a USS Discovery até Vulcano, a nave encontra uma FENDA NO ESPAÇO-TEMPO (bem “Doctor Who”), e eu adorei como a temática foi apresentada, com as coisas acontecendo simultaneamente no “agora” e se repetindo do que aconteceu poucos segundos antes, como se dois tempos estivessem se sobrepondo. As distorções temporais se intensificam à medida que eles se aproximam da fenda, e elas dificultam a comunicação entre o Capitão Pike, ao lado de Ash Tyler em uma nave menor para investigar a fenda, e a USS Discovery, sob o comando agora de Saru. Existe muita tensão entre Pike e Ash, e é alarmante como o Capitão Pike, enquanto os tempos se sobrepõem e eles vivem presente, passado e futuro simultaneamente (!), o vê apontando uma arma para Ash e atirando nele – o que o levará a isso?
Quando a USS Discovery perde o contato com a cápsula de Pike e Ash, Saru muda a missão de “pesquisa” para “resgate”, mas é extremamente difícil conseguir resgatá-los sendo que eles podem estar em qualquer tempo. Ali, próximo à fenda, o tempo não se move necessariamente de forma linear, e encontrar a cápsula de Pike e Ash Tyler é complicado, quase impossível – a não ser que eles tenham uma pessoa que seja imune aos efeitos das distorções temporais e, felizmente, eles a têm: Stamets. E Stamets precisa correr, porque enquanto Pike e Ash viajam pelo tempo, vivendo todos os momentos simultaneamente, uma sonda de 500 anos no futuro aparece para atacá-los, e é nesse momento que tentáculos mecânicos prendem Ash e o Capitão Pike atira para salvá-lo – o que ele vira lá no início do episódio não era, afinal, uma briga entre eles.
Pelo contrário… a missão faz com que um respeite mais o outro.
Ao que tudo indica.
Toda a trama na USS Discovery faz com que Stamets saia em auxílio ao Capitão Pike e a Ash Tyler de uma forma que talvez seja um pouco mais simples do que eu esperava – pois eu não esperava que ele pudesse simplesmente se teleportar para lá, como fez. De todo modo, ele precisa dar um jeito de salvar a cápsula com seus tripulantes, enquanto também impede a sonda de 500 anos de roubar informações da USS Discovery – no fim, eles conseguem se salvar nos últimos segundos que lhes restam, enquanto a cápsula é explodida, mas o que quer que tenha acontecido, ainda não chegou ao fim. Três pontos vermelhos modificaram Airiam de algum modo, e isso deve ser grande parte dos próximos episódios… e, devido a esse “ataque do futuro”, a USS Discovery agora oficialmente se pergunta se eles deviam mesmo ter presumido que o Anjo Vermelho era “bom”.
E se suas intenções também forem hostis?
Enquanto isso, acompanhamos Michael Burnham descendo a Vulcano, e eu ADORO como “Star Trek: Discovery” explora esses cenários. A chegada de Michael ao planeta é lindíssima, em questões visuais, e eu adoro o cenário da casa onde ela cresceu com Spock, que tem direito até a um tabuleiro de Xadrez 3D, uma clara referência à primeira série de “Star Trek”. Ela está de volta à casa de Amanda e Sarek, repleta de memórias e momentos pelos quais passou ao lado de Spock, memórias como o pequeno Spock reconhecendo que, para ele, emoções o confundiam, e as mãos dos irmãos juntas, no sinal Vulcano. É LINDO. Então, sem muito mistério, Michael percebe que Amanda sabe onde Spock está, mas não quer contar isso a Michael, porque foi a ELA que ele veio em busca de ajuda, mas Michael a convence: ela também quer ajudar o irmão.
“Spock is not how you remember him”
ME ARREPIOU VER A ESTREIA DE SPOCK! Esperamos tanto por isso. Spock está em uma espécie de caverna, um pouco fora de si, balbuciando sem parar, de uma forma que parece quase desconectada do restante do mundo. Ele repete doutrinas da lógica ininterruptamente, e fala um número que ainda não sabem o que significa: 841947. Amanda se recusa a levá-lo para um hospital, especialmente porque ele não é inteiramente Vulcano, e porque ele apenas não enlouqueceu de forma definitiva com as emoções conflitantes dentro dele porque ele é parte humano também. No fim, Amanda aceita ajuda, mas a cena dela com Sarek, sobre como “ele nunca realmente respeitou a humanidade” foi fortíssima, embora cordial, no qual ela fala sobre como Spock tinha dificuldades humanas e não havia ninguém ali em Vulcano que pudesse ajudá-lo com isso.
Fiquei muito emocionado com o momento de Spock recitando “Alice no País das Maravilhas”, que a mãe lia para ele quando ele era pequeno, antes da chegada de Michael, e então Spock é transferido para a Seção 31: justamente as pessoas de quem Michael estava tentando salvá-lo. Mas ela não deixa que ele vá sozinho até lá, e quando percebe que realmente pode haver algum plano que prejudique seu irmão, ele aceita a improvável ajuda de Philippa Georgiou para escapar – porque Michael se importa demais com o irmão, e as cenas deixaram isso muito claro. Adorei aquele momento em que, chorando, ela o abraça carinhosamente, esperando que ele possa se recuperar. Michael é a única que se dá conta de que os números que Spock fala estão, na verdade, ao contrário: 749148. Como se estivessem em um espelho? Como em “Alice”?
De todo modo, isso lhe dá uma coordenada… e eles estão rumo a Talos IV.
“Where are you taking us, Spock?”


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