The Boy Next World – Ep. 10: The Convergence of Time
“I’m not
from a parallel world. I just love
you”
Com “The Convergence of Time”, chegamos à
conclusão da história de Cirrus e Phukan nesse universo de “The Boy Next World”, e temos um episódio bonito, emocionante,
sensual e intenso como a série. Foi uma jornada incrível. Eu ainda acho que a
série teria ganhado bastante ao explorar mais de toda a questão do multiverso,
porque ela se sai muito bem quando o faz, mas entendo, também, que a proposta
da série trazia o tema como pano de fundo para uma história de amor que
antagonizava sinceridade e mentiras, e permitiu que o romance nascesse de uma
situação atípica, e a trama foi competente ao conduzir esse romance, fazer com
que nos apaixonássemos pelos personagens, torcêssemos por eles e sentíssemos
sua falta ao nos despedir.
No episódio
anterior, Phukan enfim descobrira a mentira de Cirrus: ele não viera de um universo paralelo no qual eles eram namorados, no
fim das contas. Não quer dizer que tal universo não exista, como agora sabemos, mas esse Cirrus que acompanhamos e
que contou essa história a Phu não veio de lá. Então, Phu naturalmente se sente
enganado… Cir, o Cir por quem ele se apaixonou, mentiu para ele desde o Dia 1.
Não há promessa nenhuma de que ele não o perdoará, até por causa de um diálogo
prévio que já nos adiantou os pensamentos de Phu a respeito de mentiras de
alguém que ele ama, mas é natural que ele precise de tempo. Nesse momento, ele só pergunta de Cir se ele é de um
universo paralelo ou não, porque quer ouvir de sua boca…
E ele
responde que não é.
Depois
disso, Phukan se afasta, para lidar sozinho com tudo o que está sentindo e está
pensando… e ambos estão sofrendo – pelo mesmo evento, por motivos distintos.
Cirrus passa aquela primeira noite inteira do lado de fora do apartamento de
Phu, mas Phu ainda não quer falar com ele na manhã seguinte. À distância, Cir
continua fazendo o que ele está fazendo há anos, desde que se apaixonara por
Phu no Ensino Médio: cuidando dele.
Sabendo que Phu não vai se lembrar de levar um guarda-chuva mesmo que esteja
chovendo quando ele sai de casa, ele entrega para ele um guarda-chuva com um
bilhete escrito “Obrigado”, e Phu o reconhece de um dia em que esse
guarda-chuva apareceu “magicamente” quando ele mais precisava… era o Cir.
Sempre foi o Cir.
Sem
conseguir falar pessoalmente com Phu, no entanto, Cir lhe deixa um vídeo
gravado… um vídeo com a duração de um filme de “Avatar”. No vídeo, Cirrus tenta ser o mais sincero possível, e é
comovente: ele conta toda a sua verdade, se reconhece como um mentiroso, mas
garante que nunca mentiu sobre amá-lo… ele o ama desde a escola, porque Phu foi
a pessoa que “salvou a sua vida”, a pessoa que o fez querer começar a viver por
ele mesmo. Naquele vídeo, Cir deixa qualquer interpretação de fato e se mostra
por inteiro a Phu: ele conta sobre o ter “seguido” para essa faculdade, ter
escolhido o apartamento para ficar perto dele, e ter feito isso por motivos
egoístas, porque queria vê-lo todo dia para ter forças de seguir em frente
nesse mundo.
A
sinceridade e a intensidade dão ao vídeo o tom certo. Ele chora, ele pede
desculpas, ele canta a música que representa algo para eles, e ele conta por que ele começou a mentir com essa
história toda de “universos paralelos”: quando
ele foi atropelado, o seu único arrependimento era não ter se dado a chance de
conhecer o Phu de verdade… então ele não queria perpetuar esse erro. O
vídeo funciona. Ao fim dele, quando o Cir pede que Phu o deixe continuar
cuidando dele para sempre, Phu está chorando também, e perguntando para o vento
se “ele pode voltar para ele”… então, o Phu sai correndo e desce até o
apartamento de Cir no andar de baixo, pronto para aceitá-lo de volta, mas ele
encontra um apartamento completamente vazio.
O que, eu
preciso dizer, foi algo que me incomodou um pouco. Eu acho que o Cir tinha
MESMO que ir até a casa da mãe e resolver de uma vez por todas essa história de
noivado, mas ele tira todas as suas coisas do apartamento, o deixa vazio e
inabitado – ele faz aquele vídeo que consome 84 anos de Phu, se declara e o
pede de volta e ele nem espera um resultado, uma resposta? Ele simplesmente
“some”? Acho que o roteiro queria muito colocar o Phu correndo atrás do Cir,
então ele o faz, buscando em todos os lugares pelo homem que ama, e acaba em
sua casa pessoalmente, no meio de toda a confusão com aquela mãe monstruosa e a
noiva nojenta, e nos entrega uma bonita reconciliação e uma troca de
declarações de amor na frente de ambas.
Toda a trama
da mãe é exagerada, um tanto absurda demais,
e talvez a parte de que menos gosto em “The
Boy Next World” – também não gostei da conclusão, porque ela precisava ser
colocada no seu lugar, não sei por que o Cir e o Zone aceitam todos esses
mandos e desmandos sem cortar relações com ela de uma vez por todas. Mas a
mulher não age apenas como se ele fosse sua propriedade, ela fala sobre isso
ABERTAMENTE, tratando o Cir como uma “coisa” que a pertence, e ainda que o Cir
se defenda dizendo que é uma pessoa e não uma coisa, ela só aceita “libertá-lo”
se ela ganhar outra propriedade em troca… e o Zone aparece disposto a fazer
isso, porque ele já vinha pensando nisso há algum tempo. E, infelizmente, essa
é a última notícia que temos de Zone.
Cir, por sua
vez, pode finalmente viver sua história de amor sem prazo de validade com Phu.
E os dois concretizam essa reconciliação em uma cena quente lindíssima e
excitante, que demonstra toda a urgência de um pelo outro quando eles chegam de
volta à casa de Phu. Eu gosto dos beijos, gosto da maneira sensual e rápida como
um tira a roupa do outro, gosto de como eles se provocam mutuamente, de como o
Cir beija o corpo de Phu com desejo, como as expressões entregam todo o prazer
e toda a vontade que eles estão sentindo… gosto de como Phu pede que Cir “vá
logo” ou de como Cir o vira de costas e o penetra com destreza e cuidado,
levando ambos ao prazer expresso nos gemidos que podemos escutar enquanto vemos
os dedos se entrelaçando sobre a parede…
Uma cena e tanto.
Phukan e
Cirrus superaram o que precisava ser superado e se entregaram um ao outro – não
apenas sexualmente, mas para compartilhar uma vida. A conexão deles está
expressa na conversa que eles têm depois
do sexo, ou na maneira como Phu leva para Cir um telefone de papel para eles
recriarem o momento em que eles quase conversaram pela primeira vez, como se
estivesse dando ao namorado a possibilidade de “voltar no tempo”, como ele
gostaria de fazer, para poder responder à “ligação” de Phu lá na época da
escola… dessa vez, Cir diz que o ama, e que desperdiçou muitos anos – não
cometerá mais o mesmo erro. É uma conclusão bastante bonita, com declarações
sinceras e uma química perfeita, enquanto o ciclo recomeça em outro universo…
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