Continuum 3x04 – A Minute Changes Everything

Eu amo os rumos e possibilidades infinitas que Continuum está seguindo nesse seu terceiro ano, mas ao mesmo tempo também achei que esse episódio poderia ter trabalhado muito mais alguns detalhes. Como agora estamos tentando localizar o futuro de 2077 (embora eu torça para que ele não sobreviva), e a temporada se resume basicamente em Alec x Alec, tivemos algumas informações importantes e lentamente as coisas se conectando para formar algumas informações que já temos do futuro. Mas o episódio escolheu, ironicamente, uma narrativa mais linear sem misturar tanto as linhas do tempo, sem explorar o Alec que viajou no tempo nem nada disso…

Trouxeram de volta o Julian. FINALMENTE. Como o ator está com um personagem importante em The 100, não achei que voltaríamos a vê-lo em Continuum, mas eu já estava mesmo me perguntando como a série poderia seguir em frente sem ele. Foi uma das idéias mais inteligentes da série até agora: Theseus é basicamente o fundados de toda a ideologia por trás da Liber8, a revolução contra as corporações, e foi uma cena melhor do que a outra dele nesse episódio, culminando naquela “entrevista” no jornal que foi uma das coisas mais interessantes que a série já fez. Eu amo ver o seu espírito revolucionário latente, falando por ele.

Mas falando em revolução, outra coisa que eu amei no episódio foi ver aquele imenso grupo de estudantes se manifestando e pregando as idéias de Theseus, independentemente dele – foi bom ver as proporções que isso toma, e ver que à medida que isso cresce, o futuro também se constrói a partir das mãos de Alec, agora um poderoso herdeiro da Piron, de terno e gravata, um princípio de arrogância, e um líder corporativo exatamente como o detestável Alec de 2077. Preparem-se, porque parece que essa versão do Alec vem aí e vem com tudo! Ele já está até começando a querer vender as tecnologias avançadas que se assemelham tanto às de Kiera.

Desse modo, o Alec da segunda linha do tempo, aquele com o qual começamos a temporada, vendo-o voltar no tempo, fica praticamente esquecido. O outro cresce cada vez mais diferente desse que tanto amamos, e conseguimos ter até uma maravilhosa cena de conversa entre os dois, com direito a interessantes referências. “Wow. This is very Marty McFly right now”. Os dois se desafiam, se desentendem, e lutariam se fosse Star Trek – o roteiro antagoniza os dois irremediavelmente, não há amizade, coleguismo nem nada para esses dois. É uma guerra declarada entre ideologias tão distintas, e é impressionante notar como as circunstâncias diferentes criam duas pessoas tão distintas.

O mesmo aconteceu com Kiera.

É até engraçado notar como Kiera, com o passar do tempo, perdeu a sua importância. Há muito tempo eu não concordo com as coisas que ela prega ou com a maneira como ela age, eu misteriosamente defendendo os mesmos princípios da Liber8, mesmo que aceitando ações diferentes. Mas nesse ano, a ela é realmente relegado o papel secundário, enquanto as atenções se voltam para os dois Alecs. A série é dele agora, e essa teoria toda d eviagem no tempo e linhas temporais independentes me soam fascinantes. Que a série continue com essa qualidade, que eu estou curioso para saber onde é que essa terceira temporada nos levará!

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