The Boy Next World – Ep. 8: Cirrus’s Time Dimension
“Você acredita em universos paralelos?”
QUE EPISÓDIO
MARAVILHOSO! Esse é o episódio que define a minha opinião a respeito de “The Boy Next World”: EU AMEI. Quando
comecei a assistir à série e escrevi minha primeira review para o Parada Temporal, eu mencionei o meu amor pelo tema
“universos paralelos” e produções que eu considero muito boas em abordá-lo –
filmes como “Tudo em Todo o Lugar ao
Mesmo Tempo” e séries como “Matéria
Escura” me vêm à mente imediatamente. Ainda que o foco de “The Boy Next World” seja o romance de
Cirrus e Phukan, e ainda que por um tempo a série tenha sugerido que a ideia
toda de universo paralelo “era uma
mentira de Cir”, o tema sempre esteve presente, e “Cirrus’s Time Dimension” explora a sua teoria de multiverso de
maneira impressionante.
Gosto da
sensação de “peças se encaixando”, e não posso deixar de pensar no que vai ser
explorado nos dois episódios finais da série e quanto do multiverso ainda nos
será apresentado, mas estou verdadeiramente satisfeito com o que foi feito
aqui. Entendemos a dinâmica que possibilita a existência de “diferentes
Cirrus”, e entendemos o elo que conecta os universos – em cada universo, uma experiência
de quase morte de Cir o leva a um “sonho” que o coloca em contato com outras versões de sua vida e antecede o
seu primeiro encontro com Phu e, a partir de então, nada mais é o mesmo… nem
para ele, nem para Phu. A série nos entrega respostas e nos provoca com
possibilidades e histórias completas que nunca poderemos ver.
Mas que
sabemos que estão ali, parte de algo maior.
O episódio
começa um pouco antes da conclusão do
episódio anterior… revemos o acidente de Cirrus – vítima de um carro
encomendado por Khun Ratri, sua mãe, para atropelar Phukan –, e exploramos um
pouco mias das atitudes monstruosas da mulher, antes de retornarmos ao momento
em que Cir desperta ao lado de Phu na cama de hospital e não o reconhece… a tristeza está estampada no rosto de Phu por
não ser reconhecido, e quando Cir mexe no cabelo e Phu nota a ausência de uma cicatriz na testa, ele
se dá conta de que aquele não é o “seu” Cir. Khun Ratri, por sua vez, na falha
de matar Phu atropelado, apresenta a Cir uma mulher para ser sua noiva:
Lukprae. E ela é um ser humano desprezível que Phukan lindamente coloca de
volta em seu lugar.
Não sabia
que o Phukan podia ser TÃO maravilhoso assim.
Com o
“outro” Cir que desperta no hospital, o “nosso” Cir desperta no que agora ganha
o nome de “Dimensão do Tempo”, e ele tem um outro Cirrus, vestido de preto,
esperando por ele… aquele é “o Cirrus anterior” e, antes dele, houveram vários
outros. O Cirrus de Preto fala sobre como o Cirrus de Branco viu o seu mundo e
o seu Phukan, então ele mostra como, naquele dia na escola, com a “ligação”,
ele respondeu ao seu Phu… e ele respondeu porque, na noite anterior, tinha tido
um “sonho” longo onde viu ele e Phukan em um outro mundo, um mundo no qual eles
demoraram 10 anos para se encontrarem, e o Cirrus anterior a ele também o
mostrara. E, assim, se constrói o multiverso de “The Boy Next World”, na forma de um ciclo infinito.
Um Cirrus
influenciando na vida do próximo. Infinitamente.
Talvez essa
tenha sido a minha parte favorita do episódio: poder visitar, ainda que
brevemente, os demais universos – que é mais ou menos o que acontece também na
minha sequência favorita de “Tudo em Todo
o Lugar ao Mesmo Tempo”, quando vemos aquela conversa de Evelyn e Waymond
em um universo no qual eles são bem sucedidos, mas ele diz que “em outro
universo teria adorado lavar roupas com ela”. O universo no qual Cirrus e
Phukan se encontram só depois de 10 anos
os traz mais maduros (adorei o visual deles, eu gostaria muito de ter passado
um episódio todo ali), e eles se encontram no trabalho… e esse Cir é bastante cruel com Phu. Cada Cir tem uma
personalidade diferente – o que eles têm em comum é que Phukan os mudará.
A
experiência de quase morte desse Cir cruel que conheceu o Phukan com 10 anos de
“atraso” acontece quando ele é esfaqueado (ele realmente era uma pessoa cruel!), e naquele momento ele teve um
vislumbre de um outro mundo – e assim por diante. Vemos flashes desses mundos, de diferentes encontros, diferentes
possibilidades… são vários mundos, vários momentos, várias maneiras de se
conhecer, mas eles sempre acabam se
encontrando. Enquanto o “nosso” Cirrus está se inteirando disso tudo e
descobrindo que em algum momento caberá a ele mostrar isso tudo para “o próximo
Cirrus”, o Cirrus que despertou naquela cama de hospital e não reconhece Phukan
não poderia se importar menos com o rapaz
ao seu lado.
Ele ainda
não foi mudado/alterado pelo Phukan… e ele é mais chato do que o Cir que
conhecemos. E todos ao seu redor parecem dizer o mesmo: todos gostavam mais
dele quando ele estava apaixonado pelo Phukan. Alguns estão, inclusive,
furiosos com a sua incapacidade de se lembrar do seu namorado. Eventualmente,
Cir resolve procurar Phu, porque ele quer
entender um pouco mais disso tudo… ele pergunta se Phu está bem e se eles
são um casal – todos parecem dizer que sim, mas ele não tem nenhuma memória de
namorar o Phu. Gosto dos detalhes da cena, gosto de como o olho de Phu busca a
cicatriz na testa de Cir e não a encontro, e de como ele pergunta a Cir se ele
acredita em universos paralelos, exatamente como o outro Cir perguntou lá no
início…
Tudo é
confuso demais e difícil demais para Phu… seus sentimentos estão uma bagunça! E
quando Cir diz que essa coisa de universos paralelos não existe, Phukan o
dispensa, chorando: ele pode até parecer
o seu Cirrus, mas não é ele. Então, ele coloca seus fones de ouvido e pede
para ficar sozinho. Não demora muito para que ele se arrependa e vá atrás de
Cir porque ele tem coisas a dizer.
Ele quer dizer que o ama e que não o quer perder… nem para outro Phukan, nem
para uma noiva plantada pela mãe. Então, ele pede que aquele Cir entregue uma
mensagem sua ao homem que ele ama, e a mensagem é essa: “Eu te amo, P’ Cir”. Pode até ser que esse Cir não conheça Phukan, mas alguma coisa na sinceridade de Phu
o toca, muda sua respiração…
E, então,
ele cede lugar ao Cirrus que esteve com Phukan durante toda a série. Depois de
uma dor de cabeça que o leva ao chão e de “uma troca de lugar”, o “nosso”
Cirrus está de volta e segura o braço de Phukan perguntando onde ele está indo
– e a sua voz nos mostra que é o Cir de quem Phu precisa. Enquanto isso, aquele
Cir que até então estava no meio da rua (eles não aprenderam nada com os
atropelamentos) conversando com Phu desperta novamente em seu mundo no dia 11
de dezembro, depois de 2 dias de febre intensa… e ele acorda acreditando que
tudo o que ele viu e viveu foi um “sonho”. Um sonho muito vívido, mas um sonho,
assim como o Cir do mundo que acabamos de deixar para trás também achou que era
um “sonho” o mundo que vislumbrara com outro Phukan…
O Cir do
universo que conhecemos visitou o mundo no qual outro Cir havia respondido
Phukan ainda na escola… esse Cir, por sua vez, visitou o mundo no qual Cir
construiu uma relação com Phu depois desse “sonho” e uma “mentira” (que acaba
sendo uma verdade). E esse Cir, esse Cir que ainda não conhece e não ama Phu,
retorna ao seu mundo para dar de cara justamente
com Phu do lado de fora da sua porta, trazendo comida para ele… ele não o conhece de verdade ainda, mas ele não
pode deixar aquele Phu ir embora, não depois de tudo. Ele se lembra da pergunta
do “outro” Phu sobre universos paralelos
e o segue pelo corredor, para não deixar que ele vá embora… um novo ciclo está
começando. Ficou tão fechadinho, tão bonito.
Eu amei esse
episódio do início ao fim!
Retornamos
agora ao universo “principal” da série.
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