Dash & Lily 1x03 – Hannukah

“Down the rabbit hole!”

Um episódio extremamente intenso e lindo! e que vai mudar tudo na dinâmica de interação de Dash e Lily. Os dois primeiros episódios de “Dash & Lily” apresentaram cada um dos personagens, como se estivéssemos lendo os capítulos do livro: ora centrados em um ora centrados em outro – e eu adoro a sensação de estar lendo novamente o livro de David Levithan e Rachel Cohn, porque eu AMO esse livro! Em “Hannukah”, a interação pelo caderninho se intensifica e se transforma numa série de desafios e confissões muito bacanas, mas ambos serão desafiados a deixar suas zonas de conforto… acho que se alguma coisa não desse errado depressa, como aconteceu, talvez eles se acostumassem a viver para sempre escondidos atrás do caderninho vermelho… e, agora, se eles não quiserem perder um ao outro, eles terão que fazer algo.

Gostei demais de como o episódio mostrou a interação pelo caderninho se prolongando, com o caderninho sendo deixado em vários lugares, sob a supervisão de várias pessoas, um fazendo com que o outro experimente algo… ele faz com que ela vá a uma estação de trem antes do primeiro trem partir, por exemplo, para que ela possa encontrar um pouco de paz e silêncio em Nova York, e é uma cena muito bonita! Ela devolve o favor então, o colocando para bancar a estátua viva ao lado de um conhecido dela, o que também é um momento muito legal! E eles compartilham momentos através do caderno, até que chegam a um momento bem importante: quando um quer saber sobre os natais passados do outro. Lily pede que Dash conte sobre seu melhor natal, porque mesmo ele, que não gosta de natal, deve ter um; e ele pede que ela conte sobre o seu pior natal.

Interessante como as coisas ficam íntimas aqui… esse parece um passo adiante, parece o momento em que eles e dão conta que gostam um do outro e não querem perder o que quer que estejam construindo juntos nesse momento. Dash conta sobre um natal quando ele era criança e os pais contaram para ele que ele teria dois natais, duas árvores, dois presentes, e ele ficou muito feliz, até entender que isso queria dizer que os pais estavam se separando; é o “melhor” natal de Dash, pelo menos o que ele escolheu como o melhor, mas é profundamente doloroso. Por isso, Lily não acha justo responder de qualquer maneira à pergunta sobre o seu pior natal, porque seria fácil dizer que era aquele, com os pais e o avô viajando e tal, e ela acaba sendo sincera e contando sobre o natal em que fez pulseiras da amizade para todos na escola e as pessoas jogaram fora.

AQUILO FOI TÃO CRUEL, INJUSTO E DOLOROSO.

Por isso, Dash resolve tirá-la de sua zona de conforto e desafiá-la a fazer algo que a ajude a extravasar… e ela precisava tanto daquilo. Alguns momentos do episódio nos mostraram como Dash já a conhece bem. Ele a envia para um show secreto de punk judeu, às 2h da manhã, que já é uma noção incrível repleta de referências a “Alice no País das Maravilhas”. Lily “desce pelo buraco do coelho”, e se encontra em um lugar que não é o que ela está acostumada a vivenciar e, por um minuto, achamos que ela não vai conseguir… quando tudo dá muito errado em questão de poucos segundos, Lily sai correndo para o banheiro e se tranca lá dentro e, curiosamente, esse é um dos momentos mais bonitos do episódio, porque quando está lá dentro, se perguntando se vai voltar lá para fora, ela vê um recado que Dash deixou para ela no espelho, falando para ela sair…

ELE JÁ A CONHECE TÃO BEM!

Então, Lily resolve sair: Dash a desafiou a isso e se ela estava disposta a seguir o desafio, ela precisa encará-lo. E o faz. Por um tempo, é uma das melhores coisas do mundo. Um discurso incrível sobre enfrentar a opressão, a Lily se soltando do jeito dela, até que ela seja a estrela da festa, dançando, sorrindo, se soltando e até ganhando uma coroa! Aquilo não poderia ser mais perfeito… mas acaba dando errado, no fim, quando um garoto que Lily conheceu na escola aparece só para mostrar que sempre foi e continua sendo um tremendo babaca, comentando sobre como “ela é esquisita”, o que foi totalmente desnecessário e brutal. Então, ele estraga a noite de Lily, porque ela não consegue “enfrentar seu opressor” e acaba saindo correndo, esquecendo-se, inclusive, de deixar o caderninho para trás… agora, como Dash vai conseguir encontrá-la?

Só tem um jeito: A BOTA VERMELHA QUE ELA PERDE.

Chegou o seu momento de ser a Cinderela.

 

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