Humans 3x03 – Episode 3


  
“I just want to live”
A cada episódio que passa, os humanos estão tomando posições mais desprezíveis em relação aos sintéticos de Olhos Verdes. Eu não estou apoiando Agnes, nem nada, porque ela é uma personagem que não me desce, e temo que ela vá virar uma Hester, mas a cada dia mais eu detesto as atitudes desses seres humanos terríveis. Vide as cenas com Mia! Enquanto isso, Laura está tentando convencer o Comissão Dryden a investir em synths, embora eles “não queiram gastar dinheiro com eles”. Acontece que, naturalmente, os synths seriam capazes de fazer avanços em pesquisas que humanos nunca conseguiram – poderiam, quiçá, encontrar curas de doenças e tudo! Aqui, o impasse é mais real: eles temem que eles usem esse investimento para criar uma arma biológica e acabar com o restante dos humanos, e não tem como dizer que isso NÃO aconteceria…
Se a Agnes estivesse no projeto, por exemplo!
Desse modo, “Humans” está se enchendo de uma discussão também política que faz muito sentido, e eu gosto da grandiosidade que a série assume. Laura está fazendo o que pode para descobrir algo sobre a “Operação Basewood”, e ela chega a sair para jantar com Neil em busca da informação, e ele conta a história de como seu filho morreu quando a sua babá synth lhe dava um banho… no entanto, eu não acredito em nada que sai da boca de Neil, não consigo confiar nele. Vendo que seus esforços são inúteis e seu votos solitários, Laura decide sair da Comissão Dryden, dizendo que sua participação ali é uma farsa e uma maneira de calá-la – afinal de contas, ela não tem VOZ. Além de não ter acesso a informações que outras pessoas têm, como Basewood. Nessa ameaça de deixar a Comissão, Laura consegue liberação para ter uma grande ideia: LEVÁ-LOS PARA CONHECER OS SYNTHS.
O acampamento synth, no entanto, não está no melhor dos momentos. Max é um líder questionável, e Agnes está preparada para começar um motim e se voltar, definitivamente, contra os humanos. O ápice é quando Max não deixa os quatro synths que Niska e Mia salvaram no episódio passado entrar, porque “não tem como saber se foi mesmo Mia quem os mandou”, e isso é um absurdo para Agnes: deixar os seus do lado de fora? Assim, Agnes usa isso para conseguir mais synths para apoiá-la, e a explosão dessa revolução é só uma questão de tempo. Agnes não está nada feliz com o fato de ter humanos “os visitando como se estivessem indo a um zoológico”, e a situação piora quando ela sai durante a noite e encontra os quatro sintéticos abandonados por Max mortos, do lado de fora. Agora, ela está determinada a se voltar contra ele.
Mia tem outros planos, e eu sofri bastante com ela. Ela anda entre os humanos com seus Olhos Verdes à mostra, com todos a encarando, ligando para a polícia, enquanto tenta alugar um flat, que quase não consegue , porque a polícia quer impedi-la. Ela, serena e forte, diz que “ainda não deu o horário do toque de recolher”, por isso nada a impede de estar na rua, e completa dizendo que é oficialmente propriedade de Laura, e ela pode ligar para ela se quiser – ADOREI a Laura dizendo que Mia pode alugar um flat se quiser. O seu plano é viver entre os humanos para provar que “humanos e sintéticos podem conviver em paz”, mas os humanos são intolerantes. A atitude babaca deles, a encarando, cuspindo onde ela passa, se amontoando na janela e na entrada da casa, sendo hostilizada na rua, com gritos e objetos jogados contra ela… aqueles humanos são desprezíveis.
Por que não são todos como Laura?
Leo (!) e Mattie, depois de serem mandados embora por Max, vão ao único lugar a que podem pensar em ir: A CASA DE LAURA. Eu gosto muito das cenas, cada vez mais apaixonado por Leo, mas muito me entristece ver que “essa recuperação inesperadamente rápida” vem acompanhada de peças que a memória lhe prega… além de não lembrar-se que Joe não mora mais com eles, por exemplo, em um momento ele até tem dificuldade para comer sozinho! Laura não tem certeza se Leo deve ficar ali na casa, mas acaba o aceitando quando Mattie insiste e promete que “vai ser só por alguns dias”. As cenas de Leo interagindo com a família são muito boas, com destaque para ele não querendo ler “A Pequena Sereia” para a Sophie, porque diz que “é muito sangrento”, e ela reclama que ele “está parecendo o Stanley”, que também não lê nada que envolva sangue para ela…
Outras cenas marcantes do Leo é quando Mia liga para Laura e ela passa o telefone para Leo. A conversa dos dois é bonita, embora rápida, e Leo quer saber onde Mia está, “porque ela não devia estar sozinha”, mas ela diz que precisa fazer isso sozinha. Mais tarde, Leo sai com Mattie, e então enfim as coisas se desenvolvem entre eles. Adorei como foram ao bar, como foram à escola, e como conversaram sinceramente, e Leo pediu que ela parasse de “se macular” e de se sentir culpada pela morte das 110.000 pessoas. Achei lindo como ela disse que não estava ao lado da cama dele esse tempo todo porque se sentia culpada, mas porque “temeu que ele não fosse mais acordar”. E é aí que ele se dá conta do que ela sente por ele, E A BEIJA. Foi um beijo de verdade, um beijo bonito, repleto de tensão sexual, bem como o momento em que ele tira a camisa e ela avalia sua cicatriz…
Fiquei feliz pelos dois.
Por fim, e essa é uma das histórias MAIS BONITAS dessa terceira temporada, garotos esbarram em Sam na rua e, quando a lente de contato cai de seu olho, Karen o leva depressa para dentro da vendinha de Joe, para consertar. Assim, agora que ele sabe o segredo e está se envolvendo mais do que inicialmente gostaria, Joe acaba mesmo se aproximando de Sam e de Karen. Adoro como ele vai à casa ensinar Sam a “fazer desenhos de criança” (e os comentários de Sam sobre como ele nem tentou usar perspectiva, e como o resultado é ingênuo e visualmente desagradável!), ou como o leva para passear, e aqui uma das cenas mais interessantes e TRISTES do episódio: quando Sam sai correndo atrás de uma bola e quase é atropelado, e enquanto Joe corre para salvá-lo, Karen congela. Sua programação não permite que ela se coloque deliberadamente em risco para salvar outra pessoa. Ela nunca poderá fazê-lo.
Como ela diz: “I can’t be a mother”.
E aquilo me doeu o coração, de verdade!

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