Turma da Mônica Jovem (2ª Série, Edição Nº 41) – Soldado Estelar

Uma batalha espacial!

Eu teria diminuído consideravelmente (ou excluído por completo) a parte de “aventura do cotidiano” protagonizada por Mônica e “Alaster Doodles”, gerando os ciúmes do Cebola e um regresso do personagem às suas piores fases, e então “Soldado Estelar”, de Abril/2020, teria ficado muito mais interessante. A parte da narrativa com a invasão da Frota Priathiana à Terra, que Maurício de Sousa compara com as space operas do cinema, foi muito legal de se ler, assim como a parte heroica do Soldado Estelar, que, por sua vez, Maurício de Sousa diz “ter um pezinho nos heróis japoneses”. Inclusive, essa coisa toda de misturar algo espacial típico da ficção científica com uma influência dos tokusatsus é algo que funcionou muito bem em “Turma da Mônica: Geração 12”, que, atualmente, é a minha publicação favorita da turma – esperando uma segunda “temporada”.

A história de “Soldado Estelar” começa no espaço: os Priathianos são um império que aparentemente anda pelo espaço dizimando mundos e tomando planetas, e realmente isso me fez pensar em algumas histórias espaciais do cinema, como “Star Wars”, e eu gostei de como a ação se desenrolou por várias páginas, seja com os Priathianos ou, depois, com a chegada do Soldado Estelar, um herói que defende as galáxias. Quando as coisas não saem bem durante a batalha entre o Soldado Estelar e os Priathianos, as pessoas na Terra veem um verdadeiro espetáculo de luzes que os deixa curiosos e, no dia seguinte, a turma de Mônica, Cebola e os demais recebe um novo aluno que parece surgir do nada: Alaster Doodles, um garoto baixinho e silencioso que Mônica faz questão de tentar ajudar, embora ele não pareça muito aberto ao diálogo.

Alaster é uma figura enigmática e que gera umas confusões no Bairro do Limoeiro. Com toda a atenção que Mônica está dando a ele, por exemplo, o Cebola está todo enciumado e querendo entender qual é a dele de fato… Toni, por sua vez, que continua com aquela história de que “um dia ainda vai namorar a Mônica”, também parte pra cima do garoto – o que ele não esperava, é claro, é que Alaster Doodles tivesse alguma espécie de superpoder que consegue derrotá-lo apenas com o olhar… eventualmente, Cebola também acaba sentindo “a fúria de Alaster” por ele estar deixando a Mônica chateada. Essa é a parte mais cansativa da edição, que foca muito em Mônica e Alaster e coloca o garoto, confuso, inclusive para pedir Mônica em namoro, o que só intensifica o ciúme de Cebola e, sinceramente, nem parece fazer assim tanto sentido… mas enfim.

Eventualmente, quando os Priathianos localizam o herói galáctico na Terra e começam a atacá-la, Cebola vai até Alaster para dizer quem ele realmente é: o Soldado Estelar (o nome é um anagrama); Cebola descobre isso com base nos dados do Astronauta que o Franja copiou para ele, e isso acaba revelando a identidade secreta de Alaster, que sai do modo “camuflagem” no qual tinha se inserido para poder voltar a ser o SOLDADO ESTELAR em tempo integral, e enfrentar os cachorros robóticos que os Priathianos estão enviando sem parar para a Terra… é uma nova sequência de ação interessante que encerra a edição, com alguma participação da Mônica e que termina com o personagem indo embora sem nem mesmo se despedir, mas Cebola fala sobre como o Bairro do Limoeiro parece atrair confusões e invasões espaciais, então talvez não tenha sido a última vez que o viram.

Será?

 

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