Lost 1x02 – Pilot: Part 2

“Guys… where are we?”

Deixando Jack Shephard em segundo plano, a segunda parte de “Pilot” é ainda melhor do que a primeira, e com um gancho, na minha opinião, ainda mais interessante – é muito gostoso estar de volta ao universo de “Lost” e cada minuto de episódio me lembrar o porquê de eu amar tanto essa série. Nesse segundo episódio, a série consegue nos mostrar um pouquinho de vários personagens, dando dicas do que veremos nos próximos flashbacks, e já nos colocando em busca de respostas… vemos um segredo recente de Kate, por exemplo, mas não sabemos o que a colocou naquela situação no avião, e essa é uma pergunta que queremos ver em breve, por exemplo. Em paralelo, também acompanhamos um pouco dos sobreviventes na ilha enquanto o resgate não aparece, e eles começam a se dar conta de que talvez eles fiquem ali mais tempo do que gostariam.

Há simplesmente TANTO a se explorar em “Pilot: Part 2” que eu sinto que poderia ficar horas falando sobre isso… sobre Jin e Sun, por exemplo, e aquela relação esquisita que ainda queremos entender melhor; sobre Claire e o bebê que não mexia desde o dia anterior, mas que felizmente volta a mexer quando ela come a comida preparada e oferecida por Jin; sobre Walt procurando por Vincent, enquanto seu pai parece não ter a mínima ideia de como lidar com ele; sobre Locke, ainda muito misterioso e quieto, mas já começando a dar sinais do que se tornará adiante na série, com destaque à sua breve explicação sobre o gamão; sobre a relação entre os irmãos Shannon e Boone, o que acaba empurrando Shannon junto em uma missão importante do episódio; enfim, são tantos personagens com tantas histórias incríveis para contar, e é isso que faz “Lost” o que é.

Assim como na estreia da série, ainda temos pouco flashback nesse episódio, e são apenas dois novos pontos de vista da queda do avião. Primeiro, vemos Charlie naquele momento em que ele passa por Jack e Rose no avião, indo para o banheiro, e descobrimos o seu vício em drogas, algo que o motivou a se juntar a Kate e Jack, no episódio passado, na “excursão” até a parte da frente do avião, mas embora ele tenha conseguido suas drogas de volta, ele não fala com ninguém sobre isso. Depois, o segundo flashback aparece para responder a um mistério recorrente do episódio: quem é o prisioneiro? Já no início do episódio, Walt encontra algemas no chão, o que quer dizer que alguém estava algemado no voo, e Sawyer está com uma arma que ele supostamente tirou de um oficial da justiça… as desconfianças são muitas, até que o flashback nos diga quem usava as algemas: Kate.

Amo que o episódio joga isso e não explica mais nada. Eles são ótimos no suspense!

É interessante, também, como isso, de alguma maneira, se junta à história paralela de Jack, que continua cuidando de alguém na praia. Jack e Hurley interagem bastante nesse episódio (e é impossível não gostar do Hurley desde as suas primeiras cenas, porque ele é carismático, fofo e extremamente engraçado, mesmo quando está passando mal sobre o corpo ensanguentado que o Jack está tentando salvar), e meio que sentimos o Hurley tentando se encaixar… quando ele é chamado de “gordo” pelo Sawyer, por exemplo, ele acaba, de certa maneira, criando um vínculo com Sayid, que também estava tendo problemas com o Sawyer, e eu gosto de ver o Hurley criando esses laços – mal posso esperar para ver o episódio focado nele! No fim do episódio, depois do flashback de Kate, finalmente descobrimos quem é que Jack está tentando salvar: o policial que a prendia.

Eita.

Um embate interessante do episódio é o de Sawyer e Sayid. Os dois são vistos em uma briga acalorada na praia depois de Sawyer ter acusado Sayid de ser um terrorista e, portanto, o responsável pela queda do avião; mais tarde, Sayid o acusa de ser o prisioneiro que estava sendo transportado, já que ele está portando a arma que era do policial. Os dois acabam juntos, no entanto, em uma missão rumo a um lugar mais alto da ilha onde talvez eles consigam sinal para o transmissor que Jack, Kate e Charlie trouxeram da cabine do piloto no episódio anterior – gosto de ver o Sayid sendo quem toma a frente para consertar o transmissor, e gosto de ver vários personagens assumindo uma posição de protagonismo, o que é muito importante para a dinâmica de “Lost”: como eu sempre falo, a história principal de “Lost” é sobre esses sobreviventes.

A expedição do episódio, então, traz Sayid, Sawyer, Kate, Shannon e Boone, e certamente já levanta algumas novas perguntas, como quando eles são atacados por um urso polar. Inicialmente, eles pensam que é a mesma coisa que estava na floresta na noite anterior ou que atacou o piloto, mas acho que é ainda mais intrigante que seja um urso polar – tudo bem, Sawyer revela que está em posse da arma do policial e consegue matar o animal, mas o que um urso polar estava fazendo ali, no meio da floresta em uma ilha tropical? E EU ADORO ESSE MISTÉRIO, QUE VAI DEMORAR MUITO A SER EXPLICADO. Por fim, o grupo finalmente consegue um pouco de sinal para fazer o transmissor funcionar, mas veem que já existe uma mensagem sendo transmitida… uma mensagem em francês, de uma mulher sozinha na ilha pedindo socorro… uma mensagem que, se Sayid estiver correto, está sendo transmitida há 16 anos.

Eu adoro ver o desespero e a confusão tomando conta de cada rosto no fim desse episódio.

Agora, “Lost” começou de vez. QUE SÉRIE, MEUS AMIGOS!

 

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