Kally’s Mashup – Primeira Temporada

“Lo que tú escribes en papeles…”

QUE PRIMEIRA TEMPORADA INCRÍVEL! Quando eu terminei de assistir à primeira temporada de “Kally’s Mashup”, eu estava absolutamente fascinado pela qualidade do roteiro dessa série… a qualidade técnica também é incrível, cenários e figurinos lindos, atuações lindas, músicas incríveis, mas e o roteiro? Que maravilha! Tanta coisa aconteceu ao longo dessa primeira temporada que mal a sentimos passar… com uma história maior que guiava toda a temporada (o Prêmio Revelação e o segredo de @mica635), “Kally’s Mashup” foi repleta de histórias menores ou de detalhes que acrescentavam à trama maior, e o resultado final é bonito e gostoso de se assistir. Nós nos divertimos, nós nos emocionamos, nós passamos raiva ocasionalmente (sempre tem aquela parte em que tudo dá errado, né?), e nós vivemos isso tudo intensamente.

A temporada, acima de tudo, respeita o telespectador.

É incrível! <3

Quando foi “descoberta” pela Professora Abrankhousen, graças a um vídeo que a mãe mandou para o celular do pai, Kally precisa mudar-se para a casa do pai e do tio para estudar no Conservatório Allegro, e essa relação familiar é uma das partes mais bonitas de “Kally’s Mashup”. Kally adora o divertidíssimo Tio Charly, que está sempre por aí com uma invenção maluca que não funciona do jeito que ele esperava, mas a relação com o pai, inicialmente, promete ser um pouco mais difícil… afinal de contas, ela não está habituada a conviver com ele. Mas o Mike a ama com todo o coração, e é muito bonito vê-los se aproximar, até que construam uma relação tão bela a ponto de qualquer cena que compartilhem nos emocione… eu amo a interação de Mike e Kally, eu amo cada abraço deles, cada lágrima. Vide as cenas do aniversário dela.

É muito amor!

Kally divide o prédio, ainda, com Tina e Dante. Tina se torna rapidamente a sua “amiga amiguíssima”. As melhores amigas são parceiras e cúmplices, e têm uma amizade muito bonita – não sei o que seria de uma sem a outra. Dante, por sua vez, é o irmão mais velho de Tina, e Kally sente algo por ele desde o primeiríssimo dia em que a vê, mas ele tarda em sentir o mesmo… ou, ao menos, a reconhecer que o sente. Para ele, Kally é apenas a amiga de sua irmã mais nova. Por isso, Dante está focado na sua banda, a DAK, da qual faz parte com os amigos Alex e Kevin, e em um namoro estranho com a chata da Lisa, que é a atuação mais fraca de toda a série… mas, pouco a pouco, Dante se aproxima de Kally não apenas como a “amiga de sua irmã mais nova”, mas algo mais, e ele vai precisar aprender a entender e reconhecer o que está sentindo.

“She’s Gone” tá aí para isso.

Não é apenas Dante, no entanto, que é um pretendente em potencial de Kally. Desde o início, sabemos que é ele que o roteiro quer que fique com ela, mas também temos outro personagem de quem eu gosto muito: Pablo Van Brinkhen. O Pablo é filho de um pianista famoso e, infelizmente, ele aparece na primeira temporada de “Kally’s Mashup” apenas como uma participação especial, por alguns capítulos… mas ele é um personagem muito bom, e poderia ter ficado por mais tempo, embora eu não fosse gostar de vê-lo sofrer por Kally quando ela escolhesse o Dante, que, na maioria das ocasiões, não a merece. Eu sei que todo mundo shippa Kally e Dante, e eles são fofos juntos, sim, mas eu não teria me importado de ver a Kally com o Pablo… o Pablo é doce, educado, apoia Kally o tempo todo e a trata com um respeito incrível.

No geral, ele é bem melhor que o Dante.

Dante a faz sofrer bastante, e geralmente por imaturidade DELE.

Um dos pontos mais importantes da trama da primeira temporada é o PRÊMIO REVELAÇÃO. Kally passa um ano estudando no Conservatório Allegro, sendo a aluna mais nova (e possivelmente a mais talentosa) do lugar, mas ela precisa ganhar o Prêmio Revelação para que possa seguir seus estudos ali, com uma bolsa, no ano seguinte… assim, Kally faz amizades com pessoas bem interessantes, como a Lucy, o Tommy e o Andy, enquanto enfrenta as armações de Glória Skyler, a garota que compete com ela pelo Prêmio Revelação, e que está disposta a fazer qualquer coisa para não perder a coroa de “rainha” daquele lugar. Glória, brilhantemente interpretada por Sara Cobo, é uma vilã PERFEITA, com um quê de maldade aliado a carisma, e uma atuação impecável. Eu a amo. Em paralelo, também, Kally precisa lidar com o conservadorismo da Allegro…

Esse conservadorismo, inclusive, é o que motiva o nascimento da segunda maior trama da temporada: a música de @mica635. O Conservatório Allegro, rigorosamente fechado, não permite que seus alunos escutem ou produzam qualquer outro tipo de música que não seja a clássica… por isso, quando Kally une a 40ª Sinfonia de Mozart com uma composição própria, dando vida a “Key of Life”, ela quer compartilhá-la com o mundo, mas sabe que não pode fazê-la como ela mesma, se não quiser ser expulsa do Conservatório no qual acabou de ser aceita. Assim, ela publica a música na internet como @mica635, e não demora nada para que as suas composições fiquem famosas e ganhem o mundo com fãs espalhados por todo lugar, sempre querendo mais de @mica635. Mas viver escondida atrás de um computador deixa o caminho perigosamente aberto para impostoras…

A primeira temporada de “Kally’s Mashup” é formada por 75 capítulos. Inicialmente, ela foi planejada para 60 capítulos, mas o sucesso conquistado pelos 30 primeiros capítulos (exibidos entre 23 de Outubro e 01 de Dezembro de 2017) fez com que a temporada fosse estendida em 15 capítulos, atingindo esse número total. Depois dos primeiros 30 capítulos, a série ficou em hiatus por três meses (!), até retornar no dia 05 de Março de 2018, com os últimos 45 capítulos, que se encerraram no dia 04 de Maio do mesmo ano (o CD com todas as canções da primeira temporada foi lançado pouco depois do retorno de “Kally’s Mashup”, no dia 09 de Março). E o encerramento da temporada é de arrepiar, repleto de emoção e entrega (!), além de um final aberto que nos deixa curiosos para o que está por vir na segunda temporada da série.

Mas isso fica para outro momento.

 

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