Turma da Mônica Jovem (2ª Fase, Edição Nº 8) – Terrível Obsessão


Libertando-se do rancor e do ódio!
Mais uma edição com temática “sobrenatural” na segunda fase da Turma da Mônica Jovem, mas um tanto mais MACABRA que “Entre o Céu e o Inferno”, que segue sendo uma das minhas edições favoritas na nova fase, e a que eu acho que deveria ter sido feita em, no MÍNIMO, duas partes. Não é o caso de “Terrível Obsessão”. Algumas partes foram forçadas, mas no geral eu entendi o propósito, admirei a coragem de ser tão pesada, de alguma maneira, e a mensagem final é interessante – nos fala sobre rancor, e sobre a necessidade de perdoar as pessoas e seguir em frente… o quanto pode ficar preso e pode nos fazer mal caso não o façamos? Quer dizer, a revista trata tudo de forma literal, materializada, mas ainda que os olhos nem sempre sejam capazes de “ver o invisível”, isso que a Mônica e a turma passam é real.
A edição começa leve, com um “…e não se esqueçam: a redação sobre a causa e efeito dos superpoderes dos Vingadoidos no Universo Marvéu é pra semana que vem! Dispensados!”, e uma discussão leve e despretensiosa a respeito da “Mulher Maravilhosa” e um pouquinho de “Decê” vs “Marvéu”, que contou até com um quadrinho do fofo do DC dizendo que “não tem nada a ver com isso”. Mas eu confesso que tive dificuldade para entender algumas coisas, para me conectar e para levar tudo a sério. Aquela coisa do Cebola desaparecido por três dias, subitamente mandando uma mensagem dizendo que está com uma gripe forte no hospital… não entendi o que aquilo queria dizer. Talvez nada, apenas uma desculpa para que Mônica fosse até Sarah, com os seus “poderes sobrenaturais”, para uma leitura do futuro que lhe dá o aviso:
Ela terá que tomar uma decisão importante em breve.
Os “poderes” de Sarah são interessantes, e o seu melhor amigo é Victor, um rapaz morto cujo espírito conversa com ela e a orienta a respeito de como usar seus dons, sobre como deve sempre apenas orientas e aconselhar, sem interferir diretamente no destino das pessoas. Assim como ela fez quando salvou o Sr. Alighieri, mandando o Cascão ficar por perto dele. E quando Magali e Cascão se aventuram para proteger o velho, as coisas saem de controle e ficam verdadeiramente macabras: “Assisti a todas as sequências de Poutergáisti, Quinta-Feira 13, Invocação do Mal e tals!” Luzes piscam como em Supernatural, um “fantasma” poderoso aparece tomando a energia vital de Magali e Cascão, deixando-os com os olhos brancos e o rosto envelhecido e ossudo, o que eu achei algo totalmente macabro, de verdade.
Foi até um pouco assustador!
Trata-se de um “Espírito Obsessor”, e Sarah explica:

“Obsessor é um espírito que escolhe um ser vivo para atormentar, enquanto se alimenta de sua energia! É comum se alimentarem da energia de adolescentes, que é intensa, mas nunca vi nenhum tão poderoso quanto esse!”

Com isso tudo, a edição vai por caminhos quase controversos que me chocaram um pouco. Mônica e Cebola querem que Sarah esconjure o espírito que está seguindo Alighieri, atacando-o lentamente, atormentando-o, e então Cebola sugere o Jogo do Copo (!), o que eu achei pesado… confesso que SEMPRE tive medo dessa “brincadeira”. Então as coisas ficam mais sérias e mais complexas, quando Mônica nota que o “Sr. Alighieri” é, na verdade, DANTE, que manteve Mônica e o DC como seus prisioneiros em um Circo Macabro, nas edições 81 e 82 da Primeira Fase da Turma da Mônica Jovem. Portanto, a história não é assim tão “simples” quanto parecia, e o Sr. Alighieri não é necessariamente quem deve ser salvo, mas sim o fantasma que o “atormenta”, o Tellepax, que MORREU ao tentar cumprir as ordens de Dante para fazer mal aos adolescentes!
E a culpa, portanto, é mais da Mônica que de Tellepax:

“O Tellepax morreu tentando cumprir as ordens do Dante, ordens de prejudicar você e seus amigos. Ele era um telepata! Sabe que você não perdoa o que aconteceu e se sente culpado! Por isso, ele ficou preso aqui. não fez a passagem, quando morreu! E acha que só vai se redimir quando tiver se vingado do Dante… em seu nome! O Tellepax não percebe que, quanto mais se prende ao ódio, ao rancor e à vingança… mais corrompido torna-se seu espírito! Eu demorei a entender… mas não é o Dante que a gente tem que ajudar… é o Tellepax!”

Macabro, bizarro, intenso… no final, entendi a mensagem toda, e acho que foi bacana. Porque era a Mônica quem estava mantendo o Tellepax nesse mundo, fazendo mal não apenas a Dante, que talvez merecesse, mas a todo o Bairro do Limoeiro, e ele só poderia parar de fazê-lo quando Mônica deixasse de lado qualquer tipo de rancor pelo o que ele e Dante fizeram contra ela e seus amigos, e conceder-lhe um perdão REAL, para que ele pudesse fazer a sua passagem para o outro mundo. Foi uma cena legal entre Mônica e Tellepax, quando ele volta à sua forma “normal” e, perdoado, consegue fazer a passagem, permitindo que todos se recuperassem do lado de cá… Dante, por sua vez, escapa antes que as garotas possam fazer qualquer coisa, e a edição termina com a sua promessa de que ele ainda voltará para se vingar…
Vamos aguardar essa edição!

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