Glee 5x14 – New New York

Só que não.

O elenco todo está magicamente se mudando para Nova York, mas as coisas continuam naquele mundo fantasioso de Ryan Murphy no qual nada pode dar errado, eles serão para sempre felizes, e as coisas acontecem sempre fácil demais. Passaram-se meses desde que o New Directions fechou, mas mesmo tendo sido apenas no episódio passado, eu já sinto saudades – e vejo incontáveis maneiras como isso tudo pode dar errado e ser o fim de Glee oficialmente. Não tem como não comparar com Smash, e questionar a fragilidade do roteiro, e o final pretensioso meio Friends (lembra da prévia no episódio passado) foi pretensioso demais.

E se o problema foi que, quando novos personagens foram entrando na série, o público não se identificou tanto com eles e não gostaram desse (digo “público” de uma maneira geral, não me incluo neles, eu adorava os novos!), agora temos duas possibilidades bastante preocupantes. Uma, que novos personagens continuarão entrando na série, com papéis diferentes, e eles pode sofrer a mesma rejeição sofrida por Marley e companhia no ano passado. E dois, que me parece ainda mais assustador: que o roteiro vá preferir se desenvolver com base apenas nesse elenco que veio inteiramente de Ohio, e então a qualidade da série diminui ainda mais, as possibilidades se limitam, e Glee nunca caminha para frente.

Não sei o que me irritou mais na história de Rachel – acho que deve ter sido aquele carro, porque até parece que eles saem por aí dando carros chiques e motoristas para as pessoas! Real life, c’mon! Depois, o cúmulo do cúmulo do absurdo, o desfecho para a história de Artie. Nem entendi exatamente o que foi feito de Artie nesses meses todos, mas nesse episódio ele decidiu andar de metrô, mesmo com todas as outras possibilidades, e foi assaltado – o final com Rachel abrindo mão do carro para ir com eles traz alguns problemas: apenas reforça a incapacidade de ele ser independente nessa cidade (o que Glee sempre lutou contra!), e ainda tivemos o fantasioso momento em que ele reencontra o cara e recupera o seu laptop.

Sério?

Parece que todo mundo está indo morar juntos, e Kurt e Blaine são quase um casal. “How is this even possible?” parece ser a pergunta que não quer calar – não sei que loucura foi feita da timeline de Glee, mas de uma coisa eu sei: Kurt entrou em NYADA pelo menos um semestre antes dele, então não faz sentido que o Blaine assista a seis de oito de suas aulas! Sério… se isso significa o fim do relacionamento, estou gostando, mas quer saber? Pouco me importa. Gostei das cenas com Elliot (embora ele tenha sido tão coadjuvante, e só fez participação para cantar), e acho que no fim Blaine e Kurt conseguiram ser bastante maduros ao decidir não morarem mais juntos pelo bem do relacionamento deles… o que faz todo o sentido.

Melhor coisa do episódio? O SAM CORTOU O CABELO! Finalmente! Depois de tanto tempo que desejamos por isso, ele finalmente cortou o cabelo e voltou a ser nosso delicioso Chord Overstreet, lindo e maravilhoso, gostoso e perfeito. Ok, me controlei. Mas é tão bom vê-lo de cabelo novo (novo mesmo – agora é mais escuro e com topete, ficou LINDO!), e como isso muda a sua aparência… sem ter onde morar, depois de meses na casa de Kurt, mas agora com um emprego como modelo, ele vai morar com Mercedes. Ah sim, Mercedes também está em Nova York, porque as coisas são assim. Simples, fáceis e rápidas assim. Dinheiro? O que é isso? E o Blaine também se une ao grupo…

Teremos então esses dois apartamentos abrigando esse elenco, embora ainda parece que a casa de Rachel, Kurt, Santana e Artie esteja um pouco super lotada. E podemos esperar mais e mais cenas como essa última de todos juntos, se divertindo e comendo em um apartamento só. Eu gostei, achei super fofo, mas temos que partir para a realidade. Não é assim. Então me entristece ver que Glee faz apostas um tanto quanto absurdas com coisas que realmente não fazem sentido – quero só ver o que será disso tudo quando a Santana estiver de volta. Não sei exatamente o que esperar dessa nova fase de Glee, mas também não vou colocar minhas expectativas lá em cima.

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