The Boy Next World – Ep. 7: The Third Cirrus

“Remember: you’re the only Phukan I have”

Confesso que esse foi o episódio de que menos gostei em “The Boy Next World” até o momento. Eu acho que é importante explorar um pouco das feridas emocionais de Phukan, até porque elas nos ajudam a entender mais de quem ele é e de como se sente em relação ao Cirrus e em relação ao “outro Phukan”, que ele acredita estar em um universo paralelo esperando pelo retorno de seu namorado… ainda que reconheça a importância da trama, eu acho que a série acaba por a prolongar além do necessário em um episódio com uma hora de duração que tende a terminar parecendo repetitivo. Eu gosto demais desses personagens e da série, mas o episódio não conseguiu me envolver de uma maneira que eu ficasse de fato vidrado (o que deve voltar a acontecer no próximo, a julgar pela prévia).

O episódio se passa quase que inteiramente no dia do aniversário de morte do pai de Phu, e é um dia muito difícil para ele ano após ano. Dessa vez, pela primeira vez, ele tem a companhia de Cir, que faz de tudo para ser o namorado perfeito enquanto o acompanha nesse dia difícil, permitindo que Phu sinta o que precisa sentir, mas garantindo que está ali ao seu lado quando ele precisar de alguém… uma das cenas mais importantes, para mim, é aquela em que Phukan deixa sair em palavras a sua frustração porque o “outro Phukan” tem o Cir, e ele não… ele não tem nem o pai nem o Cir. Ele está sensível, como descobrimos que ele fica sempre nesse dia, mas essa sensibilidade o torna humano e permite que Cirrus veja uma vulnerabilidade que talvez não conhecesse até então.

Além de Cir, Phu tem, por um período breve, a presença de Thorn, o seu primo que também veio prestar homenagem ao pai de Phu nesse dia… e eu imaginei que não fosse gostar dele, porque o primeiro contato dele e de Cir não pareceu dos melhores, mas é apenas uma sondagem de quem se importa com Phu e quer garantir o seu bem – de ambas as partes. Quando Phu é deixado sozinho para “conversar” com o pai, Cir e Thorn compartilham um momento importante do lado de fora, com o Thorn perguntando quem é o Cir afinal e o que ele representa para o Phukan. A sinceridade de Cir deixa Thorn tranquilo o suficiente para saber que ele pode ir embora, porque Phu tem quem fique com ele… e, ao entrar novamente na casa, Cir “se apresenta” para o pai de Phu.

Uma cena bastante bonita!

Cir promete estar sempre com Phu, promete cuidar dele da melhor maneira possível, e é realmente o que ele pensa em fazer, o que ele gostaria de fazer. Não sabemos ao certo se ele pode cumprir essa promessa, no entanto. De todo modo, naquele momento, Cir está ali: e quando encontra Phukan limpando a flauta que pertencera ao pai e que o pai costumava tocar diariamente, ele pergunta se pode pegá-la e mostra a Phu que ele sabe tocá-la e pode fazer isso para ele se ele quiser… novamente, temos um momento de intimidade, cuidado e carinho que conduz a algo mais quente, e gosto muitíssimo da cena da primeira vez de Phu e Cir: o cuidado, o prazer nos beijos, a maneira como Phu conhece e explora o corpo de Cir… e Cir diz que “ele é o único Phukan que ele tem”.

Talvez seja essa fala que desperte algo em Phu… ou talvez seja o medo de se machucar mais tarde agora que ele não está mais se sentindo nem sozinho nem desprotegido. Quando Cir desperta na manhã seguinte, ele não encontra Phu na cama ao seu lado e, quando finalmente o encontra, Phukan lhe diz que ele precisa voltar para o seu mundo – ele não está errado, porque ele não consegue deixar de pensar que existe um Phukan que deve estar chorando nesse momento por estar sem o Cirrus que ele ama ao seu lado… ele não pode seguir vivendo isso às custas do sofrimento de outro Phukan e adiando o seu próprio sofrimento. Phu sai triste e sem escutar o que Cir quer contar a ele (!), e atordoado pela tristeza e iminente despedida, ele quase é atropelado…

Ele não é atropelado, no entanto… Cirrus não deixa que Phu vá muito longe sem estar o seguindo de perto, então ele tem tempo de salvá-lo, mas não de salvar a si mesmo. Cir é atropelado (por homens que foram mandados pela mãe de Cir para atropelar o Phu, diga-se de passagem), e é só então que o episódio revela o seu título: “The Third Cirrus”. Esse “terceiro Cirrus” é o Cirrus que desperta na cama de hospital ao lado de um Phukan choroso, mas aliviado por vê-lo acordado, e não o reconhece como seu namorado, nem como o homem que ele ama. Ele apenas pergunta quem ele é. Agora, vamos ver como a série lidará com isso… mais do que isso, vamos ver como a série lidará com toda a trama de universos paralelos, porque há coisas que nem mesmo Cir sabe e/ou entendeu ainda…

E estamos prestes a entendê-las.

 

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