Star Trek: Discovery 1x14 – The War Without The War Within


“Say what you have to say, even if it’s goodbye”
De volta ao Universo Prime de “Star Trek”, retornamos à guerra da Frota Estelar contra o Império Klingon, e estamos com um pouco de atraso. Nove meses depois de cruzar para o Universo Espelho, eles retornam e descobrem um mundo que foi quase que inteiramente dominado por Klingons, e a Guerra parece perdida. As consequências da viagem, além de não ter permitido que a USS Discovery ajudasse nesses meses todos de luta, também incluem a chegada da Imperatriz Philippa Georgiou, o que vai movimentar o lado de cá da Federação e da Guerra. Inicialmente, ninguém sabe o que fazer com ela, depois que ela chama Saru de “escravo” e diz algumas atrocidades, mas depois de um tempo curto de confinamento, a Imperatriz já está começando a jogar, e isso realmente me preocupa, embora não vou negar que a finalização do episódio foi eletrizante!
A USS Discovery recebe a visita de Katrina e Sarek, que pretende verificar a sua identidade, porque não é possível mentir a Sarek. Outra USS Discovery foi destruída há nove meses por forças Klingon, provavelmente a Discovery do Universo Espelho, que deve ter trocado de lugar com eles no momento do salto. Sabendo da integridade da USS Discovery e sua tripulação, eles são informados a respeito das informações da Guerra (com alguns detalhes bem específicos, devo dizer), e eles são instruídos a manter a informação do “universo paralelo” em segredo, o que fez muito sentido. Mas o desespero toma conta quando eles tentam chegar à Base Estelar 1, o último santuário, e o descobrem destruído e tomado por Klingons, com os 80.000 membros da Federação que ali se escondiam agora todos mortos. É um desesperador sentimento de guerra perdida.
L’Rell diz a Saru que não há muito a ser feito, os Klingons “provaram seu sangue” e não vão parar. “Our deaths, their sport”. A única maneira é se os klingons forem mesmo detidos, e Michael vai em busca de Philippa Georgiou para perguntar-lhe como ela destruiu o Império Klingon, e ela dá uma dica que é colocada em prática: ATACAR O PLANETA NATAL DELES. A ideia é atacar Qo’noS, suas bases militares e desestabilizá-los, forçando-os a recuar. O plano também inclui uma mapeação de dentro para fora, através dos inúmeros vulcões e cavernas que cobrem quase toda a superfície do planeta. A ideia é que, assim, seja mais difícil de serem detectados. Tudo parece um plano bastante arriscado e repleto de pequenos detalhes ainda não pensados até o fim, mas é o único plano que eles têm, e não é um plano ruim. Agora, Stamets tem que fazer a sua parte…
Enquanto isso, também temos um desenvolvimento bacana para o personagem de Ash Tyler/Voq, e eu estou sofrendo por causa disso tudo. Gosto de como Saru é um excelente e justo Capitão, e de como está disposto a fazer o possível para salvar Tyler, mas Michael não quer ajudar. Ouvi-lo falar, no entanto, me faz acreditar nele, tão destruído ele está. Cenas como o seu pedido de desculpas a Stamets e as reações da tripulação à sua entrada no refeitório são de partir o coração, felizmente temos a fofa da Tilly, que é a primeira a ir sentar-se com ele e, mais tarde, a que convence Michael a ir falar com ele: “Say what you have to say, even if it’s goodbye”. A cena de Michael falando com Tyler é forte e triste, porque ela está distante, recuando, tentando acabar com isso tudo, e ambos sofrem. Quando ele diz que ela é o motivo do plano de Voq não ter funcionado e uma lágrima escorre de seu rosto…
Doloroso.
Não sei o que será de Ash Tyler, mas parte de mim pensa que, talvez, ele ainda vá ter um momento heroico em que se sacrificará em defesa de Michael, e eu espero estar errado, pois quero vê-lo na próxima temporada. No momento de “Star Trek: Discovery”, partimos para um plano dificílimo que pode gerar mortes. Cabe a Stamets cultivar depressa esporos para o salto até Qo’noS, e ele o faz através da terraformação de um satélite, em uma cena muito bonita e repleta de esperança. Mas então, seguindo esse clima de quase júbilo, temos um momento REPLETO DE TENSÃO. Para conduzir o salto e o mapeamento de Qo’Nos, Philippa Georgiou é trazida até a ponte, como CAPITÃ, como se fosse a Philippa Georgiou desse universo mesmo. Aquilo me arrepiou e me amedrontou. A frieza e dissimulação em seu olhar de quem tem seus próprios planos ocultos.
Motim?

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