Rei Arthur: A Lenda da Espada (King Arthur: Legend of the Sword, 2017)


From nothing comes a king.
REI ARTHUR de uma maneira que você NUNCA VIU! “A Lenda da Espada”, novo filme de um dos personagens mais famosos e amados da história, traz a origem do famoso Rei Arthur que conhecemos, detentor da Excalibur. Trabalhando com muitas referências e um visual escuro, mas impactante, eu gostei muito da maneira como a história foi contada, diferente do que eu esperava – temos um estilo diacrônico perpassando o filme todo, com um
épico bem representado na trama e na fotografia, mas que não se reflete nem nos diálogos nem na interessante trilha sonora que moderniza o gênero. Assim, temos sequências como a em que vemos Arthur crescer em um bordel, em ágeis cenas de ação, que se sucedem depressa em uma música claramente atual. Me pareceu, inclusive, EXCESSIVAMENTE com uma cena de Sherlock Holmes.
As sequências de ação, também impactantes, são a marca do filme.
Na história, conhecemos um mundo atacado por Mordred, que ainda não é o responsável pela morte de Arthur, mas talvez pudesse vir a ser caso a franquia continuasse como era o plano inicial dos produtores. Mordred, um poderoso mago, virou-se contra aqueles com quem sempre viveram em harmonia (é só graças a Merlin que Uther tem o Poder da Espada, por exemplo!), e levantou das profundezas criaturas gigantescas do mal para um ataque à última resistência: CAMELOT. Esse é o primeiro momento do filme, quando conhecemos Vortigern matando sua esposa por poder (saudades da Morgana de Merlin!) e então lutando contra o poderoso Uther, que tem algumas das cenas mais apaixonantes do longa, isso tudo nos primeiros segundos. E o pequeno Arthur vê a mãe e o pai morrer, bem na sua frente.
Depois, ele cresce em um bordel.
Assim, em Rei Arthur: A Lenda da Espada, Arthur não sabe de sua ascendência, e ele “trabalha” roubando para ajudar aos demais, numa espécie meio Robin Hood, enquanto cultiva sua personalidade forte e debochada – as coisas mudam quando ele é obrigado a tentar tirar a Excalibur da pedra, como todos os demais, mas diferente deles, ELE CONSEGUE. Tocar a espada com as duas mãos, retirá-la da pedra e sentir todo o seu poder lhe leva de volta às coisas que viu na infância, quando o pai lutava com a Espada contra Vortigern, convertido em uma espécie de monstro demoníaco, enquanto fazia o sacrifício final para que ele, jamais, tivesse o poder da Excalibur. Apenas um Pendragon o teria. Por isso, Arthur consegue retirar a Espada, mas logo em seguida desmaia, sobrecarregado, e é preso e levado para a sua execução.
Que é uma FENOMENAL em que a Maga o salva.
Dali em diante o filme é uma grande jornada repleta de ação. Arthur precisa aprender a LUTAR com a Excalibur, parar de rejeitá-la, e enfim liderar uma revolta contra o tirano Rei Vortigern, reavendo o SEU POVO. Eu gostei particularmente de Blue, o garotinho que perde o pai quando não consegue mais sustentar uma mentira que estava indo muito bem, e a Maga tem alguns truques bem interessantes. E meio apavorantes, de vez em quando… mas Arthur tem cenas ótimas quando está em uma jornada solitária para descobrir o que a Espada quer lhe mostrar e, mais tarde, quando vai enfim até a sua batalha final contra o Rei Vortigern, na qual aquela cobra gigante ataca, depois que Vortigern acidentalmente “coloca a Excalibur dentro da pedra novamente”. E Arthur, Futuro Rei, precisa ENTENDER qual é o papel esperado dele nessa jornada toda.
Porque ele tenta desistir. Em algum momento ele joga a Espada de volta ao lado, na tentativa de livrar-se do fardo, mas é confrontado com a possibilidade de futuro que Vortigern causará à Inglaterra e, como o único que pode deter o tio, ele retorna para a grande luta, e para salvar Blue e a Maga. Quando as coisas começam a sair de controle, para todo mundo, o Rei Vortigern sacrifica a sua única filha a fim de poder para lutar contra o sobrinho, tornando-se mais uma vez o Cavaleiro Demoníaco que matou Uther tantos anos atrás… e eles lutam em um lugar totalmente diferente e inescapável. A grande sequência de ação foi bem filmada, acredito eu. Um pouco diferente do que você espera do épico “Rei Arthur”, e se assemelhava bastante a uma batalha de videogame, reconheço isso, mas eu achei os slow motions bem interessantes, na verdade!
Gostei da maneira mística como as coisas aconteceram no filme – Rei Arthur sempre foi embasado em muita magia para contar uma história bonita de justiça e poder. Vortigern, nesse caso, representa a ambição humana e até onde alguém pode ir por pura vontade de poder, enquanto Arthur é a representação da justiça, e é um rei eternamente admirado por tudo o que fez pela Inglaterra – TÃO admirado que muita gente acredita que o Rei Arthur de fato existiu. O misticismo de que falo, além de Merlin ou a Maga, é presente na maneira como cenas conclusivas são apresentadas, como o desfecho da batalha de Arthur e Vortigern. Arthur está perdendo, mas retorna ao momento em que o pai se transformou em pedra e levou a Espada ao fundo do lago para não permitir que Vortigern a tivesse. Então ele segura a Espada ANTES que ela atinja o pai, permitindo que Uther lhe conceda permissão para usá-la.
Então ele destrói Vortigern.
O final do filme é ótimo, e eu queria continuar um pouco mais dali, para ver como eles tratariam os próximos assuntos. A Távola Redonda, agora começando a ser construída, estava absolutamente LINDA. Queria tanto vê-la completa! A maneira como o Rei Arthur impera e mostra seu poder de justiça pela primeira vez é um máximo, desfazendo o acordo com os Vikings, e eles nem pensam muito em discordar. Arthur é convincente. Blue traz a coroa de Uther para Arthur, que finalmente é chamado de REI ARTHUR, e ele também torna seus amigos nos primeiros Cavaleiros da Távola Redonda, como o Sir Percival. A Inglaterra está prestes a conhecer uma nova era, e eu gostaria sim de ver como essa versão do Rei Arthur prosseguiria na trama. E havia planos para isso acontecer realmente, mas não sei se sairão do papel.
Acontece que o filme foi inicialmente pensado para uma franquia de SEIS FILMES. O primeiro, Rei Arthur: A Lenda da Espada, acredito eu, antecederia um provável Rei Arthur: A Távola Redonda. No entanto, tendo em vista que os comentários da crítica foram, em geral, muito negativos, e a bilheteria também foi ruim, causando prejuízo, é quase seguro dizer que não veremos prosseguimento da franquia nos cinemas… infelizmente. Como eu disse, gostei bastante do filme, embora diferente do que tudo o que esperava. É uma nova versão diacrônica do Rei Arthur. Épico e escuro, mas modernizado pela trilha sonora, pelos diálogos e pela própria personalidade do personagem principal. E como se espera do “Rei Arthur”, suscita perguntas e análises a respeito das terríveis possibilidades humanas de buscar o poder a qualquer custo, Vortigern representou bem isso.
Sinceramente… eu queria continuar e ver mais do Mordred!

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Comentários

  1. Não assisti... mas, É CHARLIE HUNNAM meus amigos! Isso basta ♥
    HAHAHAHAHA

    beijãozão :*

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    Respostas
    1. KKKK Entendi! :D Mas o filme está ótimo... esse ano ainda tem "Z - A Cidade Perdida" com ele que eu estou bem curioso! :P

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  2. SIM! E Robert Pattinson....
    os elencos ultimamente estão ótimos hahaha

    Assistirei Rei Arthur :)

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  3. Está no meu top 5 filmes favoritos. Superou as minhas expectativas, o ritmo da historia nos captura a todo o momento. Alguns filme ação Guy Ritchie geraram polêmica ou receberam bastante crítica e verdadeiros êxitos, acho que a chave é o profissionalismo que tem e além de cuidar de cada detalhe. O filme tem uma direção incrível, narrado de uma forma bem humorada e divertida. Apesar de ser uma história clássica tem muitos toques contemporâneos.

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