Smash 1x04 – The Cost of Art

“I just haven’t met you yet”

Eu não acho que a escalação de Ivy como Marilyn tenha sido injusta (ela tem experiência de 10 anos na Broadway, muito talento, se dedicou em estudar a personagem, e tem toda uma vibe Marilyn Monroe), mas eu só consigo defendê-la até certo ponto… ela bancando a diva nesse episódio contra a Karen e fazendo isso tudo com um sorriso no rosto como se “não fosse nada demais” foi bem difícil. “The Cost of Art” traz, finalmente, o início do workshop em “Marilyn, the Musical” (como é chamado até então), mas ainda há tanto a ser trabalhado no musical… como o próprio Derek comenta: dali até a Broadway é um longo caminho! Julia precisa trabalhar no roteiro do musical, por exemplo, e Eileen precisa encontrar uma maneira de conseguir os 200 mil dólares dos quais precisa para fazer com que o workshop aconteça, e seu plano inicial não está funcionando.

Os primeiros ensaios são infernais para Karen Cartwright. Ela de fato está se “sobressaindo” enquanto canta e dança, sem conseguir “se misturar ao ensemble”, mas ninguém parece disposto a explicar isso para ela de uma maneira decente… todos parecem estar do lado de Ivy Lynn, a grande estrela que chega recebida com aplausos, e, graças à insegurança que vem apresentando desde o episódio anterior, está disposta a infernizar Karen. Ivy não fica nada feliz quando e vê Karen no grupo, já que “ninguém a avisou que ela estaria ali”, então ela solta um primeiro comentário ácido e desnecessário a respeito de como “foi ela quem ganhou o papel”, e depois parece fazer de tudo para que Karen perca o emprego… e ela tem a ajuda dos seus minions. É bastante revoltante assistir à Karen sendo jogada para o fundo ou retirada de números.

Como eu disse, Karen está mesmo se sobressaindo e precisa aprender a se misturar ao ensemble – mas ninguém tinha tentado ensinar isso para ela ainda. Então, quando ela sai furiosa depois de ser retirada do ensaio de “History is Made at Night”, uma das amiguinhas da Ivy vem falar com ela e ela desabafa com toda a sinceridade possível, sobre como eles também já foram iniciantes e sobre como ela também tem talento e só está tentando fazer sua parte, como todos eles, então a garota resolve ajudá-la… tanto que convoca a ajuda de mais dois colegas de elenco e, preciso dizer: foi uma reviravolta inesperada e muito bem-vinda. Partimos de cenas revoltantes em que Karen é tratada feito lixo para cenas bastante interessantes nas quais alguns colegas de fato resolvem ajudá-la, a ensinando como se vestir para os ensaios, por exemplo, e como “se misturar”.

Foi uma DELÍCIA acompanhar toda a sequência de cenas de Karen e os novos “amigos” invadindo a casa dela para uma “intervenção” – e eu sempre fico encantado assistindo ao Wes Taylor em cena, porque eu gosto muito dele desde que ele fez o Lucas Beineke em “The Addams Family”. No fim, eles bebem, eles conversam, eles se divertem, e o pessoal já acostumado ao ensemble explica para Karen o que ela está fazendo errado… e, melhor do que isso, a “treinam” para que ela possa fazer certo! Talvez o retorno de Karen aos workshops de “Marilyn, the Musical” não sejam mais tão angustiantes quanto os primeiros! Destaco a cena de “Rumour Has It”, que é o grande “teste” de Karen para ver se ela consegue se misturar com seus colegas de elenco… ela chega a “brilhar demais” no fim da apresentação, sim, mas ela se sai muito bem… e a energia é tão gostosa!

Amo a Karen! E amei essa amizade inesperada!

Enquanto isso, quando Eileen descobre que só tem acesso a 8 dos 200 mil dólares de que precisa para montar o musical, ela busca alternativas… alternativas como vender um quadro que tem em seu escritório e do qual gosta bastante, mas que acaba nem sendo tão viável, já que o quadro, que poderia lhe render até 400 mil dólares em um leilão, está no nome de Jerry. Surpreendentemente, a “oportunidade” aparece graças a Lyle West, um adolescente astro da televisão que está na cidade, de aniversário, e para quem Derek Wills está dando uma festa… esse é o grande evento do episódio, e sabemos que, no fim, Lyle West pode ser a salvação do musical – afinal de contas, ele tem algumas relações bacanas com várias pessoas envolvidas em “Marilyn, the Musical”: ele foi “descoberto” por Derek e Tom, por exemplo, e já trabalhou com Eileen…

Existe gratidão envolvida.

Lyle West é interpretado por Nick Jonas (que tinha 19 anos na época, interpretando um personagem de 15), e é muito fácil se encantar por ele… até porque o Nick era o crush de muita gente naquela época, e ouvi-lo cantar “Haven’t Met You Yet”, do Michael Bublé, ainda é de arrepiar… eu adoro a música original, e a versão do Nick funciona muito bem! Lyle West é um grande astro da televisão, que ganhou 80 milhões de dólares pela última série que fez (!), então, quando Julia convida Eileen para a festa “para se distrair um pouco de sua frustração”, a produtora percebe que ir a essa festa não é apenas uma “distração”… mas é uma oportunidade de trabalhar e, quem sabe, conseguir o dinheiro de que precisa. E eu gosto muito de ver a Eileen conversando com o Lyle, e como eles de fato lidam de negócios – não é uma doação nem nada, é um investimento, e que envolve o quadro que ela pretendia vender!

A cena é bacana, mas Lyle, todo metido a “gente grande”, diz que precisa saber se o musical é mesmo bom antes de investir nele… então, Eileen convoca toda a ajuda que puder conseguir (de Michael Swift, Julia e Tom, por exemplo) para que eles façam um número de “Marilyn, the Musical” naquela festa de aniversário, e é assim que Ivy vem à frente para cantar a música na qual eles estão atualmente trabalhando no workshop: “I Never Met a Wolf Who Didn’t Love to Howl” – e é, certamente, um evento. A festa traz alguns momentos pessoais importantes: temos Julia e Michael compartilhando momentos quase românticos, mostrando que ainda existe sentimento entre eles; temos o Tom impressionando o seu date que foi conseguido pela mãe (!); e temos a Ivy se decepcionando com o Derek porque ele estava flertando com outra mulher na festa.

“Smash” tem muitas histórias que passam pela montagem do musical. E eu adoro isso!

 

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