Glee 5x16 – Tested


Podia ser pior.
E realmente quando o episódio começou eu achei que seria. Não era possível. Em primeiro lugar que o tema do episódio me deixou bastante confuso – acho super válida uma discussão sobre DSTs e tudo o mais, mas isso não tem muito mais cara de McKingley do que de Nova York? Não devia ter sido antes quando o elenco ainda estava completo e a coisa era mais interessante? Enfim, também agora eles são oficialmente “mais maduros” e o sexo também está mais presente na vida deles, então talvez até faça sentido que eles tenham deixado para agora.
Mas de qualquer maneira, eu não tinha esperanças altas para isso. Ryan Murphy não consegue usar Glee para trabalhar os assuntos de maneira séria e convincente, em sua maioria. Não se o assunto é verdadeiramente sério e exija maturidade – ele consegue tratar dramas adolescentes e histórias do colégio bastante bem. O que me faz pensar, novamente, por que foi que essa série deixou a escola, mas tudo bem. Quando o episódio começou eu quase quis me esconder, parar o episódio e nunca mais precisar assistir. Porque aquele começo bizarro com os quatro meninos marinheiros em preto e branco foi a coisa mais esquisita que eu já vi.
Vergonha alheia define.
Não que “vergonha alheia” não tenha me passado pela cabeça inúmeras outras vezes durante o episódio. Tested focou nos meninos moradores de Nova York: Blaine, Sam, Kurt e Artie, todos em crises em suas vidas sexuais, e decidindo ir à clínica fazer um teste para saber se tudo estava ok. Nisso tivemos o Artie saindo com duas garotas ao mesmo tempo, querendo sair com outra e transando sem camisinha [?], o Sam, um garoto de 19 anos [?], resolvendo abster-se de sexo para esperar Mercedes, e Blaine decidindo não transar mais com seu namorado/noivo porque está grávido de sei lá quantos meses.
Tive que me conformar com o fato que o Kurt está malhando. Sério, ele está malhando. Não mudou muita coisa moço, pode parar de tirar a camisa que não tem nada interessante a se mostrar aí. Mas enfim. Blaine não pára de comer, está se sentindo inseguro com seu próprio corpo e com a recém-adquirida confiança de Kurt – por isso eles não transam, por isso brigam, e compartilham uma ótima cena com “Love is a Battlefield”. Amei a coreografia de combate e tudo aquilo, além da esgrima no final. Essa luta de espadas foi uma piada, só pode. Mas para mim sempre foi muito claro que Blaine devia ser o ativo da relação – ou o era quando ele entrou. Pensem no Blaine segunda temporada, cantando Teenage Dream e no Kurt fugindo do Karofsky.
Quem é o ativo e quem é o passivo?
Enfim, não é isso que importa no episódio. Mercedes decide fazer o Sam esperar, muito tempo, na verdade até o casamento. E não há nenhuma dúvida que um dos dois vai se render. Ou Sam vai terminar o namoro, ou a Mercedes vai aceitar transar com ele – Mercedes, o Sam querendo você… é uma escolha dela, mas essas histórias dos dois estão tão chatas que eu nem quero me estender comentando. Não consigo acreditar nesse romance, me envergonhei por todas as atitudes do Sam, e só valeu mesmo pela Mercedes cantando “I Want to Know What Love Is”, porque aquilo foi MUITO bonito. E achei que o romance já ia ser balançado por causa do comentário infeliz de Rachel.
Artie teve provavelmente a pior história do episódio. Sim, ainda pior do que Blaine grávido ou do Sam viciado em sexo. O que foi o Artie saindo com duas meninas ridículas, e depois ainda tentando roubar a namorada do Raj? Ou ex-namorada, mas enfim. Não gostei de nenhuma cena [a não ser o Sam brigando com ele – “Who are you? It’s like I don’t even know you”], e achei muito bom a maneira como ele terminou, sozinho. Quanto a “Let’s Wait Awhile” deve ter sido a cena mais bizarra e sem-noção do episódio, mas eu pouco me importo, porque a música estava LINDA. E amei como a voz deles combinou e ficaram perfeitas juntas. Então relevo o restante.
Então foi um episódio bastante leve de Glee tratando um assunto sério de maneira leviana – nem mesmo o uso da camisinha foi reforçado devidamente, embora isso pareça tão natural. Mas mesmo parecendo tão óbvio, Artie ainda continua transando sem camisinha, então talvez Glee poderia ter usado o episódio para levantar essa bandeira e conscientizar um pouco mais as pessoas. Enfim, a mensagem final tentada passar por Artie e Sam, de que “sexo não é tudo” recebeu a melhor resposta possível na expressão de Blaine e Kurt. “Uhm, acho que não é bem assim”. Enfim, os episódios precisam melhorar e muito.

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Comentários

  1. Olha! Achei bem pertinente a forma como foi abordado o tema, sexo, nesse episodio. Não achei leviano. Achei leve e ao mesmo tempo sério. O episodio perpassou pelas várias nuances do sexo: desde a promiscuidade até o fato de que o assunto requer confiança e confiabilidade. Tivemos ali o casal com a vida sexual ativa, porém balançada pela auto-confiança, pelo menino deslumbrado e por isso promíscuo e pelo casal que se gosta mas tem postura diferentes e pensamentos diferentes ( não sei como vc consegue achar Sam e Mercedes chatos, mas tudo bem! )
    Não esqueçamos também, que eles ainda não são totalmente adultos, estão em fase de transição. E o fato de estarem em uma cidade grande, eles veem do interior, de um lugar preconceito e cheio de tabus.
    Achei linda a última cena Samcedes, com aquele monte de velas. O diálogo foi lindo, mesmo que ele depois continue tentando. É natural!
    A única coisa que achei surreal foi a cena “Let’s Wait Awhile” ! Mas concordo com vc, a música ficou linda!!!
    Um grande abraço!

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    1. Na verdade faz muito sentido o que você disse hehe =P Mas eu realmente estou com medo dos rumos que estamos tomando... sempre amei Glee e não queria que eles se perdessem. Quanto a Sam e Mercedes, eu só acho que a história deles é muito terceira temporada, não sei se ainda cabe agora, entende? Mas vamos ver, pode ficar melhor com o passar dos episódios... esperamos o próximo! :D

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