Supernatural 9x07 – Bad Boys


Emocionante.
Bastante diferente de todo o restante da temporada, eu gosto muito quando o roteiro escolhe explorar o lado sentimental dos personagens de maneira convincente, e nos proporciona histórias como esse – sempre gostei dos flashbacks de Sam e Dean, de ver suas vidas e como eles chegaram aos Winchesters que conhecemos, e esse tipo de episódio é sempre um convite à reflexão. Não foi diferente. Com uma ótima história, um caso semanal do melhor estilo antigo das primeiras temporadas, e muita emoção. Fenomenal.
O caso aparece na Sonny’s Home for Boys, depois de uma bizarra morte – e Dean vai para lá com Sam revelando uma parte de seu passado: quando perdeu o dinheiro da comida em um jogo, roubou para se alimentar e foi detido. Mandado para uma espécie de reformatório, vemos que aquele foi, provavelmente, o momento mais feliz da vida de Dean. A única ocasião em sua vida na qual ele chegou ao patamar de se permitir esperança, esperança de viver. E sabendo como tudo isso acaba, realmente nos parte o coração ver todas as possibilidades perdidas, ver a felicidade quase encontrada.
Porque Dean foi feliz naquele lugar. E eu odeio o pai dele cada vez mais por ter roubado isso tanto de Dean quanto de Sam – foi ele quem destruiu a vida de ambos com sua paranóia incessante, com sua sede por vingança. Eles são dois irmãos com a alma despedaçada que não têm mais nenhuma esperança de serem felizes ou de levarem uma vida normal – o que não significa que eles tenham nascido assim, ou que nunca tenham sonhado com isso. Me parece que a série sempre explorou bem o desejo de Sam de ser “normal”, mas nunca tão profundamente o de Dean. E esse episódio corrige esse erro.
Mesmo que tenha sido triste. O pai de Dean foi extremamente ridículo e absurdo ao resolver deixá-lo lá mesmo, mas foi um crescimento tão grande. Não foi bonito relembrar o Dean chegando ao lugar e conhecendo Sonny? Ver sua ida à cafeteria e conhecendo Robin? A belíssima cena na qual ele dá o seu primeiro beijo! Quem esperava ver o primeiro beijo de Dean? O baile de formatura, a promessa de que nunca a abandonaria. “Do you like it?” “Not really. But my father expects me to follow in his footsteps so…” – colocado em palavras o verdadeiro sentimento dele em relação ao “family business”. Mais emocionante que isso só ver o pai vindo buscá-lo, as lágrimas, a raiva contida, toda a esperança e vida futura se despedaçando novamente…
Foi pelo Sam. Só pelo Sam.
E eu aprecio o quanto isso foi bonito.
Porque mesmo quando eu reclamo dos dramas novela mexicana, eu reclamo pela maneira como é feito. O episódio de hoje soube ser puramente emotivo sem ser forçado. Foi muito verdadeiro. E ainda misturou com um caso semanal interessante de Timmy… e ficamos encantados com aquele menininho fofo de óculos – como ele segura o fantasma da mãe por aqui, com medo após a sua morte. E o fantasma? Gente, que caracterização perfeita! Dean sendo incrível lidando com crianças (se ele tivesse ficado ali, casado com Robin…), e a emocionante cena na qual Timmy liberta sua mãe para ir embora (“I love you too”)… PERFEITO!
Sem dúvida, o episódio me partiu o coração do começo ao fim. Me emocionei com Sam encontrando a antiga cama de Dean, e o olhar tão sofrido de Dean ao olhar para o lugar e recordar – a dor era palpável. E novamente nos questionamos que tipo de vida eles poderiam ter tido se o pai deles não tivesse totalmente arruinado tudo para eles. Ah, tivemos Sam tentando ler “The Marvelous Land of Oz” (o que fez com que nos lembrássemos de Charlie!), e eu coloco esse episódio entre os meus favoritos, não só dessa temporada como de toda a série. Acho que de uma maneira diferente (porque não teve a comédia de Charlie nem as ótimas histórias com os anjos), o episódio focou na emoção e nos dois Winchester. E foi fenomenal. Vamos aguardar as próximas semanas, contentes porque, finalmente, a nona temporada está REALMENTE boa!

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