His Dark Materials 2x03 – Theft

O roubo do aletiômetro.

Lyra ainda não entendeu qual é a sua missão na grande história… e, na verdade, ela não tem que entender. Novamente ouvimos falar sobre a profecia que fala sobre Lyra, a profecia que fala sobre a sua importância para que todos possam viver, mas ela precisa fazer o que tiver que fazer em total ignorância. Por enquanto, o aletiômetro pediu que ela ajudasse Will Parry a encontrar seu pai, mas como Lyra ainda não sabe por que isso é tão importante, ela também quer fazer as suas próprias coisas – como retornar a Oxford e encontrar novamente a Dra. Mary Malone, a “catedrática” com a qual conversou no episódio passado… a cientista que está estudando a Matéria Escura no nosso mundo… o Pó. Assim, sem pensar muito nas consequências de seus atos e sem acordar Will, “porque ele corre muito perigo em seu próprio mundo”, Lyra parte de volta a Oxford.

Em Cittàgazze, Will tem algumas poucas revelações em relação ao seu pai, seja através de memórias ou da leitura das cartas que ele deixou para a mãe… e ele acha que o pai está mesmo vivo e que, com o aletiômetro, eles podem encontrá-lo, mas Lyra não está ali para poder ajudá-lo no momento, e Will demora muito para encontrar o bilhete que ela deixou para ele… enquanto isso, exploramos um pouquinho de Cittàgazze e, mais do que isso, vemos de longe a Torre dos Anjos, com a misteriosa sombra que parece caminhar lá dentro. A segunda temporada de “His Dark Materials” traz um drama extra que não era destaque em “A Faca Sutil”: o fato de que Will está crescendo e já é quase um adulto; portanto, em breve ele não estará mais a salvo dos ataques dos Espectros… por isso, por mais seguro que ele se sinta ali, ele tem que estar de passagem.

Dessa vez, Lyra sabe exatamente para onde ir quando vai para Oxford, mas a Dra. Malone a encontra no elevador antes que ela possa chegar em seu escritório, porque tem um homem misterioso, que se diz policial, perguntando sobre a visita que ela recebeu no dia anterior, e ela quer que Lyra fuja… eventualmente, elas acabam sendo surpreendidas pelo policial na porta do elevador, e então Lyra precisa confrontá-lo, e por um momento parece que tudo vai dar certo – depois, no entanto, acontece a mesma coisa que aconteceu no livro, Lyra desliza, e acaba sendo descoberta. Lyra, que se apresenta como Lizzie, é debochada, sorridente e tem um dom natural para a mentira, mas ela acaba se perdendo no personagem quando o homem misterioso pergunta a respeito de Will, e então, antes de poder fingir que não conhece nenhum Will, Lyra já respondeu a pergunta.

Então, ela precisa fugir.

A cena é desesperadora, e pensar que essa é a cena menos desesperadora das que ainda estão por vir – a temporada baseada em “A Faca Sutil” ainda vai ficar muito mais intensa! Mas Lyra escapa, e acaba recebendo a “ajuda” do Lorde Boreal, que se apresentou para ela como “Charles”, e embora Lyra não queira confiar no cara, em um primeiro momento, ela percebe que é a sua única chance de fugir do policial em seu encalço, então ela comete um erro gravíssimo, que é entrar no carro de um desconhecido e, na saída, esquecer sua mochila lá dentro… ele até a devolve, mas sem o aletiômetro, o que deixa Lyra desesperada. Enquanto isso, a Dra. Malone busca maneiras de se comunicar com a Matéria Escura através da Caverna, como Lyra fizera, e eu devo dizer que estou gostando muito das cenas dela, especialmente aquela com o I Ching.

O episódio também traz alguns momentos bem importantes de volta no mundo de Lyra… aqui, encontramos Lee Scoresby em uma missão em busca de Grumman, que está chamando por ele, e um momento angustiante em que as coisas saem de controle e Lee quase acha que vai morrer por estar em busca de um “herege”. O Magisterium está mesmo por todo lado. Lee Scoresby acaba sendo capturado pela igreja, acaba preso e ganha uma cena inédita com a Sra. Coulter, e é interessante demais ver uma interação de Lee com Marisa – um momento que traz um pouco da infância de Lee além de sugerir traumas no passado de Marisa, algo que deve ser explorado no decorrer da temporada, e especialmente na próxima! Também destaco a qualidade da cena no que se refere à relação de Lee com Hester, a sua daemon, porque ali podemos de fato sentir a conexão entre eles.

Sentir que eles são um só.

E era o que eu sempre pedia na primeira temporada de “His Dark Materials”.

No fim do episódio, Will finalmente encontra o bilhete que Lyra deixou para ele e vai em busca dela em Oxford, e a encontra chorando no banco do parque próximo à passagem para Cittàgazze, e ela conta que roubaram o aletiômetro dela… agora, por mais que não seja a coisa mais fácil do mundo, eles terão que ir em busca dele: não tem como eles encontrarem o pai de Will sem a ajuda do aletiômetro. As cenas de Will e Lyra são ótimas, seja no parque, do lado de fora da janela, ou no cinema, onde Lyra fala de Roger e Pantalaimon parece encantado pelo cinema e pelo Paddington. O episódio nos leva até o momento em que Will e Lyra “visitam” o Lorde Boreal em sua casa, e falam sobre o que ele roubou e eles querem de volta… ele não está disposto a entregar o aletiômetro de bom-grado, mas ele tem uma proposta para ele: eles lhe trazem um objeto e ele devolve o aletiômetro…

E QUE VENHA A BUSCA PELA FACA SUTIL.

Ansioso pelo próximo episódio! Pode ser o melhor episódio da temporada!

 

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