American Horror Story: Cult 7x05 – Holes


“Are you with us or are you against us and all we stand for?”
Em um episódio intitulado “Buracos”, que traz um pouco da Tribofobia de Ally (algo que, por sinal, eu posso compartilhar em menor intensidade, quem sabe!), eu achei interessante como o roteiro se dedicou a preencher alguns. O episódio trouxe uma variedade de respostas, além de todo um processo de “bastidores”, de alguma maneira, do culto, voltando, inclusive, à morte dos caixões, uma das melhores cenas introdutórias da temporada! Mas o grande presente esteve no final do episódio, que trouxe Kai como o protagonista de um flashback de 2014, quando tudo começou. Evan Peters, mais parecido com Kit Walker do que com Kai Anderson, estava uma graça, e nos recorda um pouco do porquê de sermos meio que apaixonados por ele… foi um episódio intenso e violento, repleto do HORROR que o título sugere.
O episódio, enfim, FOCA NO CULTO. Com o episódio passado, tivemos uma boa introdução explicativa ao culto, com Kai e Winter recrutando, e aqui tudo se torna ainda mais concreto! Beverly está sempre primeiro nas “cenas dos crimes”, para assustar a população, e Kai lidera reuniões que contam com Harrison, Jack e Gary, por exemplo, além da própria Beverly que, nesse episódio, se mostra tão psicopata quanto Kai. O novo plano para intensificar o medo na população, como uma estratégia para que Kai vença as eleições, inclui mostrar violência explícita a todos, para que eles sintam o medo de fato… matar Bob, filmar e exibir a gravação, num estilo meio doentio como “Black Mirror”. E, para confirmar qualquer suspeita que já tínhamos desde o início e, principalmente, depois do episódio passado: IVY É PARTE DO CULTO.
Claro.
Até a Ally já começa o episódio quase sabendo:

“It was like she prepared. She closed down everything... so fast”

Tudo começa a ficar explicitamente horrível quando o culto se reúne para matar o Bob, e são aquelas sequências de horror que, ao lado das cenas sexuais, marcam American Horror Story. Violência brutal e gráfica. Eles invadem a casa com suas máscaras demoníacas de palhaço, e se preparam para matar enquanto entoam “Ave Satanás”. É isso o que vai ajudar a espalhar o terror na cidade. O sussurro se perpetuando, confesso, é macabro, mas Bob também não era boa coisa, com aquele “escravo” dolorosamente preso no porão… mas acredito que o fato de não mostrarem o rosto do “escravo” é proposital, ainda voltaremos a isso. Então, de forma bem explícita, os dois são mortos de forma brutal, e Beverly Hope faz questão de que Bob veja o seu rosto antes de matá-lo, o que impressiona o Kai de uma “boa” maneira.
O vídeo da morte vai direto para o jornal.
Gostei do trabalho do episódio em nos mostrar, oficialmente, o culto. Em voltar cinco semanas no passado, por exemplo, para mostrar a montagem dos caixões brancos que matou um casal no terceiro episódio da temporada. E nesses “bastidores”, nós percebemos as diferenças de reações. Harrison está conformado, ele é devoto a Kai, o “cara que lhe salvou a vida”, o que é diferente de Meadow, que se pergunta “quanto tempo eles vão deixá-los lá dentro”, e de RJ, que está horrorizado com isso tudo. Beverly, por outro lado, se regozija. Vindo daí, é o choque de que MEADOW AINDA ESTAVA VIVA. Ally a encontra em um buraco e a deixa lá, esperando a chegada da polícia, e depois de ligar para Ivy, Ally vê Meadow aparecendo em sua janela, pedindo ajuda, falando do culto, e de como todos são partes dele… todos.

“It's a cult, Ally. It's a sick cult, and everyone's in it. The police, my husband, your baby-sitter. Your wife!”

Será que Ally vai acreditar nessa informação?
E notem que Vincent não é mencionado, ela pode “confidenciar” tudo a ele!
Com o vídeo da morte de Bob divulgado, o medo se espalha pela população, e Kai sobe nas pesquisas para a eleição, ficando em primeiro lugar… então, ele decide testar o seu Culto. Ele diz que “um grupo só é tão forte quanto o seu elo mais fraco”, e decide que RJ precisa morrer, porque ele sabe de tudo, e pode denunciá-los a qualquer momento… planeja fazê-lo. Em contrapartida, ele já testa Ivy, que é quem mais, talvez, se incomoda em fazer o que Kai lhe pede: matar RJ colocando pregos em sua cabeça, um a um, pessoa por pessoa. “Are you with us or are you against us and all we stand for?”, ele pergunta. Horrorizada e chorando, ela diz um “I’m sorry” antes de colocar o primeiro prego em RJ, e então um a um faz o mesmo. Gary se diverte. Kai quase morre de prazer. Beverly adora. Winter parece não gostar muito, o que me surpreendeu…
Mas Ivy… Ivy está em um estado deplorável.
Kai, por fim, lambe o sangue de RJ e o mata. FOI UMA SEQUÊNCIA FORTE!
Então, nos últimos minutos, é hora das revelações. Kai e Beverly com os mindinhos conectados, Beverly quer sua verdadeira história. 2014. Kai era muito mais inocente, muito mais fofo, e parecia mesmo o Kit. E então entendemos como o Kai atual nasceu. O pai era um babaca, grosseiro, violento… a mãe o matou e depois se matou, e Kai assistiu a tudo. Ainda muito mais inocente, ele sentou no chão segurando o corpo ensanguentado da mãe, e ligou para o seu irmão, sem saber o que fazer. Seu irmão? RUDY VINCENT, claro. Esse é o envolvimento do terapeuta de Ally. Wow. Ambos, numa vibe meio “Bates Motel”, esconderam o corpo em um quarto, um “mausoléu”, onde eles foram colocados para apodrecer sobre a cama, de forma macabra e doentia… Kai ainda vai, de tempos em tempos, conversar com a mãe. E uma outra informação: Winter é a irmã mais nova de Kai e Vincent.
GENTE, QUE BOMBA!
E eu amei!
Muito mais complexo agora, vamos ver o que o resto da temporada nos reserva…

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