LIKE, La Leyenda (2018) – Machu aceita ser registrada por Sole e Luka

“Não se emociona não que eu vou ser uma péssima filha”

A Machu é toda durona, faz de tudo para não demonstrar seus sentimentos, mas no fundo meio que sabemos que ela tem um bom coração – não foi fácil descobrir que Soledad, ao invés de sua irmã, era, na verdade, sua mãe, tampouco foi fácil a chegada de Luka, especialmente porque ele chega com outro nome, sendo meio que um idiota exigindo os direitos da música que ela e os amigos cantaram e foi parar na internet, mas no fim o entendemos e não o detestamos… Machu passou por uma fase difícil e, também, muito importante. Ela ainda tem atitudes questionáveis, ela ainda, ocasionalmente, trata as pessoas sem nenhum tipo de respeito, mas a verdade é que ela melhorou muito desde o início da novela. E toda essa nova relação com Soledad e com Luka é uma prova disso – Machu tem momentos emocionantes e até fofos.

Gostei muito do momento em que Luka e Sole vão ao quarto de Machu para dizer que pensam em “registrá-la como sua filha, mas antes querem saber sua opinião”. Durona como sempre, ela diz que “vai pensar”, mas o “vai pensar” de Machu é muito mais do que eles esperavam. E o mais lindo é que, embora ela não queira que eles vejam, ELA SORRI com essa ideia – ela gosta disso. Então, pouco depois, Machu vai em busca de Luka e diz que se ele quer registrá-la, “por ela tudo bem”, e o sorriso no rosto de Luka o torna incrivelmente mais bonito – bem que dizem que “a felicidade é a melhor maquiagem”. Luka segura a sua mão, diz que está muito feliz e que quer recuperar o tempo que perderam, mas também diz que isso é algo que ele vai fazer COM SOLE: ou Machu aceita ser registrada pelos dois, ou então não será registrada por nenhum.

Então, Machu não faz com que isso seja um inferno nem nada – ela já está se habituando com a ideia e, passado o choque de que “mentiram para ela durante toda sua vida”, ela percebe que, no fundo, as coisas não mudaram… e é muito bonito ver momentos de Machu e Soledad, se divertindo e se provocando, como irmãs ou, talvez, como mãe e filha. Com Luka, ela está criando uma relação de filha, pouco a pouco permitindo que ele se aproxime, e quando ele anuncia que está indo embora, mas por pouco tempo, eles compartilham uma LINDA DESPEDIDA na sala de música – ela o ouve tocar o piano, chora e, depois, se senta ao seu lado, onde ele diz que vai voltar em breve e que “eles vão recuperar o tempo perdido”. Há lágrimas nos olhos de ambos, e é um momento muito emotivo, porque ela aprendeu a gostar dele de verdade, de algum jeito.

Ele termina com um beijinho na sua cabeça, carinhoso… E AQUILO FOI LINDO!

Luka não é uma má pessoa, e ele foi afastado da vida que poderia ter tido com Soledad – se a mãe dela não tivesse mentido e o afastado dela, ele teria assumido Machu, e eles teriam aprendido juntos como ser pais. Quando ele diz isso a Soledad no refeitório, Machu ouve em silêncio, mas emocionada. Adoro como Soledad e Luka, mesmo em pouco tempo (no caso dele, na verdade), construíram uma relação com Machu, e agora ela quer ser registrada por eles, mesmo com o terror psicológico da avó… Machu foi surpreendentemente madura nesse processo todo, explicando para a avó que “não vai deixar de amá-la”, que “só tem que se acostumar a chamá-la de avó”, porque mesmo que ela sinta que a está perdendo, é como Machu diz: elas são uma família e isso nunca vai mudar. O problema é que a velha não está disposta a “perder” Machu.

Ela até é legal com Machu, mas humilha Soledad na frente de todo mundo!

As cenas das duas são MUITO FORTES e importantes. A mãe de Soledad diz que “a protegeu de ser mãe adolescente” e a acusa de estar roubando sua filha, e ainda diz algumas atrocidades, como que “Soledad não sabe fazer nada, não sabe criar um filho” – Soledad responde de forma educada e surpreendentemente controlada, mas diz coisas fortíssimas: ela diz que o que não sabe, não sabe porque a mãe nunca deixou, porque a mãe a fez acreditar que era uma inútil, mas no fundo foi Soledad quem fez muita coisa por Machu: quem cuidou dela durante as noites, quem cuidou quando ela estava doente, quem ajudou nas tarefas de casa… Soledad foi muito mais mãe de Machu do que sua mãe pensa! E, agora, o reinado de terror dela chegou ao fim: como diz Soledad, Emília acabou de provar que se pode sim ser mãe e ter uma vida, e ser feliz, e ela vai fazer de tudo para ser A MELHOR MÃE QUE MACHU PODERIA TER!

Soledad acaba percebendo, então, que Machu aceitou ser registrada como sua filha antes que a própria Machu lhe conte, e vai conversar com ela, em uma cena super fofa em que Machu diz que “ela não precisa ficar emocionada, porque vai ser a pior filha do mundo, seu pior pesadelo”, e mesmo que ela tente ser durona quando Soledad a abraça, ela sorri… E AQUELE SORRISO DIZ TUDO. A cena é perfeita, bem como é emocionante a cena em que Machu conta a Luka sobre sua decisão, porque a emoção está estampada no sorriso e nos olhos de Machu, bem como na voz embargada de Luka – ele ainda diz que está muito feliz, mas também um pouco nervoso, e Machu, então, sugere que “ele lhe dê um abraço”, e essa é outra das cenas mais emocionantes da novela. Não pensei que eu me emocionaria tanto com momentos de Machu assim!

Sequência belíssima! <3

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