Capitã Marvel (Captain Marvel, 2019)



Louco pra vê-la contra o Thanos!
UM VERDADEIRO MARCO PARA A HISTÓRIA DA MARVEL! Carol Danvers apareceu pela primeira vez nos quadrinhos em 1968, assumindo o nome de “Miss Marvel” apenas em 1977, e agora ela se torna a primeira protagonista mulher de um filme da Marvel, e é evidentemente uma das heroínas mais poderosas do Universo – ansiosos para vê-la se juntar aos Vingadores restantes contra Thanos! Pensar que o Universo Cinematográfico da Marvel se iniciou em 2008, cresceu de forma estrondosa, e apenas 11 anos e 21 filmes depois, é que temos um filme protagonizado por uma mulher é um tanto quanto absurdo… mas é uma nova fase para os heróis no cinema, e esse número tende a crescer! “Capitã Marvel” estreia batendo recordes, conseguindo quase meio bilhão de bilheteria no primeiro fim de semana, sendo a segunda melhor estreia da história da Marvel.
E tinha gente duvidando…
O filme é SENSACIONAL. Ele tem espírito, tem força, e eu quero muito ver como que Carol Danvers se desenvolverá dentro do Universo. Apesar de ter uma série de referências bacanas, como o co-protagonismo de Fury, as aparições de Coulson, o Tesseract, o filme é razoavelmente independente dos demais, com Brie Larson podendo brilhar em seu papel – em termos inovativos, o comparo ao primeiro “Guardiões da Galáxia”, que sabemos que comparte com os demais o mesmo universo, mas que se passa em outro planeta, com tecnologias extremamente avançadas e, quando vem à Terra, se parece mais com o primeiro “Capitão América”, por não se passar nos dias atuais. Assim, todo o caminho é cuidadosamente construído para que ela se uma, futuramente, aos Vingadores, o que acontece em uma interessante e curta cena pós-créditos.
“Capitã Marvel” começa confuso, confesso – mas você entende tanto a história quanto a proposta da confusão eventualmente. Vers, como é chamada no início da trama, é uma mulher que mora em Hala junto ao povo Kree há 6 anos, e não tem nenhuma memória de sua vida anterior a isso… então, o filme se inicia apresentando um treinamento de Vers com Yon-Rogg, um encontro dela com a “Inteligência Suprema”, que se apresenta para ela na forma da pessoa que “ela mais admira”, mas é um rosto que, sem as memórias, não significa nada para ela, e então Vers participa de uma missão contra os Skrulls, seres verdes que podem copiar qualquer forma de vida – e nós já sabemos que isso tende a ser uma confusão. Durante a missão, Vers acaba sendo pega pelos Skrulls, que a prendem a uma máquina enquanto examinam a sua mente.
E aqui é o pouco que temos a respeito de sua história. Vemos flashes de uma vida que não se parece em nada com a vida que Vers leva em Hala – acontece que o povo Kree é extremamente avançado tecnologicamente, e os cenários que conhecemos em suas memórias parecem cenários terrestres, em um tempo remoto. Quando Vers consegue escapar, lutando lindamente contra seus captores, ela escapa e cai na Terra – ou, como eles dizem, C-53. E é só aí que o filme nos mostra que, diferente da maioria dos filmes do Universo Cinematográfico da Marvel, esse não se passa nos “dias atuais”. E, para reforçar essa ideia, Vers cai justamente dentro de uma Blockbuster, lidando com filmes para alugar, um segurança medroso e um telefone antigo… eu adoro ver Vers passear pelos anos 1990, com direito a algumas referências legais.
Mas o melhor é a trilha sonora!
Uma vez na Terra, chamando a atenção desde sua chegada, Vers não demora para ser encontrada pela S.H.I.E.L.D. – Nick Fury e Phil Coulson ou, mais especificamente, Fury e um Skrull se passando por Coulson. Fury, inicialmente, não confia em Vers, embora faça seu jogo, mas quando eles são atacados por Skrulls, ele enfim percebe que faz mais sentido acreditar nela! E ela descobre, através de alguns arquivos, o nome da mulher cuja imagem é a “Inteligência Suprema” para ela, a dra. Wendy Lawson, e ela descobre que ela mesma é humana, e presumivelmente morreu em 1989, em um acidente de avião quando ela e a Dra. Lawson testavam um novo motor. Não é toda a informação que Vers poderia querer, ainda, então ela vai em busca de Maria Rambeau, uma mulher que costumava ser sua amiga, e talvez possa esclarecer mais as coisas.
Na casa de Maria, Vers descobre que seu verdadeiro nome é CAROL DANVERS, mas ela não consegue se lembrar de nada que aconteceu antes de ela se juntar aos Kree – pelo menos até que um áudio da caixa preta do avião a ajude recordar… por sinal, eu ADOREI a cena dos personagens esperando carregar o arquivo! Então, as memórias de Carol Danvers retornam durante o áudio, e temos uma cena que não é tão surpreendente, mas que muda as coisas drasticamente para a protagonista, porque tudo aquilo no que acreditou nos últimos 6 anos é uma mentira! Lawson carregava um motor de energia extremamente perigosa se caísse em mãos erradas, e quando o avião das duas cai na praia, Carol vê que o sangue de Lawson é azul. E ela pede que Carol destrua o motor antes de deixar que caia nas mãos de Yon-Rogg. E é o que ela faz.
Mas, ao atirar no motor, Carol Danvers acaba absorvendo toda a energia do motor, e é isso o que a transforma na CAPITÃ MARVEL, embora ela ainda não use esse nome ao longo do filme. Extremamente poderosa, com energia fluindo por todo o corpo e sem qualquer memória, Carol se torna apenas “Vers”, enquanto é levada por Yon-Rogg até Hala, para viver entre os Krees e ser treinada por eles… afinal de contas, toda a energia que eles esperam conseguir para viajar na velocidade da luz e, mais rapidamente, dominar todo o universo está agora dentro dessa humana. É angustiante para ela pensar que Yon-Rogg, que ela considerava seu amigo, tinha sido o grande vilão o tempo todo, e agora ela precisa lutar contra os Kree e ajudar a salvar os Skrulls, que não passam de refugiados depois que seu planeta natal foi completamente destruído.
Adoro essa inversão, esse plot twist.
Também ADORO quando Carol assume TODOS OS SEUS PODERES. Aprisionada pela “Inteligência Suprema”, Carol luta contra aquele ser que assume a imagem de Lawson, e é uma batalha e tanto, muito mais intensa do que eles jamais viram acontecer… ela luta contra o domínio sobre ela, se livra de um aparelho Kree que estava limitando seus poderes, e então se torna uma espécie de deusa, extremamente poderosa. E eu ADORO vê-la brilhar e usar a energia a seu favor com tanta maestria, já em seu novo uniforme, agora vermelho e azul, porque já não podia mais usar as cores dos Kree. Ela destrói mísseis lançados contra o Planeta Terra sozinha, uma demonstração INCRÍVEL do tamanho de seu poder, e também vence Yon-Rogg em uma cena rápida e divertida, na qual ela mostra que “não precisa provar nada para ninguém”. E o manda de volta a Hala.
Agora, Carol Danvers se despede de C-53 e da vida da qual acabou de se lembrar, se despedindo de Maria e sua filha, e da S.H.I.E.L.D., mas deixando com Nick Fury um pager modificado para que ele possa contatá-la – mas apenas em caso de emergência. Sua missão, agora, é enfrentar os Kree novamente, se for preciso, mas, principalmente, encontrar um novo lar para os Skrulls, que não podem viver para sempre como refugiados em um laboratório de Lawson, na órbita da Terra. E eu gosto de como o filme “inicia” todo o universo, tendo, talvez, a mesma importância que o primeiro “Capitão América” nesse sentido: é aqui que Nick Fury é ferido por um “gato” alienígena e perde o olho, e então, sabendo da existência de aliens e do seu possível perigo, ele resolve começar um novo projeto, que ele chama de “Iniciativa Protetores”.
Mas modo logo em seguida, ao ver uma foto de Danvers e a escrita no avião…
“Iniciativa Vingadores”
Outros destaques do filme: o gato Goose, que tem uma relação e tanto com Nick Fury e que, eventualmente, descobrimos que não é um gato de verdade, mas um alienígena poderoso com tentáculos que ele usa para se defender… ou para devorar o Tesseract. E, também, Stan Lee. Esse é o primeiro filme da Marvel lançado desde a morte de Stan Lee, e agora ele é adicionado às imagens no logo da Marvel, apresentado no início do filme (FICOU LINDO!), e ele também ganhou um “Thank you, Stan”, antes do início do filme… sua participação em “Capitã Marvel”, que já estava filmada, conta com ele no trem, lendo um roteiro, logo que “Vers” chega à Terra e está em busca dos Skrulls, que se “fantasiam” de passageiros – inclusive, aqui eu AMEI a cena da Vers lutando contra aquela velhinha, que na verdade era uma das alienígenas que ela buscava.
O filme é realmente EXCELENTE. Carol Danvers se mostra uma boa protagonista, extremamente intensa e segura de si, e seus poderes são incríveis! Adoro as referências e como o longa se encaixa perfeitamente ao Universo Cinematográfico da Marvel… e sobre “por que Nick Fury não pediu a ajuda dela antes”, entendemos que quem está no comando, nesse caso, é ELA: e ele só poderia chamá-la em caso de emergência… bem, nada parece mais “emergência” do que Thanos dizimando 50% de todas as formas de vida do Universo, e a cena pós-créditos mostra isso. Depois de Nick Fury mandar a mensagem para Carol Danvers e se desintegrar, logo em seguida, encontramos o Capitão América, a Viúva Negra, James e Bruce com o pager, sabendo que se Fury estava tentando falar com alguém através daquilo, era importante: e eles precisam saber “quem está do outro lado”.
Então a Capitã Marvel aparece, perguntando de Nick Fury.
Agora, A GUERRA CONTRA THANOS GANHOU REFORÇO PESADO!


Para a review do primeiro “Homem-Formiga”, clique aqui.


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