Doctor Who 10x03 – Thin Ice


“It’s just time travel. Don’t overthink it”
Já tivemos um episódio similar logo que Amy Pond começou a viajar na TARDIS com o Eleventh Doctor… dessa vez, o Doctor e Bill Potts são levados, pela TARDIS, para Londres em 1814 – procurando confusão. “1814? Melanin. Slavery is still totally a thing”. Eu gosto muito desse tipo de episódio, ambientado no passado, porque os figurinos são sempre lindíssimos e conseguimos ter discussões bacanas que geram frases avassaladoras como “So is Jesus. History is a whitewash” e dúvidas bacanas, como quando Bill pergunta sobre as regras da viagem ao passado, e as possíveis consequências, caso ela pise em uma borboleta, por exemplo (na verdade, Martha já fez essa mesma pergunta ao Tenth Doctor!), e o Twelfth Doctor responde isso da maneira MAIS GENIAL possível, o que já ajudou a ditar o tom do episódio, e mostrar que eu o amaria:

“That's what happened to Pete. […] Your friend, Pete. He was standing there a moment ago, but he stepped on a butterfly and now you don't even remember him”

Não me surpreenderia se, em algum momento, SURGISSE MESMO UM PETE!
O Doctor e Bill estão em uma Feira sobre o Tâmisa Congelado em Londres, 1814. É um máximo. Apresentações incríveis, comidas loucas, falas divertidas do Doctor (“In theory… I could steal anything in theory”) e a Bill aproveitando cada instante. Até que entendamos que nem tudo é “mágico” e “bom” naquele lugar, quando vemos as LUZES sob o rio congelado. O quão amedrontadoras as luzes podem ser aparece quando um garotinho, Spider, rouba a chave de fenda sônica do Doctor e foge… mas então as luzes o cercam, até o consumirem totalmente. O Doctor recupera a chave de fenda sônica, mas Bill não está preparada para simplesmente esquecer que acabou de ver um garotinho morrendo… o choque e tristeza de Bill me lembrou muito alguns episódios do Doctor com Donna, como quando ela conheceu os Oods.
Aquilo é tocante!
Mas ver o garotinho ser consumido pesou em Bill, e sua expressão muda totalmente. É mais traumatizante que “Smile”, para ela. Ela está assustada, chocada, potencialmente traumatizada, e inconformada com a falta de horror na expressão do Doctor – “Have you ever killed anyone?” Mas como sempre soubemos: o Doctor PRECISA ter alguém com ele. Ele é um alien BOM, mas ter alguém como Bill ao seu lado ativa sua humanidade… ele se torna um alien MELHOR AINDA. Assim, ela o convence a “fazer alguma coisa”, e eles se juntam às crianças para tentar resolver o problema, e o plano do Doctor, bem “inteligente”, é colocar umas roupas de mergulho, atrair a criatura sob o Tâmisa, e ser comido por ela. Simples assim… e então as coisas se transformam. Porque num momento emotivo sem falas, eles CONHECEM a criatura e percebem o seu SOFRIMENTO.
Aquela criatura precisa ser SALVA.
Bem, dali em diante a história se desenvolve em uma ação divertida e um pouco revoltante, em alguns momentos, com uso do “psychic paper”, que eu AMO, e um encontro com o racista Lord Sutcliffe (“That was pretty convincing racism for an extraterrestrial”), que leva um soco na cara do Doctor, quando ele é grosseiro com Bill – E FOI LINDO! Com um humano que desconhece a “humanidade” aprisionando uma criatura para poder transformar PESSOAS em COMBUSTÍVEL, o Doctor e Bill estão completamente perdidos, e presos, com a Bill divertidamente gritando “HEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEELP!” (o que eu amei), enquanto o Doctor tem um plano genial (e um pouco cruel, mas necessário) com a chave de fenda sônica, que conseguiu libertá-los. Agora, só restava uma última decisão: SALVAR A CRIATURA OU NÃO?
Quem dava as ordens era Bill…
…e ela decidiu salvar as criaturas, e enfrentar os riscos.
Foi MUITO BONITO. Enquanto o Doctor se prepara para explodir, Bill ajuda a evacuar a Feira, e então a IMENSA criatura é, finalmente, libertada, e é maravilhoso – a expressão chocada e apaixonada de Bill é impactante. Por fim, eles ainda ajudam as crianças da rua, e aquilo foi lindo! De volta ao presente (adorei eles chegando ao escritório e o Nardole entrando com o chá que saiu para fazer no início do episódio passado), Bill quer saber se alguma coisa mudou no passado, e embora não tenha nada na internet sobre um “monstro gigante no Tâmisa em 1814”, tem uma matéria de jornal sobre Perry, o “herdeiro de Sutcliffe”, e isso significa que eles FIZERAM A DIFERENÇA! “You did. You gave the order… boss”. Foi lindo. Enquanto isso, Nardole critica o Doctor por sair e, consequentemente, “quebrar sua promessa”, a de guardar o cofre.
Há VIDA dentro do cofre. Batendo para sair…
…seria o Mestre, quem sabe? Qual de suas versões?
John Simm ou Michelle Gomez?

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