Supernatural 8x04 – Bitten

Privei-me totalmente de ver qualquer comentário acerca do episódio na internet, então estou realmente por fora de qual é a opinião geral desse 8x04, mas fiz isso para que pudesse escrever sobre o que eu achei sem nenhum tipo de influência: EU AMEI O EPISÓDIO! Acho que entra para a minha lista de episódios preferidos de Supernatural e faz tempo que não gosto tanto de um episódio quanto gostei desse… a história foi interessante (com algumas ressalvas) e bem contada…

Acho que o grande trunfo do episódio foi tirar Sam e Dean quase que completamente da trama. O que proporcionou um episódio inteirinho sem os dramas irritantes de sempre, os climas pesados e cobranças… mesmo sem o processo de investigação dos dois, já tão batido que não é mais tão interessante assim ver. Quase totalmente livre dos Winchester, o episódio precisou de novos protagonistas, e o roteiro nos apresentou a Michael, Brian e Kate. Essa última, por sinal, que espero rever um dia.

O episódio é contado de maneira totalmente diferente. Não digo inovadora, porque o estilo documentário amador também não é nenhuma novidade nos últimos anos, mas é diferente de qualquer coisa que Supernatural já tenha feito. Mesmo que a cena da lanchonete, em que conhecemos Kate, tenha me dado uma sensação absurda de dejávù… juro que queria me lembrar se a série já fez algo parecido desse jeito, ou se quem sabe feiticeiros estavam viajando no tempo, ou a Matrix sendo atualizada…

Contando do ponto de vista de um dos monstros (que apesar do nome lembrar depressa os vampiros, é centrado em lobisomens) e em documentário amador, o episódio é bem diferente. Ver Sam e Dean apenas quando eles entram em cena, vendo comentários aleatórios que só entendemos pelos outros 7 anos e pouco com eles e vendo-os aparecer pouco, como as pessoas de fora os viam, e com câmeras tão oblíquas que muitas vezes sugeriam uma viagem no tempo com duas versões da mesma identidade…

Eu gosto bastante do estilo amador de filmagem e das posições inusitadas que a câmera assume por isso. O episódio traz o clássico popular (Michael), o personagem secundário nerd, que filma, escondido atrás do amigo e futuro psicopata (Brian) e a menina loira popular (Kate). E tudo se desenvolve tão bem e naturalmente que eu me apaixonei… cada momento, introdução, mordida, transformação, conseqüências finais… o começo dos “poderes” me lembrou imensamente Poder Sem Limites… e eu gosto daquele filme!

O episódio é ótimo, sem grandes surpresas. A princípio nada grandioso para o decorrer da temporada, e foi legal ver como começamos a pensar como os Winchester quando descobrimos a trama do lobisomem muito antes disso ser oficial… mas a história do lobisomem que se transforma quando fica com raiva? Isso de comer só coração de animal, e não humano? A mais alguém isso lembrou Crepúsculo… me odeio por ter feito tal comparação, mas o episódio foi ótimo, despite esse meu último comentário!

Esse episódio foi um tanto psicótico. Brian cresceu em personagem de uma maneira surpreendente. É claro que o personagem dele já era previsível desde o começo, escondido e apagado pelo grande popular Michael, mas foi ótimo vê-lo obcecado, suas ações em decorrência disso… e o episódio ainda conseguiu ser tão sádico, tão forte e tão macabro em coisas tão simples… como Kate em suas cenas finais, que além de chocar (embora eu tenha aprovado a ação e aplaudido!) ainda emociona com o pedido aos Winchester por filmagem… que eles concederam, surpreendentemente!

Depois disso, só posso desejar e mais e mais episódios sem Winchester. Quem precisa deles quando cenas tão simples, filmadas de qualquer jeito e tão curtas conseguem ser tão maravilhosas? Como Brian versus o professor ou versus Michael? Ou a cínica, atriz e perigosa Kate, não só matando Brian como o destruindo totalmente… e aquela cena inicial com uma música tão fofa e “animada” que não condiz com a cena que vemos… episódio muito, muito bom mesmo, espero por mais coisas desse jeito! Até mais…

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P.S.: A transformação de Michael se completando foi uma das melhores coisas do episódio. “I’m a golden god” em frente ao espelho foi espetacular, a transformação foi linda e a cena com Scott foi impecável… qual não foi nossa surpresa e admiração ao vê-lo chegar todo sujo de sangue? Quis aplaudir a inteligência e grandiosidade da cena! É… tenho muitos elogios a esse episódio!

P.P.S.: Só eu que me emocionei de verdade com Kate finalizando aquele vídeo deixado no apartamento para Sam e Dean? Foi emocionante demais e triste demais ver as declarações do “o que quero ser daqui a 5 anos”… e incrível como as falas adquirem tonalidades tão distintas antes e depois da história do episódio… impressionante!