Elite 3x02 – Samuel e Guzmán



“Você, sim, é capaz de me matar”
GENTE, O TANTO QUE EU AMO ESSA SÉRIE NÃO ESTÁ ESCRITO! A cada excelente episódio de “Elite” eu me lembro do quanto amo esses personagens, quanto amo essa trama… mais um episódio maravilhoso, que, embora leve o nome de “Samuel e Guzmán” no título, não se trata apenas deles – amei, sim, a parte do Guzmán versus o Polo (embora ele pudesse ter resolvido toda a situação ali com uma gravação e não o fez), mas o episódio ainda traz toda a introdução à doença de Ander, que deve tomar um tempo da temporada, a “nova” competição entre Nadia e Lucrecia, agora que Lu também precisa de uma bolsa e ambas vão concorrer à mesma, e um pouquinho do Valerio em uma situação humilhante por seu desejo incessante por mais droga. Mas Valerio será explorado com mais calma no próximo episódio, e então falaremos dele.
O episódio começa nos mostrando um pouco de Samuel na Festa de Formatura, dentro de aproximadamente 5 meses, quando Polo é assassinado, e o Samuel do presente, olhando para Polo na escola, e a tensão é PALPÁVEL. Enquanto isso, como a mãe está querendo ir embora, mas ele não quer partir enquanto não resolver toda essa história, ele procura alguém que possa morar com ele, e alugar um quarto na sua casa… Rebeca é quem “resolve” o assunto, oferecendo o quarto para Valerio, dizendo que ele pode vender o seu carro e pagar o aluguel de um ano todo na casa de Samuel. É claro que, inicialmente, Valerio nem cogita a possibilidade, mas aquela cena com a mãe de Rebeca na festa, que o fez perceber até onde ele iria por mais droga, o faz voltar atrás… a cena é fortíssima, e ele mesmo fica com vergonha das coisas que faria.
Guzmán, por sua vez, parece estar indo na contramão de Samuel – ou ao menos parece. Na escola, ele parece em negação, e quando as mães de Polo dão uma bolsa para a escola (meio que para que Polo seja “deixado em paz”), Samuel é o único que se revolta e chama a atenção de todo mundo para o fato de que a bolsa pela qual a competição seguinte se instaura é coisa da mãe de Polo. Guzmán age como se “não fosse nada”, e ainda discute com o Samuel, dizendo que “acreditou nele sobre o Polo, que é seu melhor amigo de toda a vida”, e ainda pergunta: “E se eu fiz merda de novo?” Polo escuta a conversa, e tudo o que ele quer é que as coisas voltem a ser como antes, então ele procura Guzmán, para perguntar se ele realmente acredita nele, e Guzmán, com uma frieza assustadora, o segura e pergunta se ele matou Marina, e quer que ele responda olhando nos seus olhos.
E Polo diz que não.
Inicialmente, quando vi Guzmán brigar com Samuel na escola, eu achei de verdade que ele estava fazendo merda de novo, e seria decepcionante, mas logo percebemos que só podia ser um jogo. Ele estava tenso, embora tentasse transparecer naturalidade, toda vez que Polo se aproximava, e quando ele convidou Polo para sair da escola, ir para casa, jogar videogame, beber uma cerveja. E o Polo, desesperado por aceitação e por perdão, abraçou essa “reconciliação” sem questionar. Mas quando Guzmán insistentemente liga para Samuel, temos a confirmação de que O GUZMÁN TEM UM PLANO. Depois de toda a segunda temporada, isso não podia ficar assim e ele “perdoar” o Polo! Então, quando Samuel chega na casa de Guzmán, ele encontra Polo amarrado à cadeira, com uma fita sobre a boca, e Guzmán parece estar fora de si.
Em paralelo, no futuro, ouvimos Guzmán dizer que “nunca faria mala Polo”. Adoro a ironia. AS CENAS SÃO FORTÍSSIMAS, e maravilhosas! Guzmán quer fazer Polo contar onde está o troféu, porque é a única maneira de colocá-lo na cadeia, e não podemos dizer que ele esteja completamente errado, mas a maneira como ele está intenso e violento é assustadora, e isso pode ser notado na maneira como Samuel olha para ele, com receio. Guzmán está no seu extremo, tentando fazer justiça com as próprias mãos, e Samuel não tem certeza de que concorda com isso – assim, quando Guzmán se torna ainda mais violento e começa a espancar Polo com uma toalha, para não deixar marcas, Samuel é quem o faz parar. A CENA CAUSA DESCONFORTO E ANGÚSTIA, novamente mostrando como “Elite” sabe causar emoções em quem a assite.
Essa série é maravilhosa!
Polo, chorando e sangrando, pede que Guzmán o mate, e diz que não queria matar Marina, foi um acidente… isso parece ecoar na cabeça de Guzmán, cujos olhos de ódio ficam ainda mais intensos, e Polo diz algo que também é fortíssimo: “Foi um acidente, mas você, sim, tá fazendo isso porque quer. Você, sim, é capaz de me matar”. Guzmán se volta contra ele, e eu acho que se Samuel não estivesse ali, ele realmente o teria matado. A cena é tão bem-feita que podemos entender todas as emoções dos personagens, e podemos ver as inteligentes transições, quando Samuel impede Guzmán de matar o Polo, por exemplo, o tirando de cima dele e gritando com ele, e Guzmán abraça Samuel, com os olhos estatelados, em choque consigo mesmo, porque ele não é um assassino, mas talvez ele tivesse se convertido em um se Samuel não estivesse ali.
TUDO É INTENSO DEMAIS!
Enquanto isso, acompanhamos outras histórias, como a de Ander, e eu sofri. E sofri por dois motivos… a doença de Ander é mesmo gravíssima, mas isso não justifica a maneira como ele trata o Omar, e isso me incomoda demais. Primeiro, ele não quer falar sobre o que está acontecendo, e é Rebeca (MARAVILHOSA!) quem o acompanha ao hospital, numa cena incrível com direito a um diálogo incrivelmente bem escrito. Sofremos com Ander quando descobrimos que ele está com leucemia, mas a maneira como ele foi um babaca com o Omar ao chegar em casa dizendo que “isso não ia afetá-lo” e que “eles nem se conhecem há muito tempo” só me fez pensar uma coisa: “Não me faça ficar com raiva de você, Ander”. Mas o Omar é perfeito demais, e a maneira como ele não se afasta é linda. Aquela cena em que ele chega no hospital para acompanhá-lo no tratamento.
O Omar é um fofo! <3
Talvez depois de Guzmán e Samuel, no entanto, a melhor história tenha sido de Lucrecia e Nadia. Ambas se candidatam à bolsa oferecida pela mãe de Polo, e ninguém entende o que Lu está fazendo lá… a própria diretora diz que quem pode ter acesso à melhor educação por outros meios deveria deixar a oportunidade da bolsa para quem não pode. Nadia concorda, e procura Lucrecia para dizer a mesma coisa: ela não precisa dessa bolsa, só está fazendo isso para provocá-la. E é CLARO que é nisso que ela acredita, porque é isso o que parece, mas a verdade é que Lu precisa da bolsa também, depois de ter defendido o Valerio no episódio passado e ser expulsa de casa assim que completar 18 anos. Mas Lucrecia não pensa em contar isso para Nadia, não por enquanto, pelo menos… mas Nadia também tem suas cartas na manga, e eu adoraria que ela tivesse um pouquinho mais de coragem.
No lugar da Nadia, eu provavelmente não seria tão “digno”. Nadia sabe da história de Lucrecia e Valerio, e ela manda Lu deixar a competição, ou então ela contará para toda a escola a respeito disso… e ela leva a ameaça adiante, ela faz uma contagem regressiva, ela ameaça contar a Cayetanna, o que significaria que toda a escola imediatamente ficaria sabendo, e Lu acha que Nadia não teria coragem de realmente fazer isso, mas ela não pode correr o risco. Então, ela acaba contando toda a verdade: diz que precisa dessa bolsa tanto quanto ela, e explica o porquê. Se fosse o contrário, e Nadia sabe disso, Lucrecia acabaria com ela e usaria qualquer coisa para tirá-la da competição; mas, também como Lu sabe, Nadia é “melhor do que ela”. Então, Nadia acaba não fazendo nada… as duas vão competir, mas de uma forma justa. Vai pegar fogo!
“Que comecem os Jogos Vorazes!”
O episódio ainda traz um pouquinho de Samuel e Carla, porque, de alguma maneira, talvez o Samuel realmente goste dela… ele vai atrás da marquesa para pedir que ela volte para a escola, e ela acaba voltando, mas o pai não quer vê-los juntos. Então, Carla recebe uma ajuda do novo aluno da escola. Conhecemos Yeray, um aluno que estudava na Las Encinas antes, e que agora retorna, e ele parece conhecer Carla, e a história acaba sendo fofa: há alguns anos, quando ele sofreu bullying por ser gordo, ela deixou um comentário INCRÍVEL no Instagram numa foto dela, condenando todos os bullies, e isso o ajudou muito. Agora, ele está agradecido e tenta se aproximar dela… e Carla não se aproximaria, embora também tenha gostado de ler o comentário que ela nem lembra de ter escrito, mas como ele insiste e ela precisa se afastar de Samuel, talvez seja o caminho…
Enquanto isso, então, Samuel beija Rebeca.
E me julguem, mas eu gostei!
Por fim, temos um pouco mais sobre o assassinato de Polo na Festa de Formatura, dali a alguns meses. O vemos brevemente ainda vivo na festa, o vemos falar com Ander, embora não saibamos o quê, e vemos Samuel bêbado e Guzmán aparentemente “calmo”. É interessante ver as reações de Samuel e Guzmán a Polo no futuro, e é mais ou menos o oposto do que o presente mostra dos dois. Samuel é quem está com mais raiva no futuro, mais descontrolado, e Guzmán é quem o impede, talvez, de fazer uma loucura. Nos depoimentos, Guzmán diz que “eles tinham se reconciliado”, porque “não havia provas contra Polo, além de sua vontade de achar um culpado”, e termina dizendo que “ele era seu amigo de infância, afinal de contas”. Samuel, por sua vez, quando questionado a respeito de ter sido visto sendo agressivo com Polo naquela noite, diz que não foi ele quem o matou, mas também não diria quem foi se o soubesse. Ele sabe?
Por fim, vemos Guzmán reagir à morte de Polo…
Ele se joga contra o corpo do “amigo”, desesperado, e grita por ambulância.
Aquilo é cena, não?

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