REBELDE – Primeira Temporada (Parte 5)


“E graças a você eu descobri o que é o amor”
Essa divisão está baseada nos DVDs da novela que foram lançados em 2005. A Parte 5 equivale ao Disco 3, Lado A. Essa parte da novela é bastante importante e tão cheia de acontecimentos que eu fiz uma montanha de anotações sobre eventos a serem comentados. O que vale ressaltar é que eu me diverti muito – me diverti com alguns dramas tão deliciosos (como “Me mataram! Eu respiro, mas sinto que estou morta!”) que são frases inteligentes e exageradas que, confesso, se incorporaram tão verdadeiramente em minha vida que às vezes eu me pego falando exatamente como o personagem de uma novela mexicana. Olha aí o motivo. Na Parte 5 da trama (e pensando que a Parte 6 tem apenas uns 50 minutos), as coisas começam a se desenrolar, temos alguns fechamentos importantes para tramas grandes da temporada como o desejo de Miguel Arango por vingança contra Franco Colucci, o responsável pela morte de seu pai. Supostamente. As cartas são todas colocadas na mesa e exploradas, e é claro que a emoção, a tensão e o suspense funcionam de forma intensa, proporcionando algumas das melhores cenas da novela toda.
Mas vamos com calma.
Comecemos falando do Professor Henrique – quando tentam demiti-lo da escola, e tanto ele quanto os alunos apresentam resistência contra a decisão, algumas verdades dolorosas são jogadas de forma irresponsável: “Sabem porque o Professor Henrique não pode voltar para onde veio? Não pode voltar porque ele é um assassino!” Com a assustadora verdade de que o Professor Henrique está sendo acusado de assassinato, ele deixa a sala… felizmente ele convoca uma reunião com os alunos que tanto ama para contar toda a história como foi. E ele conta, emocionalmente. Como Valentina, sua mulher, queria conhecer a neve, e ele levou ela e seu filho, num dia de chuva, num caminho cheio de curvas, e então o motorista bêbado de um caminhão bate neles e faz com que eles morram. Lupita tenta dizer que ele não fez nada de mal, o Miguel diz “Foi só um acidente, você não é um assassino”, Roberta completa com “Não tem culpa de nada, essas coisas acontecem”, mas o que é forte é o sentimento…
Quer dizer, Henrique sente uma culpa irrevogável, como se ele fosse mesmo o assassino de sua família, e ver sua dor enquanto chora desesperadamente é angustiante. Um trama profundo do qual ele mal conseguiu sair – ele não pode aceitar que perdeu a família. “Todo dia eu acordo procurando uma razão para me levantar. E essa razão são vocês, garotos” – uma das falas mais LINDAS de toda a novela! Podendo, enfim, ficar na escola, o Professor Henrique volta a suas missões de ajudar os alunos, um dos personagens mais sensatos da trama, e uma de suas primeiras ações é impedir que o Giovanni deixe o Elite Way School, e ele não fica como aluno, fica para trabalhar na lanchonete… e é sensacional! E quando o Giovanni é oficialmente readmitido na escola, como um aluno, é um máximo vê-lo de volta, ver a alegria dos colegas comemorando, ver a alegria dele… eu gosto muito dele, acho ele um fofo, e é um máximo vê-lo retornando um pouco mudado, com o seu cabelo brilhando em um laranja chamativo.
Que adoramos.
Enquanto isso tudo acontece, Roberta tem umas cenas bonitas e verdadeiras com a mãe, colocando para fora um pouco de seus sentimentos – ela fala sobre como é difícil ser sua filha, como sempre diz que “ela faz tudo errado” porque precisa disso para não se sentir uma perdedora e assim por diante, e Alma luta bravamente para mantê-la animada, garantindo o quanto ela é bonita e inteligente, e um máximo, mesmo que Roberta ache que ninguém nunca vai olhar pra ela: “Olha pra mim. Ao seu lado eu sou uma garotinha de jardim. […] Quem vai olhar pra mim?”, e Roberta desabafa sobre como sua mãe é linda, como Mia também é linda e ainda por cima é amiga dela, então ela não tem chance nenhuma, e chora, em desespero… ali temos um dos maiores dramas da novela (e desculpem-me a maldade, mas eu ri – talvez porque me reconheci), quando Alma diz que se ela é a causa de sua infelicidade, então está disposta a fazer o sacrifício de partir e ficar tão longe que ela não vai nunca mais saber nada dela…
México <3
Roberta, para impedir que isso aconteça, aparece vestida provocantemente de Alma Rey, pega o microfone na frente de toda a imprensa e começa a falar da mãe. Sobre como elas brigam, sobre como a relação delas é de cão e gato, mas independente de qualquer coisa ela a ama demais e de verdade. Primeiro, ela lhe agradece por tudo, por amá-la sempre. Depois, ela implora (e a chama de mãezinha) para que Alma Rey não vá embora. E é um lindo discurso. Logo depois Roberta aceita uma festa de aniversário da mãe, mas só porque a Alma estava ajudando a Mia Colucci a preparar a sua própria festa de aniversário, e é claro que a Roberta não ia aceitar ser deixada de lado desse jeito. Então ela também quer uma festa e pronto. “Se o destino quis que vocês nascessem no mesmo dia, a festa deve ser também no mesmo dia”. Mas vamos falar da festa de 17 anos mais tarde, mas envolve, desde o momento em que a ideia é concebida, provocações do tipo “Você não tem amigas, Mia, você tem uma multidão de gente burra que te segue a vida toda”.
Ouch.
Mas vamos entrar em outra trama antes… ROBERTA e DIEGO. A corrida de Diego, que Roberta anunciou na viagem ao Canadá, se aproxima, e Fagundes sabota o carro de Diego, logo depois de Simon exigir mais dinheiro para que possa deixar o Diego ganhar e uma confusão toda… resultado, Diego sofre um acidente leve (“Não tem freio! Não tem freio! Não! Socorro!”) que só o leva a acreditar que o carro foi sabotado por Simon, então ele e Roberta organizam, juntos, uma maneira de se vingar dele. Para isso, Roberta [subitamente de cabelo vermelho, e é uma transformação LINDA] e Diego destroem completamente o carro de Simon como uma maneira de se vingar dele e é um pouco desesperador, especialmente porque não foi ele – por mais babaca que ele seja. O carro é amassado, completamente destruído, enquanto Diego vibra e Roberta se sente culpada porque Fagundes acabou de confessar, no telefone, que foi ele quem cortou os freios do carro de Diego… então, o que fazer? Como lidar com a culpa?
No entanto, nem é nada disso que importa.
É o Diego “sem memória”.
Porque Diego e Simon têm uma briga breve, Diego cai no chão e bate a cabeça, depois disso, supostamente, ele tem perda de memória seletiva. Ela brinca com ele, com o seu senso de humor característico, pergunta a cor de sua cueca, e Diego finge que NÃO se lembra mesmo de quem ela é – e ele faz isso de forma tão séria que quase me convence. Daí a Roberta fica preocupada, Diego diz que precisa de carinho e atenção, uma coisa só… pelo menos é fofo porque ele dá flores pra ela, sorri de uma forma bem fofa, é romântico, apaixonado… talvez fosse uma tentativa do Diego de recomeçar, ser fofo e carinhoso sem ser zoado pela Roberta; talvez fosse mesmo só a aposta do Tomás. Talvez fosse uma confusa mescla de ambos. E Roberta sofre muito por isso, se sentindo enganada e traída, porque ela estava tão feliz com um romance bonito com o Diego – ela até pede para a Alma tirá-la da escola, que bom que isso não é levado adiante! E o Diego insiste, e o Diego tenta e o Diego acaba sendo um fofo…
“Vamos começar do zero. Eu preciso de você”
É triste. É muito triste e eu confesso que eu gosto mais do casal de Diego e Roberta. Porque é muito natural e muito bonitinho. Eu confio no Diego nessa passagem toda. Confio de verdade. Como ele diz que começou por causa da aposta, mas foi só porque ele não tinha coragem de dizer o que sentia. Ele se declarou de forma fofa, disse que estava apaixonado… e doeu. Então chega a FESTA DE ANIVERSÁRIO. De Mia e Roberta. “Uma é enérgica e impulsiva como o vento. A outra é atraente e sedutora como uma noite de verão. Juntas são a força e a paixão da juventude!” A entra da de Mia é bonita, mas a Roberta descendo do teto é INIGUALÁVEL. Eu era o reflexo embasbacado do Diego assistindo àquilo. Gostei da festa, gostei da Roberta dançando com o Henrique, a Mia com o Franco, daí o Nico jogando o Miguel no palco para dançar com a Mia e tal… mas com o Diego… com o Diego foi diferente, porque foi iniciativa DELE. Ninguém o instruiu, ninguém o jogou no palco. Simplesmente ele subiu e quis dançar com a Roberta.
Apaixonado.
Disposto a mostrar isso.
Verdadeiramente disposto a viver esse amor.
Fico muito triste, de forma controversa. Porque eu estou feliz por ver o Diego apaixonado, ver o Diego insistente tentando, porque a Roberta o ama. Mas ela não o beija. Ela se fecha, com certa razão, mas o casal separado me machuca. Eu estava tenso assistindo às cenas da festa. E meu coração foi jogado no chão e pisoteado. Totalmente. Porque o Simon pede a Roberta em namoro, ela está emotiva, quase chorando, o Diego está assistindo a tudo escondido, angustiado. Diz que sofreu muito por Diego, e ela ainda está muito machucada – mas quando ela diz que nunca vai poder perdoá-lo e Simon pede uma chance, ela acaba aceitando. Ele a beija e é dolorosamente que Diego assiste, chorando, se encolhendo, meio masoquista porque escolhe assistir até o fim. E você só sofre mais a cada minuto, como quando ela tira o anel que Diego lhe deu e joga no chão. A carinha dele é triste, de desilusão, e senta no chão, com o anel jogado fora, com a mão na cabeça, chorando no mais puro desespero.
Agora vai lá, Diego, faça ALGO para reconquistar a Roberta.
Estamos esperando.
Mia, bêbada, também beija o Miguel, apesar de qualquer coisa. Vai entender esses 2!
Diego tenta. Ainda não foi o suficiente, mas eu não posso dizer que ele não tentou. Tentou mais que todo mundo. Ele foi atrás de Roberta, assumindo uma identidade fofa e apaixonada, um verdadeiro amor, e diz coisas lindas a Roberta. Diz que sabe que foi um estúpido, mas a ama e precisa dela – e quando ele se aproxima para um beijo, é uma tensão tão grande que é palpável! “E graças a você eu descobri o que é o amor. Eu me apaixonei por você”. Ele diz as coisas certas. Como sabe que a machucou, pede perdão, e eu sinto a Roberta quase sucumbindo, mas ela ainda não está preparada, com medo de se machucar novamente. “Roberta, eu sei que me ama. Eu conheço esse olhar. Me perdoa. Quer voltar comigo?” Mas o suspense fica no ar, a resposta fica para mais tarde. Eles quase se beijam, mas a audiência é brutalmente privada de um beijo apaixonado do casal. Ela vai embora, diz que não vai responder naquele momento, talvez no dia seguinte, sei lá… e você só fica esperando esse dia chegar!
Precisamos falar de Josy. Josy tem uma trama forte e muito triste, com toda a questão de ter um tutor misterioso que desconhecemos e o fato de o Gastão ser um imbecil grosso com ela, sempre insistindo em machucá-la. “Quem se importa se é um tutor real ou falso, ele se importa tão pouco com você que nem dá as caras”. Gastão é um verdadeiro ogro com a Josy, chamando ela de estúpida (quando explode toda a coisa do “tutor” dela ser um tutor falso) e dizendo que ninguém a ama e nem nunca a amou. É muito triste vê-la reagir a essas palavras amargas e terríveis, e nós nos enchemos de perguntas, como qual é a identidade do tutor real e qual é a relação dela com Gastão, porque ele a odeia tanto e a trata dessa maneira. Bem, pelo menos o Miguel aproveita a oportunidade para bater no Gastão, e a verdade é que ele bem que queria fazer isso desde que ele começou a sair com a Mia… foi bem merecido. E vocês se lembram daquelas cenas bem macabras do Miguel e da Mia seguindo o Gastão, encontrando-o naquele bar/cassino de apostas, onde o conhecemos como “O Cobra” no meio de uma queda de braços?
Gastão ainda tem uma participação bem grande nos desastres futuros.
Como quando conta a Mia sobre a vingança de Miguel… mas falo disso no próximo texto!

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