Universos Paralelos (Parallèles) 1x04 – Innocence révolue

Não apenas viagens no tempo.

Adorei a premissa desse episódio. No episódio anterior, quatro anos infernais se passaram na realidade em que Romane e Victor moravam e na qual Sam e Bilal tinham desaparecido: Victor tinha ido para um colégio interno no qual era constantemente atormentado (e sua única alternativa era ficar em casa, sendo igualmente atormentado e culpado pelo que acontecera a Sam), enquanto Romane estava lidando com a morte da mãe e com o fato de que o padrasto devia fortunas por causa do seu vício em jogo, então pretendia vender a casa na qual eles moravam, e ir embora com Camille, sua irmã mais nova… então, quando um novo experimento da ERN, com o acelerador de partículas, está prestes a acontecer, eles retornam ao bunker, na esperança de que algo aconteça… que eles possam voltar no tempo e consertar as coisas, por exemplo.

“Innocence révolue” começa com Victor e Romane explorando essa realidade na qual eles chegam, que não é apenas quatro anos no passado – mas também um universo paralelo. Eles estão, agora, no mundo em que eles tinham desaparecido… o mundo em que estão o Sam e o Bilal mais velho; e ficamos esperando pelo reencontro desses quatro! A temática é interessante, o jogo da viagem no tempo é sempre algo interessante de se acompanhar, e eu gosto de como o episódio vai preenchendo lacunas, revisitando cenas que já tínhamos visto no episódio anterior, como aquela conversa de Sofía com o Tenente Retz (agora faz sentido que ela tenha dito o que disse sobre o “estranho” em seu carro a chamando de “mãe”), ou como Romane segue Camille enquanto ela volta sozinha da escola porque o padrasto esqueceu de ir buscá-la, como a mãe pedira.

Sem saber bem o que fazer, Romane e Victor resolvem procurar alguém que possa ajudá-los, e isso os leva até Sofia, em uma cena bastante interessante na qual ela aceita com facilidade quem eles são e que eles vieram do futuro – até porque ela já está começando a pensar sobre essas possibilidades graças aos seus experimentos na ERN, que coincidem com o momento dos desaparecimentos… então, quando ela acolhe Romane e Victor e escuta o que eles têm para contar, ela se dá conta de que o homem que entrara no seu carro na noite do “desaparecimento” era mesmo Bilal, e isso meio que pesa sobre ela, porque ela sente que não reconheceu o próprio filho. Então, ela começa a buscar Sam por todos os lugares, se lembrando daquela conversa na qual Sam dissera que não sabia como, mas “o Bilal estava bem”, porque percebe que ele sabe onde o filho está.

Então, ganhamos o EMOCIONANTE REENCONTRO desse grupo de amigos, mas as coisas não são mais exatamente as mesmas – até porque, e principalmente porque, Romane e Victor não são mais os mesmos… Sam é o mesmo de sempre e Bilal, apesar da aparência, também (aquela cena dele todo feliz abrindo o presente de aniversário da mãe no carro é uma preciosidade sem tamanho!), mas quatro anos cheios de traumas se passaram para Romane e Victor. Mesmo assim, o primeiro momento é emocionante. Meu favorito, é claro, é o reencontro de Bilal com a mãe, com os olhos dos dois se enchendo de lágrimas, o abraço emocionado e aliviado de ambos; também foi bonito ver a alegria de Sam ao reencontrar o irmão, o abraçando antes de se voltar para Romane… o tanto que todos eles se amam é muito bonito. Mas e agora, o que eles vão fazer?

Eles precisam de um plano… Sofia quer acionar a comunidade científica, enquanto os jovens querem aproveitar um novo experimento com o acelerador de partículas para tentar retornar para como tudo era anteriormente, mesmo que Sofia os advirta de que isso é muito improvável, porque eles não podem contar com algo que não pode ser previsto… as possibilidades são imensas e ela pode mandá-los para qualquer lugar que não é para onde eles querem, de fato, ir – e ela tem razão, é claro, mas eles acham que é a única chance que eles têm. Então, enquanto Sofia tenta colocar alguma ação em prática, Sam está perdido e mais apagado do que já estivera desde o início de “Universos Paralelos” e Bilal é o único que pensa em obedecer ao pedido da mãe e “não sair de casa”, Victor e Romane têm coisas a fazer e não planejam ficar parados esperando.

Assim, todos eles acabam se revelando para alguém… Romane procura a mãe, o que é compreensível, porque ela sente sua falta, já que ela morrera no futuro de onde ela vem, e ela ainda tem a esperança de poder salvar a mãe daquele infarto se fizer com que ela se afaste do homem com quem está prestes a se casar – o que ela não esperava, é claro, é que ela mesma fosse causar o infarto da mãe, antecipadamente, e não pela alegria do reencontro da filha, como chegamos a cogitar que poderia acontecer, mas porque, ao tentar avisá-la sobre o futuro, ela fala sobre a sua morte em quatro anos… felizmente, Romane consegue ligar para a emergência a tempo e salvar a vida da mãe – o que não quer dizer que ela não precisa conversar com a irmã o mais rápido possível e tirá-la da casa daquele homem… e, para isso, ela tem a ajuda de Bilal e Sam.

Enquanto isso, Victor tem uma cena inesperada e forte com o pai, o assistindo do lado de fora de um restaurante no qual o pai está em uma reunião de negócios, bebendo champanhe e rindo – mesmo que, antes, ele não estivesse se sentindo bem para tudo isso e pode-se dizer que, em parte, ele estava “fingindo”. Victor confronta o pai sem esconder quem ele é, e o pai congela quando finalmente percebe, mas não tem tempo de segui-lo quando Victor vai embora… Victor chega bem a tempo de ajudar Romane, Sam e Bilal em um confronto contra Hervé, que retorna para casa antes do esperado e encontra o trio lá dentro. Se os novos poderes de Romane de “parar o tempo” não são o suficiente para deter Hervé (embora tenha sido para ajudar a mãe), os poderes destrutivos de Victor o são… confesso que não sei bem o que esperar da conclusão de “Universos Paralelos”.

Mas estou gostando bastante!

 

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