Os Heróis do Olimpo, Livro Quatro – A Casa de Hades


Annabeth e Percy caíram no Tártaro, o que é bem conveniente visto que alguém precisa “fechar as Portas da Morte pelo lado de dentro”, então não sei para que tanto drama. Hazel tem um encontro especial com uma deusa que lhe diz que ela precisa aprender a controlar a Névoa para essa missão. Frank precisa aprender como assumir a liderança, Leo precisa urgentemente amadurecer, e Nico di Angelo precisa enfrentar o seu maior medo ao lado de Jason…

A Casa de Hades é o quarto volume da nova série, e eu acho que Rick Riordan começa a se perder em sua escrita – embora por vezes a leitura excessivamente infantilizada me incomode, não é isso que mais me enerva… vejo muitos problemas no protagonista de Riordan, que é como ele continua a ver Percy Jackson. Quando Percy terminou sua primeira série, ele não precisava estar de volta… e quando foi anunciado O Herói Perdido sem ele, achei que ele desempenharia um papel menor e teríamos esperanças… o que não vem acontecendo. Percy, um personagem extremamente forçado e muito cheio de si, continua sendo o foco das atenções do autor.
Achei desnecessário tantos capítulos para ele ou Annabeth no Tártaro. Se ele queria que a cada trecho no Argo II tivéssemos um equivalente no Tártaro, então diminuísse para dois capítulos as narrativas exageradas de Annabeth e Percy… não que não tenha sido bom (a parte das maldições foi genial!), mas se a missão é de SETE semideuses, vamos valorizar a todos! A primeira melhor parte do livro foi de Frank, mas depois Hazel retorna (ótima) e eu fico me perguntando como foram mais de 150 páginas antes que Jason e Piper ao menos aparecessem. E Jason é meu personagem favorito. Hazel, mesmo sem confiar nele, o exaltou na missão com Círon, falando de seu poder, sua liderança, como era mais uma lenda do que um humano de verdade.
E eu confio nele dessa maneira.
Gosto de Jason porque ele conseguiu, em um livro lá em O Herói Perdido todo o respeito que Percy demorou cinco livros para conquistar – sem que os dois estejam juntos nesse volume, devemos encarar o fato como algo positivo, pois não houve luta de poder, e cada um pôde exercer sua liderança em diferentes lugares. Jason é um líder nato, Jason é grandioso, e Jason não é tão cheio de si quanto Percy… característica sua provada em dois grandes momentos: um passando seu cargo de pretor para Frank (só com muito altruísmo para fazer isso) e dois abraçando o Percy, tão feliz em tê-lo de volta no final.
Tio Rick? Esqueça os romances, você simplesmente não sabe fazer isso. Provavelmente a coisa mais convincente foi o Nico ter uma queda pelo Percy, porque agora que paramos para pensar, isso faz muito sentido… e eu fiquei muito contente pelo Nico gay que conhecemos, Riordan restabelecendo meu respeito por ele! Ousado talvez, mas uma bela iniciativa, estou contente. Quanto aos demais… Rick Riordan é meloso demais, os romances são chatos e clichês. Infelizmente.
Nico para narrar já!
Ah, e também já são dois livros “sem novidade”; o que eu quero dizer é que O Herói Perdido trouxe Jason e uma nova visão misteriosa do Universo sem Percy, enquanto O Filho de Netuno trouxe o Acampamento Júpiter. A Marca de Atena e A Casa de Hades são parte da missão, uma longa caminhada ao estilo O Senhor dos Anéis, com diferenças gritantes, evidentemente. E o último livro da saga ainda continuará nesse estilo, com apenas uma grande missão para guiar a série toda, sem nenhum tipo de mistério. Não, Riordan, não teve um “suspense final”. Estou gostando, mas a série assumiu o estilo de O Último Olimpiano, que não é meu livro favorito de Percy Jackson e os Olimpianos.
Duas melhores partes do livro: primeiramente, Nico e Jason tendo que enfrentar o Cupido. GENIAL. Eu me apaixonei pela história de Nico, gostei muito da discussão que Rick Riordan proporcionou, e sofri ao lado do personagem – mas me apaixonei cada vez mais por Jason, por cada palavra dita, cada ação tomada; embora Nico esteja numa fase difícil de aceitação, foi bonito ver Jason como um amigo de verdade preparado para apoiá-lo caso fosse preciso. Minha admiração por ele só cresce. Eu ria, ao mesmo tempo em que sofria, com a interação de Nico ao simples nome de Annabeth, e eu te digo uma coisa, Nico: você conseguirá coisa MUITO melhor que o Percy Jackson. Riordan precisa criar alguém para você!
Também amei a representação de Cupido, essa visão tortuosa e cruel do amor, esse sofrimento pelo qual todos nós já passamos. E na situação de Nico, apaixonado por alguém tão inalcançável? Ainda muito pior. O capítulo com o Cupido entra para a história da série como o capítulo mais forte e comovente – ah, e foi inteligente Riordan colocar o Deus do Vento Oeste também homossexual, apaixonado por Jacinto e contando sua história. Espero que, com tantas crianças lendo Percy Jackson e com a influência que Riordan parece desempenhar sobre elas, ele esteja ajudando na construção de uma nova geração com menos preconceitos.
E a segunda melhor parte? Leo em Ogígia com Calipso!
WE LOVE YOU, LEO! Apesar de tudo.
Semideuses destaque no livro: Nico, evidentemente, por toda sua discussão. Subitamente ele se tornou um personagem ainda muito mais interessante do que antes. Hazel por estar aprendendo a controlar a Névoa e tudo o mais, mas o prêmio vai para… FRANK! Porque foi só quando ele começou a narrar que eu finalmente comecei a me empolgar com o livro, e várias das melhores cenas ficaram para ele… como ele crescendo e se tornando mais forte, a incrível batalha na Ponte, ele comandando o Exército dos Mortos como Pretor no final… incrível.
Sabe o que me irrita? “É impossível. Vocês não vão conseguir. Vocês vão todos morrer”. Mas tudo é sempre possível, eles sempre conseguem e ninguém nunca morre – ou algo de ruim acontece nessa joça ou então pare de ser tão dramático dizendo o tempo todo que eles vão falhar e morrer, só para “realizar o impossível” e dar tudo certo no final. Não é convincente, não é nem ao menos legal. Agora faltam 14 dias, o prazo que eles têm para chegar a Atenas e impedir o surgimento de Gaia, no [finalmente] último livro da série. Alguém tem alguma dúvida que vai ter uma série de eventos “impossíveis” que no final resultará na vitória deles? Enfim, vamos esperar…

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Comentários

  1. Não vou ler...mas vou comentar:

    Ainda estou no "Filho de Netuno", terminando :D :D
    Ganhei o Casa de Hades de Natal!!!!!!!!!
    Calma que chego lá hahaha

    beijãozão*

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    Respostas
    1. "O Herói Perdido" e "Filho de Netuno" são meus favoritos dessa série kk Depois que ler leia os comentários, especialmente do 3 e 4, quero saber o que você achou! kk Boa leitura! =D

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    2. Agora to lendo "A Marca de Atena".
      Gostei muito do Herói Perdido e Filho de Netuno...ação a toda hora hahaha

      beleza, vou ler, e depois venho comentar hahahaha

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  2. Ai será?! Fico com um pé atrás, muitos semideuses já morreram ou sumiram da história hahahahaha
    Mas gostei muito, e fiquei de boca aberta com a revelação de Nico!
    Amei todos os novos semideuses, Jason me lembra o Percy um pouco....Amo a Piper, e o Leo?!!!! Também gosto bastante dele! E o Frank sem dúvidas e a Hazel, foram grandes revelações!!!!
    Chorei com Bob e Damasen.... :( mas tenho uma esperança de que eles voltem no ultimo livro!!!! :P
    Tartaro foi extenso,mas gostei muitoooooo....esse livro foi adrenalina a toda a hora, sem um minuto de pausa, só ação e ação! hehehehehe

    beijãozão*

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